Impulsionados pela reação do mercado internacional e pelo discurso reconfortante do ministro Paulo Guedes na comissão do senado, o mercado reverteu as perdas da última sessão de agosto e abriu o mês em júbilo.
Em seu discurso, surgiram perspectivas positivas de retomada da atividade econômica, reformas, em especial a tributária e com especial reforço à reforma administrativa e ao citar o Banco Central, reforçou que as ações da instituição são livre e informalmente independentes.
Assim como os políticos se encantam com o ‘canto da sereia’ do fiscal, onde os gastos parecem ilimitados e os recursos infinitos (todos sabemos como a história das sereias acaba), o mercado muitas vezes adentra à fala ‘reconfortante’ de Guedes, quase um smooth operator.
Porém, apesar de dizer o que o mercado gosta de ouvir, os investidores já cobram a realidade dos fatos, a qual é muitas vezes interpelada pela realidade das travas políticas. Portanto, por mais alinhado com o mercado esteja o discurso de Guedes, ele precisa se converter em realidade.
Ainda assim, de suas promessas, o texto-base da PEC do Gás finalmente foi aprovada com expressiva margem, 351 a favor e 101 contra, o que tem potencial de destravar investimentos da ordem de R$ 40 bi a R$ 60 bi em cinco anos, reduzindo a presença monopolística da Petrobras (SA:PETR4) no setor.
Por fim, Guedes aproveitou sua retórica e reiteradas vezes elogiou o congresso e seu enorme potencial reformista e como o protagonismo do mesmo tem sido importante para o país avançar com responsabilidade fiscal a um futuro mais promissor, retorica que provavelmente ele utilizou com o presidente Bolsonaro.
‘É tudo o que o mercado quer’, com reformas, sem rompantes populistas fiscais e avanço para o crescimento consistente da atividade econômica, com emprego e renda, nada mais. Porém, estamos no Brasil e com dizia a rádio, em 20 minutos, tudo pode mudar.
Hoje é dia de ADP Employment e pedidos de bens duráveis e de capital nos EUA.
Localmente, o disparo do IPC da Fipe mostra uma inflação surpreendentemente alta em São Paulo, com enorme impacto de alimentação (1,27%), habitação (0,98%) e transporte (0,71%), com o mês em 0,78%.
Mantemos a atenção cerrada aos índices, pois somente os IPCAs tem falhado em capturar tal pressão observada no curto prazo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, em continuidade com o início forte de Setembro.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, puxados positivamente pelo Japão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre.
O Petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com a queda dos estoques nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,80%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3955 / -1,79 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,378%
Dólar / Yen : ¥ 106,15 / 0,170%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,172%
Dólar Fut. (1 m) : 5383,09 / -1,65 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,38 % aa (-1,17%)
DI - Janeiro 23: 3,96 % aa (-1,98%)
DI - Janeiro 25: 5,77 % aa (-1,87%)
DI - Janeiro 27: 6,74 % aa (-1,61%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,8163% / 102.168 pontos
Dow Jones: 0,7584% / 28.646 pontos
Nasdaq: 1,3945% / 11.940 pontos
Nikkei: 0,47% / 23.247 pontos
Hang Seng: -0,26% / 25.120 pontos
ASX 200: 1,84% / 6.063 pontos
ABERTURA
DAX: 2,372% / 13282,05 pontos
CAC 40: 2,423% / 5057,77 pontos
FTSE: 1,759% / 5965,14 pontos
Ibov. Fut.: 2,54% / 102341,00 pontos
S&P Fut.: 0,354% / 3539,40 pontos
Nasdaq Fut.: 1,080% / 12444,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,24% / 73,33 ptos
Petróleo WTI: 0,28% / $42,88
Petróleo Brent: 0,07% / $45,61
Ouro: -0,06% / $1.968,87
Minério de Ferro: 1,22% / $123,68
Soja: -0,34% / $951,75
Milho: -0,72% / $347,00 $347,00
Café: -0,72% / $130,95
Açúcar: -0,63% / $12,53