Bolsas buscam recuperação à medida que o 2º trimestre e 1º semestre chegam ao fim

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, com os investidores continuando a analisar os comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que indicou que pode haver vários aumentos de juros à frente.

O Nikkei do Japão subiu 0,12% para fechar em 33.234,14 pontos. Dados oficiais mostraram que as vendas no varejo japonês aumentaram 5,7% em maio em relação ao ano anterior, ligeiramente acima das estimativas da Reuters de um aumento de 5,4%. Investidores estrangeiros tornaram-se vendedores de ações japonesas depois de impulsionar o Nikkei para máximas de três décadas após 12 semanas consecutivas de compras, informou a Reuters citando dados oficiais. Ações líquidas no valor de US$ 3,77 bilhões foram vendidas por estrangeiros na semana até 24 de junho, segundo o relatório que cita dados do Ministério da Fazenda. Desde o final de março, os investidores estrangeiros eram compradores líquidos de ações japonesas todas as semanas, disse a Reuters.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,55%, para 2.550,02 pontos. O Japão e a Coreia do Sul devem discutir um acordo de swap cambial de US$ 10 bilhões no que seria sua primeira reunião financeira bilateral em sete anos, segundo a Reuters.

Os mercados da China continental terminaram em baixa, com o Shanghai Composite caindo 0,22% para fechar em 3.182,38 pontos e o Shenzhen Component fechando com uma queda de 0,10%, em 10.915,50 pontos.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,56%.

O S&P/ASX 200 da Austrália caiu 1,6 ponto, ou 0,02%, para 7194,90 pontos, depois que dados de vendas no varejo mais fortes do que o esperado reacenderam preocupações de um novo aumento da taxa de juros na próxima semana, com empresas de tecnologia da informação e bancos subindo. As mineradoras de ouro estavam entre as ações mais fracas da bolsa local, com Evolution, Northern Star e Newcrest caindo 2,1%, 1,7% e 1,2%, respectivamente em meio a uma queda no setor de mineração. Pesos-pesados do minério de ferro também caíram. BHP caiu 1% e Rio Tinto (LON:RIO) recuou 1,2%. Entre as empresas de energia, Santos subiu 0,1% e Woodside Energy caiu 0,3%.

Mercados em Cingapura, Indonésia, Malásia e Índia ficaram fechados por conta do feriado de Eid al-Adha.

EUROPA: As bolsas europeias sobem cautelosamente na quinta-feira, com os investidores avaliando os comentários dos principais banqueiros centrais sobre a necessidade de continuar a luta contra a inflação.

No fórum do Banco Central Europeu em Sintra, Portugal, na quarta-feira, a presidente do BCE, Christine Lagarde, o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey e o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, prometeram seguir em frente, apesar dos riscos de crescimento.

Powell disse que há “mais restrições chegando” e que “mudar em reuniões consecutivas” não estava fora de questão. Ele também disse que há uma “possibilidade significativa de que haverá uma desaceleração”, mesmo que esse não seja o cenário mais provável.

Lagarde reconheceu a possibilidade de uma recessão na zona do euro neste ano, embora esse não seja o caso básico do BCE. Ela disse que um aumento em julho era provável e que os formuladores de política monetária “ainda têm mais terreno a cobrir”.

Bailey, do Banco da Inglaterra, disse que a economia do Reino Unido está se mostrando “mais resiliente” do que ele esperava. Ee também enfatizou que o banco central fará o que for necessário para reduzir a alta inflação do Reino Unido.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,55% no meio da manhã, com as ações de varejo liderando os ganhos, enquanto as ações de viagens e lazer caem. O Stoxx 600 fechou em alta de 0,7% na quarta-feira, depois de encenar uma recuperação cautelosa de seis sessões negativas consecutivas na terça-feira.

O alemão DAX 30 sobe 0,3%, enquanto o francês CAC 40 e o FTSE MIB da Itália avança m 0,9% cada.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,4% e o português PSI 20 sobe 0,2%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,2%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 0,5%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 1,5%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto tombam 1% e 0,6%, respectivamente. A petrolífera BP sobe 0,4%.

A confiança entre empresas e consumidores na zona do euro em junho caiu mais do que o esperado, refletindo preocupações com o impacto do aumento das taxas de juros do Banco Central Europeu e da alta inflação que está pressionando os gastos. O indicador de sentimento econômico da zona do euro caiu para 95,3 em junho, ante 96,4 em maio, segundo dados da Comissão Europeia nesta quinta-feira. É a leitura mais baixa desde novembro de 2022 e sugere uma retração do sentimento negativo depois que a confiança melhorou durante o inverno, quando uma crise energética há muito prevista não aconteceu. O indicador também veio mais fraco do que as expectativas de 96,0 de economistas, puxada pela diminuição da confiança em quatro dos cinco setores avaliados: indústria, serviços, varejo e construção. A confiança industrial registrou uma queda maior, enquanto o sentimento do consumidor subiu ligeiramente. Entre as maiores economias da zona do euro, a confiança piorou mais na Alemanha, seguida por Itália e Espanha, enquanto melhorou na França no mês.

