ÁSIA: A maioria das principais bolsas asiáticas fechou em alta nesta terça-feira, em meio à sinais econômicos mistos.
O Nikkei do Japão subiu 0,16% para fechar em 29.432,70 pontos, enquanto o índice Topix caiu 0,78%, encerrando seu dia em 1.977,86 pontos. As vendas no varejo do Japão caíram 1,5% em fevereiro em relação ao ano anterior, ante previsão média do mercado de queda de 2,8%, de acordo com a Reuters. As ações da Nomura continuaram apresentando perdas, caindo 0,66% nesta terça-feira após despencar mais de 16% na segunda-feira, quando a empresa alertou sobre uma “perda significativa” em uma de suas subsidiárias nos Estados Unidos, resultante de transações com um fundo de hedge nos Estados Unidos.
Na China continental, o composto de Xangai subiu 0,62%, para 3.456,68 pontos, enquanto o Shenzhen Component subiu 0,85% para 13.888,44 pontos. O índice Hang Seng em Hong Kong subiu 0,84%.
O Kospi da Coreia do Sul ganhou 1,12%, fechando em 3.070 pontos.
Na Austrália, o S & P / ASX 200 teve um início forte, mas caiu 0,90%, encerrando seu dia de negociação em 6.738,40 pontos com notícias de um aumento de casos de coronavírus em Brisbane, adicionando mais incertezas sobre as perspectivas do mercado no curto prazo. As gigantes do minério de ferro Rio Tinto (LON:RIO), BHP e Fortescue Metals caíram 2,1%, 2,7% e 2,4%, respectivamente. As produtoras de petróleo também sucumbiram. Santos caiu 1% e Woodside Petroleum recuou 1,7%.
O MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 0,4%.
EUROPA: As bolsas europeias continuam a subir nesta terça-feira, com o mercado parecendo esquecer a liquidação da última sexta-feira, por conta das vendas de US$ 30 bilhões de um fundo americano em apuros.
O pan-europeu Stoxx 600 sobe ganhou 0,59% nas negociações do final da manhã, liderado por uma recuperação dos bancos, depois de cair muito na segunda-feira em meio à venda de quase US$ 30 bilhões ligada a uma chamada de margem na Archegos Capital Management. Credit Suisse (SIX:CSGN) que caiu cerca de 14% na segunda-feira, se recupera, subindo perto de 2%. UBS sobe 1,5% e Deutsche Bank avança 2%.
O alemão DAX 30 sobe 0,77% renovando seu recorde de alta, o francês CAC 40 soma 0,71%, o IBEX 35 da Espanha avança 0,96%, enquanto o FTSE MIB da Itália adiciona 0,46%.
Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,45%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 1,2%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 3%, BHP sobe 1,1% e Rio Tinto adiciona 1,8%. As gigantes do petróleo tem ganhos mais modestos. BP sobe 0,6% e Royal Dutch Shell sobe 0,2%.
O sentimento econômico da zona do euro saltou de 93,4 em fevereiro para 101 pontos em março, muito mais do que os 96 pontos esperado pelos analistas.
Líderes da Alemanha e França estão sentindo pressão para endurecer os bloqueios existentes por conta do aumento das infecções por coronavírus. O Reino Unido, que lidera os países da União Europeia em vacinação, entrou em uma nova fase de reabertura na segunda-feira.
De acordo com o Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido, 54,7% da população teria testado positivo para anticorpos na semana que terminou em 14 de março. No País de Gales 50,5% da população testou positivo, 49,3% na Irlanda do Norte e 42,6% na Escócia. Os dados são baseados em uma amostra aleatória de resultados de exames de sangue de indivíduos com pelo menos 16 anos de idade, que podem desenvolver anticorpos por serem vacinados ou infectados. A agência de estatísticas alertou que testar positivo para anticorpos não significa que as pessoas são imunes e ainda não se sabe quanto de anticorpos são necessários para dar proteção, enquanto os cientistas ainda estão debatendo qual é o nível necessário para a chamada imunidade do rebanho.
Mas há um forte progresso, com a média de 7 dias de novos casos caindo para pouco mais de 5.000, ante quase 60.000 em janeiro. Dados independentes mostram que 45% da população britânica tomou pelo menos uma dose da vacina. Isso está acima dos EUA com 29%, e bem acima dos 12% da França.
O Reino Unido foi o primeiro país a começar a usar a vacina da empresa farmacêutica Pfizer e também está usando as fabricadas pela farmacêutica AstraZeneca e pela Moderna.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam com sinais divergentes durante as negociações matinais de terça-feira, à medida que o rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos superou 1,77% pela primeira vez desde janeiro de 2020.
Os contratos futuros vinculados ao Dow avançaram 78 pontos. Os futuros do S&P 500 pairaram em torno da linha plana, enquanto os futuros do Nasdaq 100 ficaram em território negativo.
Durante as negociações regulares, o Dow apagou uma perda de 160 pontos para fechar com alta de 98 pontos, ou valorização de 0,30%. O S&P 500 e o Nasdaq terminaram no vermelho, caindo 0,09% e 0,60%, respectivamente. Os movimentos ocorreram em meio à continuidade das quedas depois que um fundo de hedge foi forçado a liquidar sua posição em várias ações do setor de mídia.
A ViacomCBS e a Discovery continuaram em queda na segunda-feira depois de registrar pesadas perdas na semana passada por conta das vendas pela Archegos Capital Management. As ações de bancos caíram na segunda-feira, com Credit Suisse e Nomura registrando pesadas perdas depois de alertar sobre "impactos significativos” nos resultados do primeiro trimestre por conta da venda do fundo de hedge.
Apesar da volatilidade recente, o Dow e o S&P 500 estão firmes no mês, ganhando 7,2% e 4,2%, respectivamente.
As ações de "small caps" tem se beneficiado da reabertura do mercado nos últimos meses, com os investidores migrando para ações de setores duramente atingidas pela pandemia. O Russell 2000 subiu 43% nos últimos seis meses, mais que dobrando o retorno do Dow e do S&P. Jim Lacamp, vice-presidente sênior do Morgan Stanley (NYSE:MS) Wealth Management, acredita que esse movimento pode ter chegado ao fim.
O presidente Joe Biden deve anunciar parte de seu plano de infraestrutura de US$ 3 trilhões na quarta-feira, que também deverá abordar a produção industrial doméstica e a concorrência com a China.
Os investidores estão se preparando para o aumento da volatilidade durante esta semana encurtada pelo feriado da Sexta-feira Santa, com o reequilíbrio de fim de trimestre entre os fundos de pensão e outros grandes fundos, visto que o recente e rápido avanço nos rendimentos dos títulos pode levar os administradores de recursos a grandes ajustes em suas carteiras.
Na agenda econômica, às 11h00 será divulgado o Consumer Confidence, um importante indicador pois dá ao mercado uma ideia dos gastos dos consumidores.
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,19%
SP500: -0,11%
NASDAQ: -0,73%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: -0,86%
Brent: -1,03%
WTI: -1,33%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra ou venda de ativos.