Todos os Olhos se Voltam para a Inflação dos EUA Nesta Quarta-Feira

ÁSIA: Os mercados acionários asiáticos opereraram entre altas e baixas na madrugada de quarta-feira, à medida que os investidores aguardavam dados dos EUA que pode mostrar que a inflação está aumentando e dificultando a recuperação econômica.

A Bolsa de Valores de Taiwan caiu 4,11%. De acordo com a Reuters, o ministro da saúde disse que Taiwan pode aumentar seu nível de alerta Covid-19 nos “próximos dias”, após ter experimentado um surto incomum de seis novos casos sem uma fonte de infecção clara. O território manteve a pandemia sob controle antes destes casos.

No Japão, o Nikkei caiu 2%, enquanto o índice Topix caiu 1,9%. As ações da montadora japonesa Nissan (T:7201) caíram mais de 10%, após a empresa anunciar na terça-feira que seu prejuízo operacional anual no ano encerrado em 31 de março aumentou para 150,65 bilhões de ienes (US $ 1,38 bilhão), ante um déficit de 40 bilhões de ienes no ano passado, de acordo com a Reuters. No geral, as ações das montadoras de automóveis no Japão caíram, exceto Toyota Motor (T:7203) (SA:TMCO34), que subiu mais de 2%.

O índice Kospi da Coreia do Sul caiu 2,16% e o índice Hang Seng de Hong Kong avançou 0,81%.

Na China Continental, o composto de Xangai fechou em alta de 0,61% e o Shenzhen Component avançou 0,70%. A China divulgou na terça-feira que os preços de manufatura em abril subiram com a taxa mais rápida em três anos e meio, enquanto os preços ao consumidor subiram em um ritmo mais modesto. Isso alimentou preocupações em torno de um rápido aumento da inflação, que pode forçar os bancos centrais a aumentar as taxas de juros e implementar outras medidas restritivas.

O benchmark australiano ASX 200 caiu 0,73%, a segunda sessão consecutiva de queda, terminando em 7044,9 pontos, à medida que os bancos, mineradoras e ações de viagens recuaram em um mercado que está cada vez mais cauteloso com a inflação, mas as ações de tecnologia listadas na ASX recuperaram. As ações de viagens caíram após o discurso orçamentário divulgado na terça-feira confirmar que as fronteiras internacionais provavelmente permaneceriam fechadas por mais um ano. Entre as mineradoras, BHP (ASX:BHP) (SA:BHPG34) caiu 0,8%, Rio Tinto (ASX:RIO) (SA:RIOT34) recuou 0,6%, mas Fortescue Metals (ASX:FMG) conseguiu avançar 1,2%. As empresas produtoras de petróleo, Santos (ASX:STO) e Woodside Petroleum (ASX:WPL) caíram 2,1% e 1,8%, respectivamente.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu cerca de 1%.

EUROPA: As bolsas europeias tentam recuperação na quarta-feira após liquidação na sessão anterior, com os mercados globais se preparando para a divulgação de dados importantes, incluindo a última leitura da inflação dos EUA.

Os preços ao consumidor alemão em abril subiu 2% no ano, segundo os padrões nacionais, em linha com as previsões dos economistas. Os preços subiram 2,1% em relação ao ano anterior, segundo as normas da União Europeia, também em linha com as previsões. A economia do Reino Unido encolheu 1,5% no primeiro trimestre, reflexo do bloqueio para conter o coronavírus que prejudicou a atividade econômica. Desde então, a economia voltou a crescer à medida que as restrições diminuíram, segundo o Banco da Inglaterra.

A União Europeia aumentou significativamente sua previsão econômica até 2022, esperando que a economia da zona do euro cresça 4,3% este ano e 4,4% no próximo ano. Em fevereiro, a Comissão Europeia previu um crescimento de 3,8% para os dois anos.

O índice Stoxx 600 sobe 0,08% na sessão matinal, após uma queda de 1,97% na terça-feira quando marcou o pior dia para o pan-índice desde 21 de dezembro de 2020, quebrando uma sequência de dois dias de altas, quando 562 de seus 600 componentes deslizaram para o vermelho, incluindo um novo recorde alcançado na segunda-feira. A péssima sessão na Europa na terça-feira seguiu um selloff liderado por ações de tecnologia nos EUA na segunda-feira, em meio a crescentes preocupações com a inflação dos EUA.

O alemão DAX 30 sobe 0,31%, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,16%, o FTSE MIB da Itália avança 0,23%, enquanto o francês CAC 40 sobe 0,17%.

Em Londres, o FTSE 100 destoa de seus pares regionais e sobe 0,82%, liderando os ganhos regionais, com o avanço das mineradoras listadas na LSE. Anglo American (LON:AAL) sobe 0,5%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 0,2%, Rio Tinto (LON:RIO) sobe 0,7% e BHP (LON:BHPB) avança 0,1%. Entre as produtoras de petróleo, BP (LON:BP) (SA:B1PP34) sobe 1,2% e Royal Dutch Shell (LON:RDSa) (SA:RDSA34) avança 0,6%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA caem na manhã de quarta-feira, após o pior dia do Dow Jones desde fevereiro.

Na terça-feira, as ações de tecnologia caíram, estimulando as vendas no mercado mais amplo, mas se recuperaram no final. O Dow Jones Industrial Average perdeu 473 pontos, ou 1,33% de queda, arrastado por perdas na Home Depot (NYSE:HD) (SA:HOME34), Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34) e Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34). O S&P 500 caiu 0,87%.

O Nasdaq Composite terminou o dia com o melhor desempenho, fechando em queda de apenas 0,09%, depois de cair mais de 2% durante o "intraday".

O CBOE Volatility Index, que mede o medo nos mercados, saltou para 23,73 pontos, níveis não vistos há dois meses.

Os investidores estão preocupados com a inflação desde que os rendimentos dos títulos subiram no início deste ano, embora os rendimentos tenham se estabilizado desde então. O Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que qualquer aumento na inflação deve ser transitório. O rendimento do Tesouro de 10 anos, manteve-se estável na terça-feira em 1,61%.

O Federal Reserve disse que a economia dos EUA promete garantir que uma recuperação seja estabelecida. Apesar disso, os investidores temem que o aumento dos preços possa pressionar os bancos centrais a retirar estímulos e aumentar as taxas de juros que estão próximas de zero.

Os dados da inflação serão divulgados às 9h30. O índice de preços ao consumidor de abril deve crescer 0,2% em relação ao mês anterior, representando um salto de 3,6% desde o ano passado, de acordo com estimativas do Dow Jones. Este salto no índice de preços ao consumidor seria o maior desde setembro de 2011. O índice de preços ao consumidor, excluindo alimentos e energia, deve subir 0,3% em abril e 2,3% nos últimos 12 meses.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,6% em março em relação ao mês anterior e 2,6% em relação ao ano anterior, de acordo com o Departamento do Trabalho. A inflação anual nos EUA subiu 2,6% em abril, com o consenso esperando um aumento para 3,6% em maio.

Ainda na agenda econômica de quarta-feira, os estoques semanais de petróleo dos EUA sairá às 11h30 e às 15h00 sairá o balanço do orçamento federal.

ÍNDICES FUTUROS - 7h20:
Dow: -0,22%
SP500: -0,24%
NASDAQ: -0,42%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,85%
Brent: +0,50%
WTI: +0,61%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra ou venda de ativos.