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Mercados recuperam após Dow e S&P 500 fecharem nos níveis mais baixos desde 2020

Publicado 27.09.2022, 08:29
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, recuperando das acentuadas perdas da segunda-feira.

Na China continental, o Shanghai Composite subiu 1,40%, para 3.093,86 pontos e o Shenzhen Component saltou 1,94%, em 11.175,12 pontos, com os dados do Refinitiv Eikon mostrando que as ações não cíclicas de saúde, educação e consumo estavam subindo. Os lucros industriais da China de janeiro a agosto caíram 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado, mostraram dados oficiais.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou praticamente estável em 0,03%, em 17.860,31 pontos.

O Nikkei do Japão subiu 0,53%, para 26.571,87 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul lutou para definir uma direção e fechou em alta de 0,13%, a 2.223,86 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,41%, para 6.496,20 pontos, com recuperação das ações de energia e mineração levando o mercado para território positivo. As mineradoras de carvão recuperaram com força após baixa de segunda-feira, com New Hope subindo 6,1% e Whitehaven saltando 6,8%. Ainda no setor de materiais, a Mineral Resources ganhou 5,8%, enquanto Rio Tinto (LON:RIO), BHP e Fortescue terminaram em alta de 2,7%, 1,9% e 4,7%, respectivamente, por conta da alta nos futuros de minério de ferro que ajudou os pesos-pesados do mercado a se recuperarem. Entre as empresas de energia, Santos subiu 1% e Woodside avançou 1,4%.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 0,41%.

O Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento anual em 2022 para a região do Leste Asiático e Pacífico para 3,2%, ante previsão anterior de 5% anunciado em abril. “A desaceleração do crescimento se deve principalmente à China”, acrescentando que também reduziu suas previsões de 2022 para a China de 5% para 2,8%. O Banco Mundial espera que o país cresça 4,5% em 2023. O relatório também disse que a inflação global média deve ultrapassar 5% este ano, uma revisão para cima diante dos 3% previstos anteriormente em abril.

EUROPA: Os mercados europeus operam em alta nesta terça-feira, após negociações agitadas no início da semana.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,7% no final da manhã, tendo devolvido ganhos iniciais de cerca de 1,3%. As ações de viagens e lazer sobem, enquanto as ações de serviços públicos caem.

As atenções continuam nos mercados de títulos da libra e do Reino Unido após uma liquidação histórica depois dos anúncios de política fiscal do Ministro das Finanças britânico Kwasi Kwarteng na sexta-feira. Tanto o departamento do Tesouro do Reino Unido quanto o Banco da Inglaterra tentaram amenizar as preocupações na segunda-feira após uma reação tumultuada do mercado. O FTSE 100 do Reino Unido opera em baixa de 0,1% em Londres. As mineradoras listadas na LSE avançam. Anglo American (LON:AAL) sobe 1,1%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 1,7%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto somam 2% e 0,8%, respectivamente. A produtora de petróleo British Petroleum sobe 0,2%.

No continente, o alemão DAX 30 e o francês CAC 40 avançam 0,7% cada e o FTSE MIB da Itália sobe 0,2%.

Na Penísula Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,2% e o português PSI 20 sobe 1,7%.

EUA: Os futuros dos índices de ações negociam em alta na manhã de terça-feira, depois que os mercados começaram a semana dando continuidade ao profundo declínio de setembro.

A alta nos índices futuros ocorre após cinco dias seguidos de perdas para as bolsas, com o S&P 500 fechando na segunda-feira em seu nível mais baixo de 2022. O Dow caiu mais de 300 pontos na segunda-feira, colocando-o em um mercado de baixa depois de cair mais de 20% abaixo seu recorde.

