Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.
ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira.
O índice Taiex de Taiwan caiu 4,35%, para 13.106,03 pontos, na volta do feriado, com a fabricante peso-pesado de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Company caindo 7,1%. Suas ações estavam reagindo às notícias de controles de exportação dos EUA em tecnologia de ponta que visam limitar a capacidade da China de comprar e fabricar semicondutores avançados usados em equipamentos militares.
Os mercados do Japão e da Coreia do Sul também retomaram as negociações após feriado na segunda-feira. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 1,83%, para 2.192,07 pontos.
O Nikkei do Japão caiu 2,64% para 26.401,25 pontos. Segundo dados do Ministério das Finanças, o superávit em conta corrente do Japão em agosto encolheu para 58,9 bilhões de ienes (US$ 404 milhões), uma queda de 96,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Economistas esperavam um superávit de 121,8 bilhões de ienes em agosto. O superávit em conta corrente ficou em 229 bilhões de ienes em julho. As importações cresceram à um ritmo mais rápido do que as exportações, com o iene mais fraco fazendo com que os preços de importação subissem.
Índice Hang Seng de Hong Kong caiu 2,23%, fechando em 16.832,36 pontos e o índice Hang Seng Tech caiu 3,16%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 devolveu os ganhos iniciais e fechou em baixa de 0,34%, em 6.645,00 pontos, terminando no vermelho pelo terceiro dia consecutivo. As ações de energia foram o maior empecilho no mercado, à medida que os investidores buscavam lucrar com os ganhos recentes em todo o setor. Santos caiu 1,1% e Woodside Energy caiu 2,4%. Entre as mineradoras, BHP caiu 0,6%, Rio Tinto (LON:RIO) perdeu 1% e Fortescue Metals (ASX:FMG) recuou 2,8%. O Índice de Consumo ANZ-Roy Morgan caiu 1,1% na semana passada, para seu nível mais baixo desde meados de agosto, apesar da taxa de 0,25 ponto percentual do Banco Central. O recuo foi impulsionada principalmente por uma queda de 3,2% na confiança entre aqueles que pagam hipoteca.
Na China continental, as bolsas contrariaram a tendência regional, com o Shanghai Composite ganhando 0,19% e o Shenzhen Component subindo 0,529%.
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu cerca de 2%.
EUROPA: Os mercados europeus recuam na terça-feira, com preocupações persistentes sobre as perspectivas de crescimento global e a possibilidade de mais aperto da política monetária por parte dos bancos centrais ao redor do mundo.
O índice pan-europeu Stoxx 600 cai 0,9% no final da manhã, com as ações de produtos químicos liderando as perdas, enquanto as ações de varejo operam em alta. Os mercados da região fecharam em baixa na segunda-feira, com a volatilidade continuando a abalar o sentimento dos investidores. Juntamente com as preocupações com aumentos das taxas de juros dos bancos centrais e seu impacto no crescimento econômico, os mercados da Europa também estavam observando os desenvolvimentos na Ucrânia depois que várias explosões atingiram o centro da capital da Ucrânia, Kiev.
O alemão DAX 30 cai 0,9%, o francês CAC 40 recua 0,7% e o FTSE MIB da Itália perde 1,4%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,9% e o português PSI 20 cede 1,1%.
Em Londres, o FTSE 100 cai 1%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 3%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 3,9%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto caem 3,6% e 2,9%, respectivamente. A petrolífera British Petroleum cai 2,5%.
O Banco da Inglaterra anunciou nesta terça-feira uma expansão de sua operação emergencial de compra de títulos, enquanto busca restaurar a ordem no caótico mercado de títulos britânico. O banco central disse que ampliará as compras de títulos do governo do Reino Unido, conhecidos como "Gilts".
A taxa de emprego do Reino Unido caiu 0,3 pontos percentuais no período de junho a agosto, mas permaneceu robusta em 75,5%. A taxa de desemprego também caiu 0,3 ponto percentual, atingindo 3,5%, o nível mais baixo desde 1974 e o número de desempregados por vaga de emprego caiu para um mínimo recorde de 0,9. Enquanto isso, o número de pessoas que estavam economicamente inativas devido a doenças de longo prazo estava em alta.
Os números publicados na terça-feira pelo British Retail Consortium mostraram que as vendas no varejo aumentaram 2% em relação ao ano anterior. No entanto, o BRC disse que isso provavelmente se deve à inflação, já que os volumes de vendas total caíram e observou o enfraquecimento da confiança do consumidor.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA caem nesta terça-feira, apontando para o quinto dia de quedas, depois que o Nasdaq Composite fechou ontem em seu menor nível desde julho de 2020, com queda de 1,04%, a 10.542,10 pontos, por conta de quedas nas ações de semicondutores.
O S&P 500 caiu 0,75%, para 3.612,39 pontos, enquanto o Dow Jones Industrial Average caiu 0,32%, para fechar em 29.202,88 pontos.
Na segunda-feira, todos os 11 setores do S&P 500 fecharam com mais de 10% de desconto em relação às suas altas recentes. Os serviços de comunicação estão mais de 41% abaixo da máxima de 52 semanas. Tecnologia da informação, bens de consumo discricionários e imóveis estão com mais de 33% de desconto ante suas altas recentes. Setor financeiro e commodities caíram mais de 23% e o setor industrial, mais de 20%.
O apetite ao risco dos investidores continuou a ser esmagado por preocupações com o desejo do Federal Reserve de combater a inflação desenfreada com custos de empréstimos ainda mais altos que pode prejudicar a atividade econômica e reduzir os ganhos corporativos.
