Em 1947, um incidente amplamente noticiado em Roswell, Novo México chocou ao mundo com as revelações da queda de uma aeronave de origem desconhecida, composta de materiais nunca vistos na Terra, o que foi confirmado até mesmo pelos militares na época.
Todavia, os próprios militares vieram a público para desmentir tudo, dizendo que se tratava de um ‘balão meteorológico’, ou um ‘balão de ensaio’.
Isso em grande parte devido às implicações que tal revelação traria, podendo levar a um pânico semelhante àquele com a dramatização no rádio do livro Guerra dos Mundos de HG Wells por Orson Welles.
Eis que no Brasil, em dezembro de 2020, um ‘balão de ensaio’ é aparentemente lançado pelo famoso ‘fontes’ e gera pânico momentâneo no mercado de que o teto constitucional dos gastos poderia ser furado por um artificio legal de permitir novas despesas, como o plano de renda mínima, seja sob qual nome tenha disso adotado.
Em seguida, a negativa por parte dos autores do projeto, vem a público negar a “aparição de OVNI” e dizer que não existem propostas para tal, ainda que esteja explicitado no projeto e a equipe econômica, provavelmente pega de surpresa como o público em geral, reitera não haver espaço para tal.
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Este é o Brasil de sempre, onde as soluções de longo prazo são usualmente preteridas por eventos de curto prazo, porém de grande visibilidade, como o Coronavoucher e somente em raras ocasiões, como no mandato do ex-presidente Temer ocorre um ímpeto reformista real.
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Já quase nos cansamos, assim como o ministério da Economia, assim como o COPOM em cada comunicado de dizer que as reformas são essenciais ao crescimento sustentável do país e o teto dos gastos é o instrumento perfeito, na falta de uma discussão mais séria do pacto federativo, para preservar o mínimo de previsibilidade fiscal e assim, manter os juros baixos.
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Estes eventos são desgastantes e dão a nítida impressão de que não há nenhum ímpeto para avançar com as reformas no país, somente a continuidade do poder.
Atenção hoje ao IPCA e a pressão ainda contínua de preços ao varejo.
O IGP-DI ontem, ainda que abaixo das expectativas devido ao atacado, trouxe uma pressão bastante intensa no varejo saindo de 0,65% para 0,94% em novembro e tal pressão tende a perdurar ao menos até janeiro.
Europa não reage ao índice Zew forte de expectativas futuras tanto na Alemanha, quanto na Zona do Euro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, mesmo após um índice Zew na Zone do Euro e Alemanha acima das expectativas.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após cautela pelo acordo do Brexit e eventos avanços na pandemia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com o aumento de lockdowns devido à pandemia
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,44%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1075 / -0,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,157%
Dólar / Yen : ¥ 104,02 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,194%
Dólar Fut. (1 m) : 5084,64 / -0,84 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,83 % aa (0,39%)
DI - Janeiro 23: 4,42 % aa (-1,78%)
DI - Janeiro 25: 6,08 % aa (-0,82%)
DI - Janeiro 27: 6,91 % aa (-0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1410% / 113.590 pontos
Dow Jones: -0,4913% / 30.070 pontos
Nasdaq: 0,4470% / 12.520 pontos
Nikkei: -0,30% / 26.467 pontos
Hang Seng: -0,76% / 26.305 pontos
ASX 200: 0,19% / 6.688 pontos
ABERTURA
DAX: -0,195% / 13245,13 pontos
CAC 40: -0,509% / 5545,01 pontos
FTSE: -0,425% / 6527,54 pontos
Ibov. Fut.: -0,17% / 113543,00 pontos
S&P Fut.: -0,192% / 3690,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,034% / 12586,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,19% / 73,80 ptos
Petróleo WTI: 0,09% / $45,59
Petróleo Brent: 0,27% / $48,66
Ouro: 0,06% / $1.865,98
Minério de Ferro: 1,49% / ¥ $144,34
Soja: -0,52% / $1.152,75
Milho: -0,12% / $419,00
Café: 1,39% / $116,95
Açúcar: -0,14% / $14,41