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Futuros dos EUA recuam com reavivamento do temor do setor bancário

Publicado 15.03.2023, 08:03
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados asiáticos fecharam em alta na quarta-feira, depois que as ações de bancos em Wall Street recuperaram com os riscos de contágio do Silicon Valley Bank sendo contidos.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,58%, em 19.552,00 pontos, impulsionado por ações de saúde e tecnologia, liderando os ganhos na região. O índice Hang Seng Tech saltou 2,33%.

Na China continental, o Shanghai Composite avançou 0,55% para fechar em 3.263,31 pontos e o Shenzhen Component caiu 0,03% para terminar em 11.413,43 pontos, à medida que os investidores digeriam mais os dados econômicos da China. O Banco Popular da China manteve as taxas de empréstimo de médio prazo inalteradas em 2,75%. A produção industrial da China aumentou 2,4% no período de janeiro a fevereiro, segundo dados oficiais. As vendas no varejo subiram 3,55% no mesmo período, em linha com as expectativas. O investimento em ativos fixos da China nos primeiros dois meses do ano registrou alta de 5,5%, acima das expectativas de economistas que previam crescimento de 4,4%.

No Japão, o Nikkei avançou 0,03%, em 27.229,48 pontos, após reduzir ganhos iniciais, liderados por bancos e empresas financeiras. A ata da reunião de política do Banco do Japão em janeiro mostrou membros reiterando a necessidade de manter sua postura "ultra-dovish". A medidas de facilitação da política monetária não foi alterada e deve levar tempo para atingir a meta de preços de 2% de maneira sustentável e estável”. A ata da reunião também mostrou que os membros do conselho esperam ver mais recuperação na economia do Japão, liderada especificamente pela demanda doméstica, enquanto uma recuperação na demanda por serviços e um ciclo virtuoso no setor corporativo se tornaram as forças motrizes”. O rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos subiu ligeiramente para 0,296% depois de cair acima do teto superior de sua faixa de tolerância na última quinta-feira após marcar 0,276% na terça-feira.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 1,31% para terminar o dia em 2.379,72 pontos, com a taxa de desemprego do país ajustada sazonalmente para fevereiro caiu para 2,6%, abaixo dos 2,9% de janeiro. A leitura também foi menor do que os 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número total de desempregados chegou a 743.000, inferior aos 842.000 de janeiro e aos 797.000 de fevereiro de 2022.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,86% para fechar em 7.068,90 pontos. Após duas sessões voláteis devido incertezas sobre as consequências do colapso do Silicon Valley Bank, os setores de tecnologia e financeiro ajudaram a empurrar o ASX de volta para além da marca de 7000 pontos. A recuperação do setor de tecnologia foi liderada pela Xero, que terminou em alta de 4%, enquanto o setor bancário, altamente ponderado, avançou com todos os quatro grandes bancos fechando no verde. As mineradoras também subiram. BHP fechou em alta de 1,2%, a Rio Tinto (LON:RIO) avançou 1,7% e a Fortescue subiu 1,3%. Entre as empresas de energia, Santos subiu 0,6% mas Woodside Energy caiu 0,5%.

EUROPA: Os mercados acionários europeus abriram em baixa, com as ações do setor bancário em território negativo após as consequências globais do Silicon Valley Bank.

As ações do banco Credit Suisse (SIX:CSGN) atingiram outra baixa histórica pelo segundo dia consecutivo, caindo até 10% por volta das 6h50, horário de Brasilia da quarta-feira. Os investidores estão avaliando o impacto do anúncio do banco na terça-feira de que havia encontrado “fraquezas materiais” em seus processos de relatórios financeiros de 2021 e 2022. Na quarta-feira, o presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, disse que o efeito de contágio do recente colapso do Silicon Valley Bank é local e contido. “Eu olho para o que aconteceu no Silicon Valley Bank e, posteriormente, em outros bancos de médio porte. Eles não estão sujeitos a uma regulamentação rigorosa, como em outras partes do mundo”, disse ele, citando a exigência de Basileia III que sustenta a maioria dos bancos. No entanto, as consequências do Silicon Valley Bank ainda servem como um “sinal de alerta” para o clima geral do mercado, alertou o presidente.

O índice pan-europeu Stoxx 600 cai mais de 2% no meio do pregão matinal, com as ações do varejo liderando as perdas, seguidas pelas ações de petróleo e gás e setor bancário.

O alemão DAX 30 cai 1,9%, o francês CAC 40 perde 2,5% e o FTSE MIB da Itália cai 2,6%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 2,8% e o português PSI tomba 1,3%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 1,9%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 2,4%, Antofagasta (LON:ANTO) perde 3,1%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto recuam 2,4% e 2,9%, respectivamente. A petrolífera BP cai 3,5%¨.

O Reino Unido deve apresentar hoje o "orçamento de Primavera” do chanceler Jeremy Hunt, em que deve anunciar as principais reformas de pensões, enquanto o país continua lutando contra a crise de custo de vida.

A produção industrial da zona do euro subiu mais do que o esperado em janeiro, compensando parcialmente uma queda em dezembro, sugerindo que as pressões sobre o setor manufatureiro estão começando a diminuir.

