ÁSIA: Os mercados acionários asiáticos fecharam em direção opostas nesta quarta-feira, à medida que os investidores se preparavam para a decisão da taxa de juros do Federal Reserve.
O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,13%, para 20.670,04 pontos e o índice Hang Seng Tech caiu 1,3%. O peso-pesado Alibaba (NYSE:BABA) caiu 3,26% depois de anunciar planos de uma listagem primária dupla em Hong Kong. As ações do setor imobiliário também caíram em Hong Kong. As ações da empresa imobiliária Country Garden despencaram 15,05% depois de dizer que levantaria 2,8 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 360 milhões) com o lançamento de 870 milhões de novas ações. O índice Hang Seng Mainland Properties foi 6,29% menor.
Os mercados da China continental fecharam ligeiramente menor. O Shanghai Composite caiu 0,05%, para 3.275,76 pontos e o Shenzhen Component perdeu 0,07%, para 12.399,69 pontos.
O Nikkei do Japão ganhou 0,22%, para 27.715,75 pontos.
Em sentido contrário, o Kospi da Coreia do Sul subiu 0,11%, para 2.415,53 pontos.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 0,23% e fechou em 6.823,2 pontos, estabelecendo uma nova alta de 20 dias, impulsionado pelo setor bancário, altamente ponderado. O setor de materiais pesou sobre o índice no fechamento. BHP, Fortescue Metals (ASX:FMG) e Rio Tinto (LON:RIO) recuaram entre 2 e 2,8%. A Rio Tinto reportou uma queda de 30% no lucro semestral e reduziu pela metade seu dividendo intermediário após o expediente. O lucro líquido caiu para US$ 8,9 bilhões no primeiro semestre de 2022, em comparação com US$ 12,3 bilhões no mesmo período de 2021.
A inflação australiana atingiu uma alta de 6,1% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, ante 5,1% no primeiro trimestre do ano.
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão fechou 0,45% menor.
EUROPA: Bancos e ações de tecnologia sustentam as bolsas europeias no meio de quarta-feira, antes da decisão do Federal Reserve que virá após o fechamento do comércio no continente.
O Stoxx Europe 600 sobe 0,45% com bancos liderando os ganhos, enquanto ações de recursos básicos caem.
O alemão DAX 30 sobe 0,28%, o francês CAC 40 avança 0,47% e o FTSE MIB da Itália adiciona 0,77%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,18% e o português PSI 20 sobe 1,14%.
Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,56%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 0,3%, enquanto Antofagasta (LON:ANTO), BHP e Rio Tinto cai 0,1%, 1% e 3,7%, respectivamente. A produtora de petróleo British Petroleum sobe 0,4%.
As preocupações com a economia global se aprofundaram na terça-feira depois que o Fundo Monetário Internacional cortou suas projeções de crescimento global para 2022 e 2023, classificando as perspectivas econômicas do mundo de “sombrias e mais incertas”. O FMI espera que a economia global cresça 3,2% este ano, antes do PIB desacelerar para uma taxa de 2,9% em 2023. As revisões marcam um rebaixamento de 0,4 e 0,7 pontos percentuais, respectivamente, em relação às projeções de abril.
O índice de sentimento do consumidor do instituto GFK caiu para -30,6 pontos em agosto, abaixo do recorde anterior de -27,7 no início de julho.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA sobem no início da manhã de quarta-feira, enquanto os investidores aguardam a decisão da taxa de juros do Federal Reserve, programada para ser anunciada mais tarde.
As bolsas fecharam em queda na sessão de terça-feira com a continuação da temporada de lucros. O Walmart (NYSE:WMT) cortou sua previsão de lucros, fazendo com que outras varejistas como Kohl’s, Target, Macy’s, Nordstrom e Ross Stores (NASDAQ:ROST) caíssem por temores de que a alta inflação tenha levado os consumidores a reduzir os gastos.
As ações de tecnologia também caíram na sessão de terça-feira, puxadas para baixo pelo sentimento de inflação e notícias de que Shopify cortaria 10% de sua força de trabalho. Amazon (NASDAQ:AMZN), Block, controladora da Square (NYSE:SQ) e PayPal (NASDAQ:PYPL) caíram.
As empresas relataram ganhos mistos, mostrando como estão enfrentando ventos contrários, como incerteza econômica, pressões cambiais, interrupções na cadeia de suprimentos e inflação alta. As ações da General Motors (NYSE:GM) caíram depois que as estimativas de ganhos da gigante automobilística ficou aquém de Wall Street. Coca-Cola, McDonald’s, 3M e General Electric (NYSE:GE) saltaram depois de resultados sólidos.
Durante a sessão de terça-feira, o Dow caiu 0,71%, em 31.761,54 pontos, o S&P 500 caiu 1,15%, em 3.921,05 pontos e o Nasdaq Composite recuou 1,87%, fechando em 11.562,58 pontos. O Russel 2000, que agrupa as "small caps" recuou 0,41%, em 1.805,02 pontos.
