Radar dos investidores mundiais volta-se para os dados de inflação dos EUA

Bem-vindo à sua leitura matinal de três minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados da Ásia fecharam próximos da linha de abertura na segunda-feira, com os investidores avaliando a inflação de abril da China mais fortes do que o esperado, antes do próximo orçamento federal e dos últimos dados de inflação dos EUA, previstos para quarta-feira.

O índice de preços ao consumidor da China subiu 0,3% em termos anuais, superando as estimativas de um aumento de 0,2%. O índice de preços ao produtor, no entanto, caiu 2,5% em termos homólogos, mais do que a queda estimada de 2,3%.

O destaque da semana será o PIB do Japão no primeiro trimestre, que deverá ter contraído 1,5% na base anualizado, provavelmente comprometendo os planos do Banco do Japão de aumentar as taxas de juros. Os números da inflação na Índia, a quinta maior economia mundial, também serão divulgados na noite de segunda-feira, com economistas esperando que a inflação desacelere ligeiramente para 4,8% em abril, abaixo dos 4,85% de março.

O Nikkei do Japão fechou em baixa de 0,13%, em 38.179,46 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul terminou em 2.727,21 pontos, baixa de 0,02%.

O S&P/ASX 200 australiano fechouu estável, em 7.750,00 pontos, depois de passar a maior parte do dia no vermelho. Cinco dos 11 setores negociaram no verde. Entre as mineradoas, BHP subiu 0,7% mas Fortescue e Rio Tinto (LON:RIO) recuaram 0,8% e 1%. As petrolíferas Santos e Woodside fecharam em baixa de 0,9% e 1,4%, respectivamente.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,80%, em 19.115,06 pontos, enquanto na China continental, o índice CSI 3000, que agrupa as maiores empresas listadas em Shanghai e Shenzhen, caiu ligeiramente para terminar em 3.664,69 pontos. O Ministério das Finanças da China disse na segunda-feira que iniciará as vendas de títulos especiais do tesouro de longo prazo no valor de 1 trilhão de yuans (US $ 138,24 bilhões) esta semana.

EUROPA: Os mercados europeus operam mistos no início da nova semana de negociações e os investidores estarão atentos aos últimos números da inflação nos EUA.

O índice pan-europeu Stoxx 600 cai 0,2% na sessão matinal desta segunda-feira, com setores negociados em território misto. As ações bancárias europeias atingiram a máxima em nove anos na segunda-feira, ultrapassando os 202, na sequência de uma temporada de lucros otimista. Os ganhos prolongam uma recuperação observada no final da semana passada, quando o índice de bancos europeus do Stoxx 600 subiu acima de 200, o seu nível mais alto desde 2015.

O alemão DAX 30 cai 0,1% e o francês CAC 40 recua 0,2%.

Em Londres, o FTSE 100 opera estável. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (JO:AGLJ) sobe 0,5%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 0,3%, enquanto BHP e Rio Tinto sucumbem 0,4% e 0,7%, respectivamente. A petrolífera BP sobe 0,1%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA sobem na segunda-feira, com Wall Street aguardando novos dados de inflação esta semana.

Os investidores procurarão informações sobre a política monetária do Federal Reserve no futuro, com o relatório do índice de preços ao consumidor de abril, previsto para quarta-feira. Os investidores esperam que um regresso aos aumentos das taxas esteja em grande parte fora de questão para o Fed, apesar de uma série de leituras de inflação mais quentes do que o esperado nos últimos meses. O índice de preços ao produtor de abril, que acompanha a inflação no atacado, também será divulgado esta semana.

A leitura do IPC de abril servirá como um indicador chave para saber se as ações podem permanecer numa posição estável após uma temporada de balanços mais fortes do que o esperado no primeiro trimestre.

Os resultados até agora ajudaram as ações a permanecerem resilientes, apesar do excesso de inflação. 92% das empresas do S&P 500 apresentaram relatórios até sexta-feira, com quase 80% das empresas superando as previsões de Wall Street, de acordo com dados da FactSet.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA caem ligeiramente na segunda-feira, com os investidores olhando para os dados de inflação e comentários dos funcionários do Federal Reserve previstos para a semana. Os rendimentos e os preços movem-se em direções opostas.

Nas orientações emitidas após a última reunião do Fed no início deste mês, as autoridades políticas observaram que houve “falta de mais progresso” no que diz respeito ao regresso da inflação ao seu objetivo de 2%. Desde então, os responsáveis ​​da Fed reiteraram esta posição em comentários e indicaram repetidamente que estão à espera de mais provas de que a inflação está a diminuir em direção a este objetivo de forma sustentável antes de tomarem decisões de política monetária, tais como cortes nas taxas de juro.

Espera-se também que uma série de representantes do banco central falem esta semana e os investidores terão a oportunidade de analisar os seus comentários em busca de novas pistas sobre o caminho a seguir para as taxas de juros.

Isso ocorre depois que o índice de sentimento da Pesquisa de Consumidores da Universidade de Michigan refletiu uma leitura inicial de 67,4, muito inferior à estimativa de 76. As expectativas de inflação aumentaram de acordo com o relatório, com a perspectiva de um ano aumentando para 3,5%, o que foi 0,3 pontos percentuais superior ao do mês anterior.

Não há a previsão de dados econômicos nesta segunda-feira. Entre as autoridades do Fed, Philip Jefferson falará às 10h00, enquanto Loretta Mester também deverá falar ao mesmo tempo.

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OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.