A produção industrial, que compreende a produção de manufatura, mineração e serviços públicos, aumentou 0,7% em janeiro em comparação com o mês anterior, após uma queda revisada de 1,3% em dezembro, de acordo com a Eurostat. Economistas esperavam que a produção industrial subisse 0,5%. A alta foi impulsionado por bens intermediários, produtos usados na fabricação de outros produtos, que saltaram 1,5% no mês, no entanto, todos os outros componentes da medição do Eurostat para a produção caíram. Os bens de consumo duráveis diminuíram 0,7% em comparação com dezembro, os bens de consumo não duradouros caíram 2,1% e os bens de capital recuaram 0,2%, enquanto a produção de energia caiu 0,8%. A produção da Alemanha, a maior economia da zona do euro, cresceu 1,8%, mas caiu na França, Itália e Espanha.

A atividade industrial da zona do euro viu recentemente novos pedidos caírem à medida que a demanda enfraquecia, em meio à alta inflação e ao aumento das taxas de juros, mas pesquisas industriais no início de 2023 sugeriam que a pressão sobre o setor começou a diminuir à medida que os preços da energia diminuíram e os problemas da cadeia de suprimentos se desenrolaram.

O Banco Central Europeu deve aumentar as taxas em mais 50 pontos-base na quinta-feira, apesar das preocupações com a estabilidade financeira estarem firmemente de volta à mesa com o colapso do Silicon Valley Bank nos EUA. Os mercados europeus fecharam em forte baixa na segunda-feira em meio às consequências da crise do SVB. Na sexta-feira, o SVB foi assumido pelos reguladores americanos depois que saques maciços no dia anterior criaram efetivamente uma corrida aos bancos. Na segunda-feira, o HSBC concordou em comprar o braço britânico do problemático credor focado em startups de tecnologia dos EUA por £ 1.

A inflação na área do euro continua muito acima da meta de 2% do BCE. A inflação de fevereiro chegou a 8,5%, acima da estimativa média e apenas ligeiramente abaixo da leitura de 8,6% de janeiro. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, acelerou para 5,6%, de 5,3%. Isso está reforçando as expectativas de que o Banco Central Europeu terá que aumentar ainda mais os custos dos empréstimos.

A taxa básica do BCE está atualmente em 2,5%. O Deutsche Bank, em nota aos clientes disse que recentemente aumentou previsão de taxa terminal para 3,75% (aumentos de 50 pontos-base em março e maio e 25 pontos-base em junho) e elevamos a principal zona de aterrissagem para terminais para 3,50-4,00%.

Na quinta-feira, o BCE também revelará uma atualização de suas projeções de crescimento e inflação. Segundo Société Générale (EPA:SOGN), em nota aos clientes, "espera-se que o BCE possivelmente eleve ligeiramente suas projeções de crescimento para este ano (preços de energia mais fracos) e reduza para 2024-25 (devido ao aperto da política), enquanto eleva sua previsão de inflação para este ano e reduzindo sua previsão de inflação para este ano e no próximo (com base nos preços de energia mais fracos)”.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA abriram em alta na quarta-feira, mas inverteram o curso, com os bancos regionais entrando em declínio, pois persiste o medo de que a recente turbulência bancária se espalhe para o setor em geral, uma vez que novas preocupações sobre a saúde do Credit Suisse provocaram uma renovada ansiedade do setor bancário.

O SPDR S&P Regional Banking ETF (KRE) caia 1,3% no pré-mercado, liderado por perdas no Old National Bancorp, Zions Bancorp (NASDAQ:ZION) e Fifth Third Bancorp (NASDAQ:FITB). Em sentido contrário, as ações do First Republic subiram mais de 6%.

Esses movimentos ocorrem um dia depois que uma alta nas ações dos bancos levou o mercado mais amplo a fortes ganhos. Os bancos tem estado sob pressão enquanto os "traders" navegam pelas consequências das falências do Silicon Valley Bank e do Signature Bank. Os investidores temem que esses problemas possam se espalhar.

Em um dia positivo para os três principais índices na terça-feira, o Dow Jones Industrial Average adicionou 1,06%, em 32.155,40 pontos, interrompendo uma sequência de cinco dias de quedas. O Nasdaq Composite ganhou 2,14%, em 11.428,15 pontos, enquanto o S&P 500 saltou 1,65%, para 3.919,29 pontos.

Os 11 setores do S&P fecharam em território positivo na terça-feira, puxados para cima pelos serviços de comunicação. O setor financeiro também subiu, graças a uma recuperação das ações do setor bancário, com os investidores apostando na resiliência do setor, apesar do colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank.