Os investidores avaliaram os comentários do CEO do JPMorgan (NYSE:JPM), Jamie Dimon, que alertou que os EUA provavelmente entrariam em recessão nos próximos “seis a nove meses” e disse que o S&P 500 pode cair mais 20% dependendo se o Federal Reserve projetar uma queda suave ou um pouso forçado para a economia. O benchmark já caiu 24,2% até agora em 2022. O Nasdaq Composite caiu 32,6% no mesmo período e está no menor nível desde julho de 2020.
Essas observações vieram antes do início da temporada de lucros do terceiro trimestre e antes de importantes dados de inflação, como o relatório de preços ao produtor que sairá na quarta-feira, do índice de preços ao consumidor para setembro na quinta-feira e as vendas do varejo na sexta-feira. Os investidores focam apenas em como o Federal Reserve reagirá à economia enquanto trabalha para esfriar a inflação.
Os rendimentos do Tesouro dos EUA foram negociam em alta nesta terça-feira. O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos subia 6 pontos-base, sendo negociado a 3,9531% por volta das 6h30. O rendimento do Tesouro de 2 anos, mais sensível à política do Fed, subia 2 pontos-base para 4,3329%. O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos subia 7 pontos-base para 3,9173%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.
O recuo no mercado dos títulos dos EUA parece estar acelerando à medida que o Fed aumenta o ritmo em que planeja vender títulos do Tesouro de seu balanço patrimonial. Os títulos do Reino Unido também apresenta um recuo dramático, já que o movimento de emergência do Banco da Inglaterra para comprar mais "gilts" não consegue acalmar os mercados.
O dólar DXY é impulsionado fortemente para cima por conta do ciclo relativamente agressivo de aumento de taxas do Fed e a força do dólar é vista como mais um vento contrário para os ganhos das multinacionais dos EUA.
O JPMorgan Chase, juntamente com o Citigroup (NYSE:C) e Morgan Stanley (NYSE:MS) darão o pontapé inicial da temporada de lucros corporativos do terceiro trimestre na sexta-feira. Analistas esperam que os ganhos agregados ao S&P 500 cresçam 4,5% no período, embora grande parte disso seja impulsionado por um ganho esperado de 6,3% para as ações de energia, de acordo com a Refinitiv. A previsão é que os ganhos do setor financeiro caia 1,6%.
O Índice de Otimismo para Pequenas Empresas da NFIB (Federação Nacional de Empresas Independentes) divulgado nesta terça-feira ficou em 92,1, como esperado mas acima da leitura anterior de 91,8. Enquanto isso, o Fed de Nova York divulgará sua Pesquisa de Expectativas do Consumidor, que fornece uma visão sobre as expectativas do consumidor para a inflação geral e preços de alimentos, habitação e energia, bem como perspectivas sobre salários e empregos.
CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas recuam nesta terça-feira, pois o mesmo sentimento que está freando a demanda por ações continua a segurar os ativos digitais, porém, mais volatilidade é esperada para este mês devido a espera da divulgação de vários dados de inflação dos EUA.
A divulgação na quinta-feira do índice de preços ao consumidor dos EUA, uma medida de inflação observada de perto, está nos níveis mais altos em 40 anos. O Federal Reserve apertou agressivamente as condições financeiras este ano em uma tentativa de controlar os preços crescentes, aumentando as taxas de juros a tal ponto de elevar a perspectiva de recessão e diminuir a demanda por ativos sensíveis ao risco.
Diante desse cenário macro sombrio, as criptomoedas estão cada vez mais correlacionadas com as ações, caindo em conjunto com os índices Dow Jones Industrial Average e S&P 500. Embora parte dessa correlação tenha desaparecido em setembro, além da relativa volatilidade do Bitcoin, os ativos digitais permanecem no mesmo caminho turbulento que o mercado de ações, com indicadores econômicos como a inflação e o relatório de empregos sendo grandes catalisadores.
Há um grupo de analistas que enxerga a recente falta de volatilidade nas criptomoedas como um sinal de que um grande evento de volatilidade está à frente. Essa narrativa foi reforçada por sinais de que os "traders" se posicionam em derivativos cripto, onde em mercado mais líquido como o Bitcoin existe os futuros perpétuos do Bitcoin. Os derivativos cripto são normalmente negociados com alavancagem, ou dinheiro emprestado, o que pode exacerbar oscilações de preços em qualquer direção quando o mercado se move.
Segundo os mesmos observadores, tanto o Bitcoin quanto o Ethereum abriram posições, sugerindo que um capital fresco está entrando nos mercados de criptomoedas, apesar da incerteza contínua. Estas posições referem-se ao número total de contratos de derivativos em aberto.
O Bitcoin cai 1% nas últimas 24 horas, buscando se sustentar acima de US $ 19.100. A maior criptomoeda está agora firmemente na extremidade inferior da faixa entre US $ 19.000 a US $ 24.000 que vem desde a venda maciça em meados de junho e um movimento abaixo de US $ 19.000 pode levar o Bitcoin perto das mínimas anuais abaixo de US $ 18.500.
O Ether, a segunda maior criptomoeda, cai 2%, sendo negociado a US $ 1.280.
Bitcoin: -1,26%, em US $ 19.083,80
Ethereum: -2,03%, em US $ 1.283,23
Cardano: -5,07%
Solana: -3,54%
Dogecoin: -2,06%
Terra Classic: -7,33%
ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: -0,46%
SP500: -0,57%
NASDAQ: -0,58%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: -2,50%
Brent: -2,03%
WTI: -2,30%
Soja: 0,26%
Ouro: -0,01%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.