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Mercados Demonstram Prudência e Sentem que Risco de Recidiva do Coronavírus é Real

Publicado 01.07.2020, 07:31
Atualizado 09.07.2023, 07:32
IBOV
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Embora o final do mês sugira movimentos de ajustes pontuais face ao encerramento do semestre, é inegável a percepção de que os mercados globais acentuam postura prudente ante o risco de retorno de uma segunda rodada da crise do coronavírus, e até de uma nova ameaça representada também por novo vírus de gripe.

O segundo trimestre foi mais alvissareiro para os mercados como consequência dos sinais discretos de recuperação de atividade em economias importantes, como China e Estados Unidos, mas ainda prevalece a insegurança já que o legado de momento da crise é de dantescos impactos negativos na atividade, no emprego, renda, consumo e que determinam expressivo recrudescimento dos PIB´s.

Não podemos perder de vista que dados que podem insinuar recuperação mais fortes sejam tão somente consequentes das relevantes quedas ocorridas antecedentes.

A dicotomia entre saúde e economia permanece predominante no mundo, mas o pior cenário predomina nas economias em que internamente ocorre forte divergência nas diretrizes e anseios dos governos e ainda, principalmente nos emergentes, a fragilidade para manutenção de programas assistenciais de longa duração que se torna real como necessário na medida em que ganha perspectiva de longevidade maior a duração da crise da pandemia.

No Brasil ainda perdura a divergência configurando-se muito improvável a convergência no trato da dicotomia entre saúde e economia, gerando em consequência muitos ruídos políticos perturbadores.

A flexibilização das medidas de isolamento são recebidas com alívio, mas cercado ainda de muitos receios e inseguranças, pois pode representar em tese um avanço que pode ser precursor de um novo retrocesso, o que é temido.

O governo brasileiro, em especial o Ministro da Economia, propaga um entusiasmo um tanto quanto contraditório asseverando a recuperação rápida da atividade economia brasileira, o que tem parcos fundamentos visto que nem antes da pandemia o ritmo vislumbrado era rápido e agora muito menos. Neste esforço de convencimento propaga que a recuperação da atividade se dará em V, porém é bastante evidente que não terá condições para tanto, sendo muito razoável que se dê em U com um período de 2 anos somente após atingir efetivamente o pico e emitir sinais consistentes de reversão do quadro atual.

Tudo leva a crer que a economia ainda não atingiu o “fundo do poço” e nem a pandemia o seu “pico” no Brasil, havendo sinais consistentes de que a flexibilização tornará esta lamentável realidade mais visível e preocupante.

O desemprego atingiu 12,9% da força de trabalho e tende a se ampliar com a forte propensão a relevantes mudanças estruturais nas empresas, o que pode elevar este percentual a nível mais preocupante.

Os dados fiscais se deterioram com rapidez e isto impacta negativamente no superávit primário.

Este quadro beneficiará o déficit em transações correntes do país atualmente em torno de 2,4% do PIB e que num passado recente esteve em 0,7% e que deverá revelar redução forte em consequência da letargia da atividade economia.

O próprio governo ao rever no RIT divulgado o déficit projetado de US$ 40 Bi para US$ 13 Bi sanciona que os fatores de influência neste quesito serão cadentes, e quando se observam projeções do Boletim FOCUS que revela as medianas indicadas pelas instituições financeiras são sensatas não antevendo nenhum impacto maior decorrente da atividade econômica.

Como já dito por nós, o preço do dólar no nosso mercado sinaliza predominância entre R$ 5,00 e R$ 5,50, considerando os extremos de ambiente benigno e ambiente adverso no ano, mas o BC precisa ser mais arguto nas intervenções profiláticas, em especial no mercado futuro de dólar, deixando de ser previsível para ser intempestivo e imprevisível de forma a conter a volatilidade excessiva e expressiva que é negativa para os negócios.

A Bovespa que está sendo “movida” pelos investidores pessoas física oriundas do mercado de renda física face à queda do juro ganhou expressividade em números, mas poucos têm foco como investidor efetivamente e buscam a Bolsa com foco no ganho rápido, como se fosse um jogo, e este comportamento os coloca sempre como vulneráveis a movimentos adversos nos preços das ações.

Com a economia fragilizada e sem suporte fundamentalista efetivo, a Bolsa conviverá com o risco de um movimento mais acentuado de “sell off” se os resultados imediatos decepcionarem, e este é um risco grande e factível.

Enfim, entendemos que iniciamos um novo semestre em que deverá predominar a prudência, observando as resultantes da flexibilização tentativa que será empreendida e suas resultantes que poderão apresentar forte ameaça de expansão da crise da pandemia em detrimento dos avanços na atividade econômica se não houver sensatez.

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