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Mercados iniciam o mês de novembro em alta enquanto aguardam decisão do Fed

Publicado 01.11.2022, 08:04
Atualizado 11.10.2023, 23:02
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta-feira.

O PMI de manufatura da Caixin para outubro mostrou que a atividade fabril chinesa contraiu pelo terceiro mês consecutivo. A leitura ficou em 49,2, em comparação com as expectativas de 49. Em setembro, o PMI industrial ficou em 48,1, também abaixo da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração. As leituras do PMI comparam a atividade de um mês para outro. Na segunda-feira, o PMI oficial divulgado pelo National Bureau of Statistics chegou a 49,2 na segunda-feira, abaixo das expectativas de uma leitura de 50.

Na China continental, o Composto de Xangai ganhou 2,62% para 2.969,20 pontos e o Shenzhen Component subiu 3,24%, para 10.734,25 pontos.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 4,93%, fechando em 15.410,50 pontos, depois que os dados do PMI para a atividade fabril da China divulgado pela Caixin ficou um pouco melhor do que o esperado. As ações de tecnologia listadas em Hong Kong lideraram os ganhos no índice Hang Seng, com Meituan ganhando mais de 10%, Tencent ganhou 8,56%, Alibaba (NYSE:BABA) subiu 7,2% e a Xiaomi (HK:1810) ganhou 4,3% e JD.com (NASDAQ:JD) subiu 6,06%.

Na segunda-feira, o Departamento de Censo e Estatística disse que o PIB de Hong Kong caiu 4,5% no terceiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado, a pior contração desde o segundo trimestre de 2020. Analistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 0,7%, enquanto o PIB recuou 1,3% no segundo trimestre.

O Nikkei do Japão avançou 0,33%, em 27.678,92 pontos. Ações da Toyota listadas no Japão caíram mais de 2% depois que relatou uma queda de 25% no seu lucro operacional no trimestre encerrado em 30 de setembro em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa reportou lucro de 562,7 bilhões de ienes (US$ 3,79 bilhões), uma perda significativa de uma estimativa média de 772,2 bilhões de ienes (US$ 5,2 bilhões) de uma pesquisa da Refinitiv.

Autoridades japonesas gastaram 6,35 trilhões de ienes (US$ 42,7 bilhões) entre 29 de setembro e 27 de outubro para defender o enfraquecimento de sua moeda, que atingiu os níveis mais fracos em 32 anos no mês passado. Esse valor é mais que o dobro do gasto realizado entre 30 de agosto a 28 de setembro, quando as autoridades gastaram mais de 2,83 trilhões de ienes (US$ 19 bilhões) para defender o enfraquecimento do iene. Uma estimativa da Reuters haviam previsto que as autoridades haviam gastado 6,4 trilhões de ienes em dois dias em uma intervenção não anunciada no início deste mês.

O Kospi na Coreia do Sul subiu 1,81%, para 2.335,22 pontos. O déficit comercial da Coreia do Sul aumentou para US$ 6,7 bilhões no mês de outubro, ante um valor revisado de US$ 3,78 bilhões em setembro, mostraram dados da agência alfandegária. As importações aumentaram 9,9%, para US$ 59,18 bilhões, em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as exportações caíram 5,7%, para US$ 52,48 bilhões, a primeira queda em dois anos.

O S&P/ASX 200 subiu 1,65% para 6.976,90 pontos. As ações de mineração recuperaram após um início lento na semana, com a BHP ganhando 2,8%, enquanto Fortescue subiu 5,4% e Rio Tinto (LON:RIO) terminou em 2,6% maior. Entre as produtoras de petróleo, Santos subiu 1,9% e Woodside Energy avançou 2,2%. Os grandes bancos, altamente ponderado no índice australiano, também terminaram mais fortes. O Reserve Bank of Australia elevou as taxas de juros em 25 pontos base pela segunda vez consecutiva, em linha com as expectativas. Este é o sétimo movimento consecutivo de aperto do RBA em uma tentativa de controlar a inflação no país. Na reunião anterior, em outubro, o banco central elevou as taxas em 25 pontos base, menos do que o esperado aumento de meio ponto.

