O volume de etanol hidratado negociado por usinas do estado de São Paulo em novembro foi o menor para este período desde 2003, segundo dados do Cepea. Isso foi resultado da sequência de poucos negócios ao longo de novembro e que envolveram quase sempre pequenas quantidades. Por sua vez, as menores vendas de etanol hidratado na ponta varejista estiveram atreladas à baixa competitividade do preço do biocombustível em relação à gasolina. Na parcial da atual safra 2021/22 (de abril a novembro/21), o Indicador CEPEA/ESALQ mensal do hidratado registra média de R$ 3,1582/litro, bem acima dos R$ 2,2170/litro em igual período de 2020 – alta real de 42,5%. No caso do anidro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ estava em R$ 3,5588/litro na parcial desta safra, 46,3% superior à do mesmo período da temporada anterior, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-M de novembro/21).
Especificamente na média das semanas cheias de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 3,7233/litro, avanço de 5,27% na comparação com a média das semanas de outubro. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, considerando-se somente o mercado spot, teve média de R$ 4,3570/litro em novembro, elevação de 7,69% sobre o do mês anterior. A relação de preços entre o etanol hidratado e a gasolina C seguiu mais vantajosa para o combustível fóssil em novembro nas bombas dos principais estados produtores de etanol do Centro-Sul por mais um mês. A média de preço do combustível foi de R$ 6,396/litro, e a do hidratado, a R$ 5,212/litro em São Paulo, gerando relação de 81,5%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
NORDESTE – Quanto à produção no Nordeste, informações divulgadas pela Novabio (Associação de Produtores de Etanol, Açúcar e Energia) indicam que o estado de Alagoas havia processado, até o dia 31 de outubro (dados mais recentes), 5,25 milhões de toneladas de cana, aumento de 15,4% frente à safra passada. Por sua vez, Pernambuco e Paraíba beneficiaram 4,05 milhões de toneladas e 2,76 milhões de toneladas, respectivamente. Em novembro, mesmo com o aumento substancial da oferta em plena safra, os preços dos etanóis nos estados nordestinos subiram. Em Pernambuco, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 3,1436/litro em novembro, alta de 6,50% frente a outubro. Para o anidro, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ fechou em R$ 4,3280/litro, elevação de 6,38% na comparação com o mês anterior. Em Alagoas, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 3,1998/litro em novembro, avanço de 5,88% frente a setembro. Para o anidro, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ fechou em R$ 4,2746/litro, valorização de 5,85% na mesma comparação. O Indicador mensal do hidratado CEPEA/ESALQ da Paraíba subiu 5,2% frente a outubro, fechando em R$ 3,1227/litro em novembro. Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 4,2951/litro, alta de 6,17%.