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O que é uma Conta-Margem?
A conta-margem é uma conta aprovada para tomar empréstimos de uma corretora a fim de adquirir títulos financeiros. O titular de uma conta-margem paga juros pelos empréstimos tomados. Além disso, ele precisa manter ativos suficientes na conta para cobrir uma porcentagem das perdas não concretizadas.
Ao tomar um empréstimo da corretora, o titular da conta pode alavancar suas posições para ampliar os ganhos e diversificar seus investimentos. No entanto, o risco de perdas também é ampliado na mesma proporção dos possíveis ganhos.
Geralmente, uma conta-margem tem permissão para tomar como empréstimo até metade da compra inicial de um título. A taxa de juros paga pelo empréstimo é determinada pela corretora, mas é geralmente menor do que as taxas de cartão de crédito e outros empréstimos pessoais sem garantia. Os pagamentos do empréstimo costumam ser mensais, na forma de deduções na conta, e o empréstimo pode ser quitado a qualquer momento.
Se houver uma queda no valor do ativo, a margem de manutenção deve ser suficiente para cobri-la. Em geral, as margens de manutenção são de 30% a 35% da quantia emprestada, dependendo dos títulos financeiros e da corretora.
Se os recursos em conta não forem suficientes para a margem de manutenção, a corretora fará uma chamada de margem, notificando o titular da conta a colocar na conta a quantidade de ativos necessária para que a margem de manutenção seja atendida. Isso é feito depositando dinheiro na conta ou vendendo ativos financeiros.
Como funciona uma conta-margem?
Por exemplo, imagine que um investidor tenha US$ 30.000 em uma conta-margem e acredita que o preço dos papéis da empresa XYZ subirá de US$ 10 por ação para US$ 15 por ação no próximo mês. O investidor pode comprar 3.000 ações usando todo o dinheiro em sua conta, o que o impediria de fazer outros investimentos, ou pode tomar um empréstimo de margem da corretora para comprar metade das ações com seus próprios fundos enquanto adquire a outra metade com a margem, liberando US$ 15.000 em dinheiro em sua conta.
Se o preço da ação subir para US$ 15 e ele fechar a posição ao final do mês, seu lucro será de US$ 5 por ação. O empréstimo é quitado quando a ação for vendida, e US$ 1.500 serão creditados em sua conta. Os juros pelo período do empréstimo são debitados da conta do investidor com base na taxa cobrada pela corretora. A taxa de juros paga pelo empréstimo é determinada pela corretora, mas é geralmente menor do que as taxas de cartão de crédito e outros empréstimos pessoais com garantia. No momento em que este artigo é elaborado, a taxa para uma conta-margem bem financiada é de duas vezes a taxa preferencial de juros; p. ex.: se a taxa preferencial é de 5%, os juros sobre o empréstimo de margem seriam cerca de 10%.
No entanto, se o preço da ação cair US$ 5, sua posição total no papel será agora de apenas US$ 15.000. Se a margem de manutenção da conta é de 30% e o titular ainda dispõe de US$ 15,000 em dinheiro na conta, ele atende à exigência de margem de manutenção, pois os US$ 15.000 representam 50% da aquisição original, superando o mínimo de 30%.
Mas, se os US$ 15.000 tivessem sido perdidos ou retirados da conta, esta estaria abaixo da margem de manutenção de 30%. Nesse caso, haveria uma chamada de margem da corretora notificando o titular da conta a depositar o valor de US$ 4.500 na conta, ou seja, US$ 15.000 x 30% = US$ 4.500. Se o titular da conta não atender à chamada de margem, a corretora poderá liquidar os títulos financeiros na conta para mantê-la em boas condições de quitar o principal e os juros do empréstimo.
Outra forma de o titular da conta atender à margem é tomar um empréstimo dando como garantia outros títulos financeiros que não foram dados em margem. No exemplo acima, se os US$ 15.000 estivessem investidos em outros ativos, seria possível tomar um empréstimo de margem de US$ 4.500 com base em outros ativos para satisfazer a chamada de margem. Esse novo empréstimo seria adicionado ao empréstimo original de US$ 15.000, e os juros devidos seriam deduzidos a cada mês.