O Dow caiu 329,60 pontos, ou 1,11%, para fechar em 29.260,81 pontos na segunda-feira. Isso deixou o Dow 20,5% abaixo do recorde de 4 de janeiro, de 36.799,65 pontos. Um recuo de 20% ou mais considera um mercado de urso. O Dow caiu pela última vez em um mercado de urso no início de 2020, quando a pandemia COVID-19 acabou com a economia global e provocou o caos financeiro. O Dow caiu 37,1% em relação a 12 de fevereiro de 2020, atingindo sua mínima no mercado de ursos em 23 de março de 2020. Ele saiu do mercado de urso, quando atingiu 20% acima de sua baixa no mercado de urso, em 26 de março de 2020. De acordo com dados do Dow Jones, o mercado espera um pico de queda de 35,5% e uma queda mediana de 35,9%.

A segunda-feira marcou o 182º pregão desde o pico de 4 de janeiro do Dow. Em média, os mercados de ursos anteriores levaram 133 dias de negociação para cair de sua alta e entrar no status de "urso", ou uma mediana de 114 dias de negociação, de acordo com dados do Dow Jones. Para alcançar as mínimas do mercado de urso, em média, foram necessários 272 dias de negociação da alta recente, ou uma mediana de 197 dias de negociação.

Os indicadores técnicos mostram que a venda tem sido histórica. De acordo com o Bespoke Investment Group, a linha de declínio de 10 dias para o S&P 500 atingiu uma baixa recorde, o que significa que a amplitude do mercado está em seu pior nível em pelo menos 32 anos. O S&P 500 confirmou sua entrada no mercado de urso em junho, caindo mais de 20% em relação ao seu recorde de 3 de janeiro. O benchmark caiu 38,19 pontos, ou 1,11%, para fechar em 3.655,04 pontos, substituindo sua baixa de fechamento anterior de 2022 em 16 de junho, para seu menor fechamento desde 14 de dezembro de 2020.

Entre os catalizadores dessa liquidação, inclui um Federal Reserve agressivo e taxas de juros crescentes, que por sua vez agitaram os mercados de câmbio. Na segunda-feira, a libra britânica caiu para uma baixa recorde em relação ao dólar, enervando os investidores de ambos os lados do Atlântico.

Os mercados digeriram uma série de comentários de oradores do Federal Reserve depois que a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic e a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, fizeram discursos na segunda-feira.

Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, disse ontem que a inflação nos EUA está “inaceitavelmente alta” e as incertezas tornam as decisões de política monetária “não triviais, durante discurso no Instituto de Tecnologia de Massachusetts e que "quando há incerteza, pode ser melhor para os formuladores de políticas agirem de forma mais agressiva”. “Ações agressivas e preventivas podem impedir que os piores resultados aconteçam" e que será “muito cautelosa” ao avaliar os dados de inflação. “Precisarei ver vários meses de declínio nas leituras mês a mês” e que o "pensamento positivo não pode ser um substituto para evidências convincentes”. Estes comentários estão alinhados com as recentes decisões de política do banco central e suas observações após aumentar as taxas de juros em 75 pontos-base em sua reunião de setembro na semana passada. O Federal Reserve volta a se reunir no início de novembro.

Falando hoje, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse estar apreensivo com o fato do banco central dos EUA aumentar as taxas de juros muito rapidamente em sua tentativa de combater a inflação descontrolada mas que continua “cautelosamente otimista” de que a economia dos EUA pode evitar uma recessão, "desde que não haja mais choques externos". Seus comentários vem logo após uma série de autoridades do Fed dizerem que continuariam priorizando a luta contra a inflação, que atualmente está perto de seus níveis mais altos desde o início dos anos 1980.

Evans tem sido um dos protagonistas dentro do Fed em favor de taxas mais baixas e mais medidas acomodatícias, mas ele se aposentará no início do próximo ano. Questionado sobre os temores dos investidores de que o Fed não parecia estar esperando tempo suficiente para avaliar adequadamente o impacto de seus aumentos nas taxas de juros, ele respondeu: “Bem, estou um pouco nervoso exatamente com isso”. “Há atrasos na política monetária e nos movemos rapidamente. Fizemos três aumentos de 75 pontos base seguidos e fala-se em mais para chegar a esses 4,25% a 4,5% até o final do ano e o Fed não está deixando muito tempo para analisar cada lançamento mensal”.

