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Com o fim de um ano marcado pela queda dos mercados globais, qual é a expectativa dos investidores ao redor do mundo para 2023? Eles estão mais otimistas do que você imagina, de acordo com novas pesquisas do Investing.com, plataforma que fornece informações sobre os mercados financeiros globais, com edições em 44 idiomas e usuários em 136 países.
Ao contrário do que se imagina, os investidores não estão pedindo trégua após um doloroso ano de 2022. De acordo com uma pesquisa anterior pelo Investing.com, apesar de as carteiras dos pequenos investidores dos EUA terem sido impactadas neste ano, eles ainda mantêm a esperança de resultados melhores nos próximos meses.
A mentalidade atual dos investidores é praticamente a mesma em outros países, de acordo com uma pesquisa recente promovida pelo Investing.com no final de dezembro. Mais de 90% dos investidores da Turquia (95%) e do Brasil (94%) pretendiam continuar investindo nos primeiros meses de 2023, em comparação com 89% na Espanha e 80% na Itália. A pesquisa anterior mostrou que, nos EUA, 90% dos investidores ainda planejavam continuar investindo nos últimos meses de 2022.
O otimismo dos investidores também se reflete no fato de que mais da metade dos entrevistados prevê o início de um “bull market” (mercado em alta) nos próximos 12 meses, com destaque para investidores turcos (73%), seguidos pelos da Espanha (67%), Itália (59 %), Estados Unidos (57%) e Brasil (35%).
“Uma nova geração de investidores, que entrou no mercado no pico da pandemia de coronavírus, acostumou-se a aproveitar as quedas para comprar, independente das condições do mercado, preocupações com valuations e com a situação macroeconômica”, explicou Jesse Cohen, analistas sênior do Investing.com. “Em vários aspectos, os investidores comuns se tornaram uma força coletiva mais poderosa do que os investidores institucionais, e eles simplesmente não compartilham das mesmas preocupações dos especialistas”.
Enquanto os investidores institucionais se afastam cada vez mais das ações, o que se vê é um movimento contrário por parte dos investidores comuns, cujas carteiras estão, em grande medida, compostas por ações, como é o caso de 85% dos entrevistados nos EUA, 78% na Itália, 74% no Brasil, 68% na Espanha e 67% na Turquia.
“Embora a expectativa seja que o mercado continue volátil no fim do ano e início de 2023, as ações devem registrar fortes recuperações em meio a sinais de que a inflação já atingiu o pico, permitindo que os bancos centrais ao redor do mundo mudem suas políticas monetárias e comecem a cortar as taxas em resposta à desaceleração da economia”, complementou Cohen. “De fato, os mercados acionários têm um histórico consistente de recuperação de profundas perdas, disparando até novas máximas recordes.”
Evidentemente, essa perspectiva relativamente otimista não esconde o fato de que o ano se encerra em tom bastante baixista, com a maioria dos ativos na carteira dos investidores se desvalorizando em 2022. Isso inclui 76% dos investidores dos EUA, seguidos de 66% da Itália e 51% da Espanha. Mesmo assim, no Brasil, apenas 43% viram suas carteiras sofrerem perdas (em comparação com 40% cujos portfólios se valorizaram). Já na Turquia, um número impressionante de 78% dos investidores viram suas carteiras se valorizarem, com apenas 15% deles registrando perdas.
Indo mais a fundo na queda do mercado, as ações de tecnologia viveram um ano particularmente difícil em 2022, quando os papéis da Intel (NASDAQ:INTC) recuaram 53% e o valor da Nasdaq afundou em mais de um terço. Cinquenta e seis por cento dos entrevistados nos EUA afirmaram que a queda do setor de tecnologia ainda não terminou e que esperam ver mais perdas nas ações do segmento no fim do ano.
Mas um número significativo de investidores acredita que os papéis de tecnologia terão um repique em 2023. Trinta e quatro por cento dos investidores americanos acreditam que a tecnologia é o setor com maior potencial nos próximos meses, seguidos de 28% dos investidores da Espanha, 27% do Brasil e 10% da Turquia. Analistas do Citi também projetam um ano de recuperação para as “techs” em 2023.
Além disso, os entrevistados estão otimistas com a energia renovável em 2023, já que 39% dos investidores turcos consideram que o setor é o que tem maior potencial de retorno nos próximos meses, seguidos de 29% nos EUA, 27% no Brasil e 17% na Espanha.
“As empresas envolvidas na indústria de energia de baixo carbono, como as fabricantes de painéis solares e turbinas eólicas, além de companhias que operam em toda a cadeia de suprimentos de veículos elétricos, devem se beneficiar mais da mudança do mundo, à medida que ele sai dos combustíveis fósseis e adota a energia alternativa”, declarou Cohen.
Quanto às criptomoedas, os investidores ao redor do mundo estão demonstrando maior preferência por estabilidade. Nos EUA, 42% dos investidores comuns reduziram seus investimentos ou abandonaram completamente as criptomoedas no último ano, em comparação com 39% na Espanha, 32% no Brasil, 22% na Turquia e 19% na Itália.
Trinta e cinco por cento dos participantes espanhóis são atualmente investidores de criptomoedas, seguidos de 31% tanto nos EUA quanto no Brasil e 25% na Itália. Os números dos EUA representam um drástico declínio em relação à taxa de investimento de 67% em criptomoedas que o Investing.com documentou em uma pesquisa de novembro de 2021.
Sessenta por cento dos investidores americanos esperam que as criptomoedas se desvalorizem ainda mais no próximo ano, crença compartilhada por 45% dos entrevistados brasileiros, 42% dos italianos, 36% dos espanhóis e 18% dos turcos. Isso indica que os anos dourados do investimento em criptomoedas já podem ter acabado. Apenas 12% dos investidores americanos acreditam que as criptos alcançarão as máximas anteriores, ao lado de 15% dos italianos, 16% dos brasileiros, 17% dos turcos e 18% dos espanhóis.
“A alta de juros e dos rendimentos dos títulos pesou sobre as criptomoedas na maior parte do ano”, explicou Cohen. “Quando os juros estão baixos, os investidores mostram mais predileção por ativos sensíveis ao risco. No entanto, quando as taxas começam a subir, os investidores ficam muito mais sensíveis ao risco, e foi isso o que vimos no criptomercado”.
Por fim, é impossível esconder o fato de que o ano de 2022 acabou sendo difícil para os investidores. Mas sua avaliação de curto e longo prazo revela uma esperança bem grande, confirmando sua intenção de vender nos mercados financeiros em 2023.
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