Há mais relatórios de ganhos importantes para vir nesta quarta-feira. Boeing (NYSE:BA) e Shopify devem divulgar seus resultados trimestrais antes do sino. Qualcomm, Ford (NYSE:F) e Meta Platforms (NASDAQ:META) apresentarão seus relatórios no final do dia.
Na agenda econômica, às 9h30 sairá os pedidos de bens duráveis. As vendas pendentes de casas sairá às 11h00 e os estoques semanais de petróleo dos EUA será divulgado às 11h130.
Os investidores também aguardam finalização da reunião de dois dias do Federal Reserve. O banco central anunciará a decisão sobre a taxa de juros às 15h00 de quarta-feira, seguida da conferência à imprensa do presidente do FED, Jerome Powell. O mercado não sabe exatamente como o FED decidirá depois de dados econômicos recentes mistos. A última leitura de inflação de junho mostrou um aumento de 1,3% no índice de preços ao consumidor durante o mês, estendendo a alta de um ano para 9,1%. O Federal Reserve continua a sua luta contra a inflação e não há dúvida que as taxas de juros subirá depois que a reunião de dois dias do Federal Open Market Committee terminar na quarta-feira. O debate é sobre o tamanho da alta.
As apostas implicam uma chance de 77,5% de um aumento de 75 pontos-base de acordo com o CME FedWatch Tool. As chances de uma alta de 100 pontos-base está em 22,5%. Essas apostas oscilaram amplamente ao longo do último mês, à medida que os dados econômicos eram divulgados e as autoridades do FED faziam observações públicas defendendo aumentos de 50, 75 e 100 pontos-base.
O maior desafio para o FED é que grande parte da inflação atual é causada por problemas de oferta. A política monetária e as mudanças nas taxas de juros não podem fazer nada sobre as paralisações relacionadas ao Covid-19 na China, picos nos preços das commodities devido à guerra Rússia/Ucrânia, ou escassez de semicondutores parando a produção de automóveis. Neste caso, o FED pode reduzir a demanda por bens a níveis que correspondem à limitação da oferta, ao mesmo tempo em que diminui os gastos em outras áreas, como habitação, tornando os empréstimos mais caros para consumidores e empresas, esfriando o rápido aumento dos preços por lá. Isso significa desacelerar a economia em alguns setores, mas não no mercado de trabalho dos EUA. O pior cenário para os investidores é que a taxa de desemprego começa a subir mais e outros dados econômicos continuam a enfraquecer, enquanto a inflação teimosamente permanece elevada. O temor é que essa receita leve para a estagflação e significaria que o FED precisasse escolher entre apoiar a economia e reduzir a inflação.
O banco central objetiva conter a inflação, causando apenas uma leve desaceleração, dependendo da dose do remédio, que em excesso funcionaria como veneno. Além da decisão de hoje, o FOMC tem mais três decisões de política monetária programadas para decidir este ano: no final de setembro, início de novembro e meados de dezembro. As trajetórias da inflação e do mercado de trabalho determinarão o caminho que as taxas de juros tomarão.
A reação de curto prazo à um aumento de 100 pontos-base na quarta-feira pode ser uma venda considerável no mercado. As ações de crescimento seriam prejudicadas por taxas de juros mais altas, enquanto o maior aperto do FED aumentaria as chances de recessão, prejudicando as ações cíclicas. Os preços dos títulos diminuiriam à medida que seus rendimentos subiriam. O dólar americano pode ser o único vencedor nesse cenário.
Um aumento de 50 pontos-base, menor do que o esperado pode significar um rali de curto prazo, à medida que a pressão por taxas mais altas diminui, mas esse salto pode não ser duradouro, já que os analistas alegariam que o FED não estaria fazendo o suficiente para combater a inflação e que um corte menor seria apenas um sinal de alerta sobre a saúde da economia.
Um aumento de 75 pontos-base deve ser o resultado que o mercado espera e isso deixa a análise da conferência de imprensa do presidente Jerome Powell em seguida como o determinante para a reação do mercado.
Em Washington, espera-se que o Senado vote um projeto de lei para aumentar a produção de semicondutores dos EUA.
CRIPTOMOEDAS: Os mercados de criptomoedas sobem majoritariamente nesta quarta-feira antes da decisão do Federal Reserve sobre as taxas de juros. Os ativos digitais parecem estar à mercê do banco central dos EUA e dos mercados mais amplos em meio à temores em torno da inflação e recessão.
O Bitcoin sobe 1% nas últimas 24 horas para US $ 21.300, depois que a maior criptomoeda deu uma pernada para baixo na segunda-feira.
Bitcoin: +0,97%, em US $ 21.325,10
Ethereum: +3,19%, em US $ 1.465,54
Cardano: -0,81%
Solana: +1,60%
Dogecoin: +1,06%
Terra Classic: +4,57%
ÍNDICES FUTUROS - 7h45:
Dow: +0,41%
SP500: +0,87%
NASDAQ: +1,45%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,41%
Brent: +0,58%
WTI: +0,60%
Soja: +0,67%
Ouro: +0,16%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.