O índice MCSI para Ásia-Pacífico exceto Japão fechou em alta de 2,74%.

Os mercados da China continental e de Hong Kong tiveram um desempenho inferior em relação aos pares da Ásia-Pacífico em outubro. O índice Hang Seng caiu para seu nível mais baixo desde abril de 2009, caindo 14,55% em outubro, enquanto o Shanghai Composite caiu 4,33%. As bolas da Austrália, Japão e Coreia do Sul registraram ganhos de um dígito para fechar o primeiro mês do último trimestre do ano. As bolsas do Japão fecharam em seu nível mais alto desde 20 de setembro, mas os principais índices da APAC ainda estão no vermelho desde o início do ano.

EUROPA: Os mercados europeus operam em alta na terça-feira, com os investidores ao redor do mundo se concentrando na reunião de política do Federal Reserve dos EUA, que começa hoje.

O índice Stoxx 600 sobe 1,3% no fim da sessão da manhã, com todos os setores em território positivo. As ações do setor de mineração lideraram os ganhos. Os mercados europeus fecharam em alta na segunda-feira, apesar dos dados do PIB e da inflação da zona do euro apontarem para mais dor à frente para o bloco de 19 países, com a inflação dos preços ao consumidor subindo para um recorde em outubro e o crescimento desacelerando acentuadamente no terceiro trimestre.

Após a alta do mercado de ações em outubro, os investidores estão debatendo se as ações atingiram o fundo do poço ou se é outro salto de curta duração.

O alemão DAX 30 sobe 1,2%, o francês CAC 40 avança 1,7% e o FTSE MIB da Itália adiciona 1,8%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 1,2% e o português PSI 20 sobe 1,8%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 1,7%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 4,4%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 3,7%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 4% e 4,5%, respectivamente. A gigante de petróleo e gás BP sobe 0,5% após reportar lucro líquido de US$ 8,2 bilhões no trimestre até o final de setembro, em comparação com US$ 8,5 bilhões no trimestre anterior e um lucro líquido de US$ 3,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

As maiores empresas de petróleo e gás do mundo vem registrando lucros abundantes nos últimos meses, beneficiando-se do aumento dos preços das commodities após a invasão na Ucrânia pela Rússia.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA estão em alta na terça-feira de manhã, após os principais índices fecharem o mês de outubro em alta.

Na segunda-feira, o Índice Dow Jones Industrial Average caiu 0,39%, para 32.732,95 pontos, o S&P 500 caiu 0,75%, para 3.871,98 pontos e o Nasdaq Composite caiu 1,03%, para 10.988,15 pontos.

As negociações de segunda-feira marcaram o fim do que foi o melhor mês para o Dow desde 1976, terminando em alta de 13,95%, à medida que os investidores trocavam ações de tecnologia e se protegiam em ações como bancos. O S&P 500 e o Nasdaq Composite subiram cerca de 8% e 3,9%, respectivamente, em outubro.

As "Big Techs" estavam no centro das atenções na semana passada, quando as gigantes do setor viram as ações caírem por conta de lucros decepcionantes, pesando sobre o Nasdaq diversas vezes. Enquanto isso, fortes desempenhos nos lucros de componentes do Dow, como Caterpillar e McDonald’s, que fizeram o índice subir ao longo da semana.

A preocupação com a série de aumentos das taxas de juros do Federal Reserve levando a uma desaceleração econômica, vem se espalhando entre os "traders". Todos os olhos estão, portanto, voltados para a reunião de dois dias do banco central que começa terça-feira. Muitos esperam um aumento de 75 pontos-base na taxa de juros, já que a taxa de desemprego ainda está na mínima de 50 anos e não há nada que sugira que o banco central suavize sua postura no combate à inflação. Muitos também acompanharão a sessão de perguntas e respostas do presidente do Fed, Jerome Powell, logo em seguida, em busca de pistas em relação a postura do banco central em relação à inflação. Alguns esperam que as futuras reuniões tragam aumentos menores nas taxas de juros. A mensagem de Powell na quarta-feira será crucial para as expectativas do mercado daqui para frente.