Os investidores estão preocupados com o fato do Fed estar permanecendo mais "hawkish" por mais tempo do que alguns esperavam, mas Evans acredita num consenso do comitê e que as previsões medianas é chegar ao pico da taxa de fundos até março, supondo que não haja mais choques adversos e que se as coisas melhorarem, talvez possamos "fazer menos", mas acho que estamos caminhando para essa taxa dos fundos máxima.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos caia quase 5 pontos-base, para 3,831% no início da manhã, após comentários econômicos dos palestrantes do Fed. Na segunda-feira, atingiu níveis não vistos desde 2010, chegando a 3,931%. O rendimento do título do Tesouro de 2 anos também cai na terça-feira, sendo negociado em 4,258%, uma queda de 5 pontos-base, depois de atingir um novo recorde de 15 anos e subir para 4,351% na segunda-feira. Os rendimentos e os preços se movem em direções opostas e um ponto base equivale a 0,01%.

Na terça-feira, a agenda econômica contempla vários dados, incluindo a confiança do consumidor em setembro, os pedidos de bens duráveis ​​em agosto e os preços das residências em julho. Wall Street está cada vez mais preocupada com o fato de que a luta inflacionária de seis meses do Fed levará a economia a uma recessão.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, fará novos comentários às 10h55 desta terça-feira.

CRIPTOMOEDAS: O mercado de criptomoedas avança nesta terça-feira alimentado pelas apostas de que o Bitcoin atingiu seu fundo, apesar de que ainda há riscos externos significativos que que pode derrubar os preços novamente.

O Bitcoin salta mais de 5% nas últimas 24 horas para acima de US $ 20.100, atingindo seu nível mais alto em mais de uma semana, em meio a um retorno do apetite dos investidores por apostas sensíveis ao risco que também impulsiona os mercados de ações. Assim sendo, o Bitcoin volta à faixa de US $ 20.000 a US $ 25.000 em que se manteve confortavelmente desde junho, tendo recentemente caído abaixo de US $ 18.500, mas ainda permanece negociando a menos de um terço de sua alta de todos os tempos registrado em novembro de 2021. Recentemente, reduziu sua correlação com o mercado de ações, em meio a uma pesada venda de ativos sensíveis ao risco causados pelo aperto das condições financeiras dos bancos centrais em uma tentativa de controlar a inflação.

Enquanto o Dow Jones Industrial Average entrou em um mercado de urso na segunda-feira e o S&P 500 atingiu uma nova baixa anual, o Bitcoin tem se recuperado nos últimos dias. Isso provocou especulações de que as criptomoedas podem ter estabelecido seu fundo neste mercado de urso, o que poderia ser uma oportunidade de compra, porém, enquanto os indicadores do mercado cripto confirmam que o fundo pode ter sido atingido, permanece os riscos externos para o Bitcoin por conta de um "pânico macro".

Alguns especialistas, preferem não chamar de fundo mas sim de "o melhor momento para comprar Bitcoin".

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, também salta mais de 5%, acima dos US$ 1.300. Desde meados de junho, quando o mercado de criptomoedas atingiu baixas recentes, os investidores estavam focados em uma atualização da rede Ethereum chamada de "The Merge", ou "a fusão" em tradução para o português, que mudou o método de validação de transações no Ethereum e reduziu significativamente o consumo de energia. No período que antecedeu a atualização, que foi concluída em 15 de setembro, o preço do Ether, a criptomoeda nativa do Ethereum, dobrou, superando em muito os ganhos do Bitcoin no período, no entanto, o Ether vem caindo desde então.

Bitcoin: +5,93%, em US $ 20.223,70
Ethereum: +5,74%, em US $ 1.386,88
Cardano: +2,79%
Solana: +5,95%
Dogecoin: +2,26%
Terra Classic: -10,66%

ÍNDICES FUTUROS - 8h20:
Dow: +0,96%
SP500: +1,17%
NASDAQ: +1,36%

COMMODITIES:
MinFe Dailan:+1,13%
Brent: +1,48%
WTI: +1,39%
Soja: +0,76%
Ouro: +0,68%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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