O BCE elevou os juros em 0,25% em sua última reunião no início de junho e sua presidente, Christine Lagarde, já sinalizou que as autoridades do banco central esperam aumentar os juros novamente em julho.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA negociam com leves altas na quarta-feira, à medida que o mercado se aproxima do final do segundo trimestre e do primeiro semestre de 2023 com ganhos sólidos.

As ações da empresa de tecnologia Micron subiram 3% nas negociações estendidas depois que a fabricante de chips registrou receita acima do esperado no último trimestre, citando maior demanda do setor. JP Morgan e Bank of America (NYSE:BAC) ganharam mais de 1% nas negociações após o expediente, já que os maiores bancos do país passaram no teste de estresse anual do Federal Reserve.

Durante a sessão regular de quarta-feira, Nasdaq Composite fechou em alta de 0,27%, fechando em 13.591,75 pontos, enquanto o Dow caiu 0,22%, em 33.852,66 pontos e o S&P 500 caiu 0,04%, em 4.376,86 pontos.

Para o mês de junho, o S&P 500 subiu 4,7%, no ritmo de seu melhor desempenho mensal desde janeiro. No segundo trimestre, o benchmark de ações ganhou 6,5%, a caminho de seu terceiro trimestre positivo consecutivo.

O mercado de ações está chegando ao final do primeiro semestre de 2023 com forte desempenho. O S&P 500 sobe 14% este ano, enquanto o Nasdaq Composite, de alta tecnologia, sobe quase 30%, caminhando para seu melhor primeiro semestre desde 1983, à medida que o otimismo crescente em torno da inteligência artificial impulsionou uma série de empresas de tecnologia e fabricantes de chips. O Dow registra um desempenho mais fraco, subindo apenas 2% este ano. Muitos em Wall Street esperam um segundo semestre volátil.

Os investidores digeriram os últimos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que disse na quarta-feira que os formuladores de políticas esperam mais restrições. Falando em um fórum patrocinado pelo Banco Central Europeu, em Sintra, Portugal, Powell disse que políticas mais restritivas ainda estão por vir, já que o Fed continua a combater a inflação. Isso inclui a perspectiva de aumentos de juros em reuniões consecutivas, acrescentou.

Nas últimas semanas, ele sugeriu que a inflação ainda está muito alta e que as taxas precisam subir mais para que ela volte a cair. Isso gerou preocupação entre muitos investidores temendo que manter as taxas elevadas por mais tempo ou aumentá-las ainda mais arraste a economia dos EUA para uma recessão. Powell abordou essas preocupações na quarta-feira, dizendo que uma desaceleração econômica era possível, mas não “o caso mais provável”.

Os investidores monitorarão mais comentários do presidente do Fed na quinta-feira, já que Powell deve falar em uma conferência em Madrid, onde terá uma discussão com o governador do Banco da Espanha, Pablo Hernández de Cos.

Os dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego será lançado às 9h30, dando oportunidade aos investidores para avaliar a saúde do mercado de trabalho. No mesmo horário será divulgado os números finais do PIB, enquanto as vendas pendentes de casas sairá às 11h00.

Os investidores também estão olhando para sexta-feira, quando um dos principais dados da inflação e preferido pelo Fed, na forma do índice de despesas de consumo pessoal (PCE) de maio será divulgado.

CRIPTOMOEDAS: O Bitcoin sobe na quinta-feira em meio ao otimismo contínuo sobre a possibilidade dos reguladores aprovarem um fundo negociado em bolsa de Bitcoin à vista.

Antes de qualquer decisão, o próximo catalisador para um movimento mais substancial nos ativos digitais provavelmente será na sexta-feira, com a divulgação do índice de despesas de consumo pessoal (PCE) dos EUA para maio. O PCE é a medida preferida de inflação do Federal Reserve e será acompanhado de perto pelos investidores. É provável que mova o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 e o Bitcoin. Os investidores vão querer ver quedas contínuas na inflação medida com o PCE para aumentar as expectativas de uma política monetária mais fácil, o que deve apoiar ativos de risco.

A campanha do Fed de aumentos de juros de combate à inflação desde março de 2022 tem sido uma força motriz por trás das quedas no Bitcoin e em outros ativos sensíveis ao risco e o grande rali nas criptomoedas este ano veio em meio a expectativas de que o pior já passou. O Fed manteve os juros estáveis este mês pela primeira vez neste ciclo, mas as autoridades do banco central deixaram claro que a inflação continua muito alta e que mais aumentos de juros podem estar por vir.

O Bitcoin sobe 1,3% nas últimas 24 horas, para perto de US$ 30.700. O maior ativo digital permanece confortavelmente acima do nível psicológico de US$ 30.000 que foi rompido na semana passada depois que a gigante financeira BlackRock (NYSE:BLK) entrou com um pedido de ETF de Bitcoin, mas permanece abaixo das máximas recentes perto de US$ 31.500.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, era negociado em torno de US$ 1.860.

Entre as Criptos menores, ou altcoins, Cardano sobe 0,3% e Polygon cai 0,1%. Entre as memecoins, Dogecoin cai 1,1% e Shiba Inu perde 0,1%.

Bitcoin: +1,23% em US $ 30.68,00
Ethereum: 0,33% em US $ 1.866,93

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,31%
S&P 500: +0,30%
NASDAQ: +0,34%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +0,85%
Brent: +0,34%
WTI: +0,35%
Soja: +0,02%
Ouro: -0,24%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.