O rendimento dos Títulos do Tesouro de 10 anos dos EUA cai abaixo da marca de 4% e é negociado em torno de 3,9881% às 6 da manhã (horário de Brasilia), depois de cair cerca de 9 pontos-base. A nota do Tesouro de 2 anos, mais sensível a política do Fed, caiu cerca de 6 pontos-base, para 4,4369%. Os rendimentos e os preços se movem em direções opostas e um ponto-base equivale a 0,01%.

A temporada de ganhos continua terça-feira com Uber (NYSE:UBER), Pfizer (NYSE:PFE) e Fox antes do sino de abertura e Advanced Micro Devices e Airbnb (NASDAQ:ABNB) depois do gongo de fechamento. Com 268 dos componentes do S&P 500 reportados, 73% apresentaram ganhos acima do esperado, 5% corresponderam às expectativas e 22% ficaram abaixo, segundo dados da Refinitiv. Os números parecem não ter sido tão ruins quanto muitos investidores temiam e este é um dos fatores que ajudaram o S&P 500 a registrar um forte rali no mês passado, disseram analistas.

Os investidores também estarão atentos aos lançamentos econômicos na terça-feira, incluindo dados oficiais do PMI final de manufatura às 10h45, enquanto dados de empregos JOLTS, gastos com construção para setembro, bem como o relatório de manufatura ISM de outubro, sairão às 11h00.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas imprimem bastante volatilidade nesta terça-feira, apesar da melhora no sentimento por ativos sensíveis ao risco, enquanto os investidores aguardam uma decisão importante sobre as taxas de juros do Federal Reserve na quarta-feira que pode provocar volatilidade entre as criptomoedas.

A correlação do Bitcoin com o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 fortaleceu este ano em meio à um ambiente macroeconômico difícil de alta inflação, aumento das taxas de juros e risco de recessão. O aperto agressivo do Fed e a série de aumentos nas taxas de juros também aumentaram a pressão sobre as criptomoedas, com taxas mais altas amortecendo a demanda por apostas arriscadas como Bitcoin e ações. É por isso que a decisão do Fed na quarta-feira é importante. Espera-se que o banco central proporcione um quarto aumento de 75 pontos-base, mas os investidores esperam que o Fed digue quando e como começará a aliviar suas políticas "super-hawkish" para combater a inflação. Sinais de que uma política afrouxará à frente podem dar um impulso às criptomoedas, mas a ausência dessas pistas representa um risco negativo para o mercado.

O Bitcoin operam entre pequenas altas e baixas nas últimas 24 horas,, sendo negociado acima de US $ 20.550. A maior criptomoeda avançou acima do nível de US$ 20.000 na semana passada, deixando para trás a faixa entre US $ 19.000 e US $ 20.000, que vinha sendo amplamente registrada desde o início de setembro. O Bitcoin ainda está valendo cerca de um terço de sua alta de todos os tempos de um ano atrás e ainda não chegou nem perto do nível de US $ 30.000, onde estava antes de uma drástica liquidação de junho.

O Ether, o segundo maior cripto ativo, também oscila entre uma faixa de 1% para cima e para baixo, negociando na casa de US $ 1.600.

Destaque para a memecoin Dogecoin, que ganha mais de 20%. O token é frequentemente citado por Elon Musk e recentemente fez ganhos em meio ao otimismo de que poderia ter uma nova vida após o bilionário adquirir o Twitter. O memecoin Shiba Inu também segue em alta, subindo quase 9%.

Bitcoin: -0,55% em US $ 20.632,10
Ethereum: -0,96%, em US $ 1.607,32
Cardano: +0,21%
Solana: -3,22%
Terra Classic: -2,82%

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,74%
SP500: +1,00%
NASDAQ: +1,25%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,45%
Brent: +1,71%
WTI: +1,61%
Soja: +0,96%
Ouro: +0,86%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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