Amanhã, 3a. feira, o Fundo Monetário Internacional vai publicar seu relatório World Economic Outlook. Diversos indicadores importantes são divulgados neste documento, com destaque para as perspectivas de crescimento global, que devem apresentar variações importantes, em face da desaceleração econômica provocada pela pandemia global de COVID-19 que o mundo inteiro enfrenta desde fevereiro.
Os números da pandemia não param de crescer. Enquanto escrevíamos nossa análise semanal, consultamos o site da John Hopkins University e observamos que os casos confirmados já beiram os 2 milhões e o número de mortes excede 113.000.
Na terça-feira os investidores estarão atentos aos números de vendas do varejo, no mercado americano, que serão divulgados às 9:30h do horário de Brasília. Às 11:30h haverá a divulgação dos números de estoques de petróleo nos EUA.
O Petróleo WTI chegou a ser negociado, nas últimas semanas, abaixo dos USD 20 dólares. Esse patamar de preços não era observado desde 2002. O gráfico (mensal) abaixo mostra a cotação da commodity desde a década de 90.
Definitivamente acreditamos ser apropriado redobrar a atenção sobre o ativo, pois graficamente o mesmo encontra-se bastante "esticado para baixo" e o anúncio de um acordo entre Rússia, EUA e Arábia Saudita, poderia levar os preços a apresentarem alguma recuperação no curtíssimo prazo. Neste artigo comentamos sobre isso detalhadamente.
Outro ponto que merecerá atenção dos investidores é a temporada de resultados (Earnings Season), que inicia-se na próxima semana. JPMorgan Chase (NYSE:JPM), Bank of America (NYSE:BAC), Goldman Sachs (NYSE:GS) Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Abbott Laboratories (NYSE:ABT) e Bed Bath & Beyond (NASDAQ:BBBY) são algumas das empresas que divulgarão seus resultados.
Naturalmente, a depender dos resultados reportados, os índices americanos tendem a apresentar grande volatilidade. Quando analisamos graficamente o #SP500, que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, observa-se que o mesmo já atingiu a retração de 50% do movimento de queda das últimas semanas.
Acreditamos que seria bastante factível o mercado testar a região de 2.933 pontos nos próximos dias. Nesta região deve encontrar forte resistência porque teria atingido a retração de 61,8% (da última queda) e também a média dos últimos 200 dias, que também passa pela região.
Se o movimento acima confirmar-se, podemos ver uma semana mais otimista nos mercados globais. E neste contexto, o índice da Alemanha #DAX poderia testar a região de 11.000 ou até mesmo os 11.700 pontos.
Quando analisamos o índice futuro do Brasil, o rompimento dos 80.000 pontos poderia levar o mercado a buscar as regiões de 84.000, 91.000 (retração de 50%) e 98.000 (retração de 61,8%) pontos respectivamente, nos próximos dias e/ou semanas. A perda dos 76.000 pontos poderia levar o mercado a retestar as regiões de 70-72.000 pontos novamente.
O dólar futuro na última semana desvalorizou-se acompanhando a trajetória da moeda que desvalorizou-se globalmente. O DXY, que tem o Euro como o seu mais importante par, observamos na última semana uma desvalorização deste, conforme gráfico abaixo.
Para quem quer entender um pouco mais sobre o DXY, fizemos um vídeo que explica de forma resumida o funcionamento deste índice.
No Brasil, a perda da região de 5.055 pode acelerar um movimento corretivo mais acentuado com objetivos iniciais: 4.985 e 4.775 respectivamente.
O calendário econômico desta semana tem eventos importantes na 4a., 5a. e 6a. feira. Sumarizamos abaixo, o calendário divulgado pela Investing.com, filtrando apenas os eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados.
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Sobre o autor: fundador do blog Metanoia Trading, começou a estudar sobre o mercado financeiro em 2004, quando participou da 2a. turma do Curso Intensivo de Análise Técnica da LS (Leandro e Stormer). Foi Diretor de Corporate Finance na PwC (PricewaterhouseCooopers) até 2016. Atualmente, além de atuar como trader autônomo, tem sua própria empresa de consultoria, onde dedica-se à assessorar processos de fusões e aquisições (M&A).