As ações de bancos regionais e uma série de "players" conhecidos foram atingidas no início da semana, com investidores nervosos temendo que a ação do governo e a aquisição dos bancos em apuros se espalhassem para o setor em geral. Comentários e notícias recentes acalmaram alguns desses temores, elevando as esperanças dos investidores de que o temores provavelmente passará.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA sobem na quarta-feira, com os investidores avaliando as perspectivas para a inflação e considerando como as consequências do colapso do Banco do Vale do Silício poderiam afetar a política monetária do Federal Reserve. Por volta das 6h00 (horário de Brasília), o rendimento do título de 10 anos do Tesouro
subia mais de dois pontos-base, para 3,6568%. O rendimento do Tesouro de 2 anos estava sendo negociado em 4,3168%, subindo mais de nove pontos-base após registrar a sua maior queda em três dias desde a quebra do mercado de ações em outubro de 1987, após a falência do Silicon Valley Bank na semana passada. Os rendimentos e os preços tem uma relação invertida e um ponto base é igual a 0,01%.

O índice de preços ao consumidor de fevereiro, divulgado na terça-feira, veio em linha com as expectativas, apontando uma alta de 0,4% em relação a janeiro. O chamado núcleo do IPC, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, apresentou alta mensal ligeiramente acima das expectativas dos economistas e variação anual em linha com as expectativas.

Os investidores agora aguardam mais informações sobre o estado da economia por meio das vendas no varejo e dos dados do índice de preços ao produtor que serão divulgados às 9h30.

O CPI mede as mudanças nos preços de uma ampla gama de bens e serviços para consumidores, enquanto o PPI acompanha os preços no atacado. Esses são os dois últimos dados vinculados à inflação esperada antes da próxima decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros em sua reunião de 21 e 22 de março. Muitos investidores esperavam que o Fed anunciasse um aumento de 50 pontos-base na conclusão de sua reunião, depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que as taxas provavelmente subiriam mais do que o esperado, no entanto, as consequências do colapso do Silicon Valley Bank, que viu o setor bancário entrar em choque e levou os investidores a se concentrarem em ativos mais seguros, como títulos do governo, causaram incerteza sobre o caminho da política do Fed.

Economistas e investidores consideraram que o Fed pode agora priorizar a estabilidade financeira, com alguns chegando a sugerir que o banco central interromperia os aumentos das taxas. No entanto, de acordo com uma estimativa do CME Group, é agora amplamente esperada uma alta de 25 pontos-base, já que o Fed continua trabalhando para esfriar a economia e reduzir a inflação.

O final da temporada de balanços continua com os resultados da Adobe, Five Below e Oatly.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas saltam, estendendo o rali pelo segundo dia para níveis não vistos desde o verão passado, enquanto os investidores avaliavam os últimos dados de inflação.

As criptomoedas vem recuperando substancialmente desde o final da semana passada, com o sentimento do mercado mudando 180 graus depois que os reguladores dos EUA apoiaram todos depositantes do Silicon Valley Bank e do Signature Bank. Isso levou alguns investidores a especular que o Fed seria menos agressivo em aumentar as taxas de juros .

A correlação do Bitcoin com o Nasdaq está em seu nível mais baixo desde o colapso do FTX no início de novembro, de acordo com o provedor de dados criptográficos Kaiko. Seu preço ainda é amplamente impulsionado por dados macro e alguns analistas esperam ver um retorno maior dessa correlação, mesmo com eventos idiossincráticos impulsionando grande parte da ação em 2023.

O Bitcoin chegou a atingir US $ 26.513,27, seu maior nível desde 13 de junho, após os últimos dados de inflação levemente encorajadores e pela contínua recuperação do setor bancário de um "quase desastre", antes de recuar para US $ 25.000. O Ethereum negociou a US $ 1.728,11, um nível não visto desde 12 de setembro, durante o rali que precedeu a atualização chamado "The Merge" do Ethereum.

Segundo um executivo da empresa de análise cripto Amberdata, o Bitcoin parou de ser negociado como um "ativo-risco" e em vez disso, agora está sendo negociado como uma "moeda alternativa", já que a narrativa do pivô do Fed permanece forte na comunidade cripto", disse à CoinDesk via e-mail.

Segundo analistas, existem dois fatores que impulsionam o Bitcoin agora: “a primeira é a reavaliação das expectativas do Fed levando a um ambiente de mercado mais favorável ao investidor e a segunda, que pode ser ainda mais significativa, é o recente estresse em torno das vulnerabilidades do sistema bancário dos EUA".

O Bitcoin subiu 22% desde sexta-feira, quando os reguladores fecharam o Silicon Valley Bank e sobe 52,1% em 2023. O Ether ganhou 19,2% desde sexta-feira e saltou 43,9% no acumulado do ano.

O preço da maior criptomoeda do mundo recua para US $ 24.550, alta de menos de 1% nas últimas 24 horas, enquanto o Ethereum sobe 0,14% nas últimas 24 horas, em US $ 1.680.

Bitcoin: +0,10% em US $ 24.5901,60
0Ethereum: +0,15% em US $ 1.682,51
Cardano: -1,26%
Solana: +2,09
Terra Classic: +0,29%

ÍNDICES FUTUROS - 7h45:
Dow: -1,70%
SP500: -1,77%
NASDAQ: -1,57%

COMMODITIES:
MinFe Singapura: -0,68%
Brent: -1,83%
WTI: -2,03%
Soja: -0,23%
Ouro: +0,15%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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