ÁSIA: O rali de Ano Novo segue perdendo o fôlego, em meio a preocupações com o aumento do protecionismo dos EUA. A maioria dos principais índices asiáticos fechou em queda nesta quinta-feira, seguindo mais uma vez o desempenho de Wall Street, desta vez sem tanto ímpeto. Os investidores da região também se concentraram nos lançamentos trimestrais à medida que as empresas japonesas iniciaram a temporada de balanços.
O Nikkei do Japão caiu 0,33%, para fechar em 23.710,43 pontos, com os principais exportadores, incluindo fabricantes de automóveis e "techs" negociando em baixa: a Toyota caiu 1%, a Honda perdeu 1,8% e a Sony recuou 0,13%. Fast Retailing, dona da marca Uniqlo, o componente mais pesado do benchmark japonês, reportou um lucro recorde no primeiro trimestre nos três meses que terminaram em novembro.
O dólar recuperou na negociação asiática para ¥ 111,80, ante ¥ 111,30 negociado durante a sessão ocidental. Um dia antes, estava em ¥ 112,35. O iene começou a fortalecer na terça-feira, depois que o Banco do Japão cortou suas ofertas para comprar títulos do governo com vencimento em 10 a 25 anos. A medida alimentou boatos que o banco central poderia diminuir discretamente as compras de ativos, no entanto, nas operações de quinta-feira, a BOJ continuou a fazer ofertas sobre títulos das dívidas de curto prazo nos mesmos níveis que nos acordos anteriores.
Em Seul, o Kospi terminou em baixa de 0,47%em 2.487,91 pontos. Os fabricantes de chips, que haviam pesado no índice na última sessão, ampliaram as quedas. A Samsung Electronics fechou 1,23% menor e SK Hynix recuou 0,41%. Os fabricantes de automóveis e os nomes industriais também sofreram perdas. As siderúrgicas Posco e Hyundai Steel declinaram 1,6% e 1,8%, respectivamente, enquanto a Hyundai Motor perdeu 0,3% por cento ao final do dia.
Em Sydney, o ASX 200 recuou 0,48% para fechar em 6.067,6 pontos, com a maioria dos setores, exceto os produtores de ouro, recuado ao longo do dia. As commodities ajudaram a conduzir recentemente o benchmark australiano para as máximas de 10 anos. Entre as mineradoras australianas importantes, BHP Biliton caiu 0,2%, Fortescue Metals recuou 0,5%, enquanto Rio Tinto (LON:RIO) negociou em alta de 0,3%.
O dólar australiano ganhou um impulso depois que as vendas de varejo em novembro, divulgados anteriormente, mostraram um aumento maior do que o esperado. A moeda negociou em US$ 0,7867, comparado aos níveis em torno de US$ 0,783 visto antes do lançamento.
Os mercados da China se agarraram a ligeiros ganhos após negociar em baixa na parte da manhã. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,15%, 13º dia consecutivo de alta, a série de vitórias mais longa de todos os tempos, mantendo acima do nível de 31.000 pontos.
Os mercados do continente também fecharam em território positivo. O composto de Shanghai subiu 0,11%, o 10º dia consecutivo de alta, a maior série de todos os tempos, enquanto o composto de Shenzhen avançou 0,38%. O índice CSI 300 de blue chips recuou 0,05%, com os setores de tecnologia e financeiro entre os setores de melhor desempenho, enquanto ações ligadas ao consumo e energia, entre os piores.
Os rendimentos do Tesouro dos EUA de dez anos caíram um pouco na negociação asiática, chegando a 2,54%, na sequência de relatórios divulgados na quarta-feira de que a China estava pensando em retardar ou parar com as compras de títulos do tesouro em uma tentativa de diversificação, mas a administração chinesa de divisas emitiu mais uma declaração negando que estava pensando em fazer tal coisa.
Os futuros do petróleo caíram cerca de 0,1% na Ásia, depois de atingir novas máximas de três anos na quarta-feira.
EUROPA: Os mercados europeus recuam timidamente na manhã de quinta-feira, com investidores monitorando o lançamento de balanços corporativos e dados econômicos. O pan-europeu Stoxx 600 abriu estável, com a maioria dos setores e principais bolsas apontando em direções opostas.
No Reino Unido, o FTSE 100 abriu em direção de um novo recorde na quinta-feira, liderada por empresas de tabaco e mineração impulsionadas por uma libra mais fraca e um aumento nos preços dos metais, mas apresenta um desempenho misto durante a sessão da manhã. O índice fechou em um novo recorde em 7.748,51 pontos na quarta-feira.
A libra cai para US$ 1,3475, em comparação com U$1,3508 no final da quarta-feira em Nova York. A retração ocorre quando o dólar se recupera das preocupações sobre o retardamento das compras de títulos do governo dos EUA pela China, o que foi declaradamente desmentido por Pequim.
As mineradoras ajudam o referencial, com os preços do cobre ganhando pelo segundo dia consecutivo e chegando próximo de uma máxima de quatro anos. Anglo American (LON:AAL) sobe 1,7%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 1%, BHP Biliton sobe 1,3% e Rio Tinto avança 1%.
As companhias de tabaco pesado também tem um dia positivo, recebendo impulso da queda da libra. As empresas de tabaco geram a maior parte de suas vendas fora do Reino Unido, por isso a libra mais fraca eleva seus ganhos quando convertidos de volta para a moeda do Reino Unido.
A economia francesa terminou 2017 com uma nota positiva com força na indústria e serviços, mostrou uma pesquisa realizada pelo Banco da França. Com base nas medidas da atividade comercial em sua pesquisa de dezembro, o Banco da França aumentou sua previsão de crescimento no quarto trimestre para 0,6% em relação ao trimestre anterior, de 0,5% anteriormente. O indicador de sentimento do banco central para a indústria transformadora aumentou para 110 em dezembro, ante 106 em novembro. Nos serviços, o indicador aumentou um ponto para 103.
A economia da Alemanha cresceu a um ritmo ligeiramente mais lento do que o esperado em 2017, mas ainda em um cenário robusto. O escritório de estatísticas disse em uma conferência de imprensa em Berlim que a economia alemã cresceu a um ritmo de 2,2% no ano passado. Os economistas entrevistados pelo Wall Street Journal esperavam crescimento em 2,3% na semana passada. Os dados também mostraram que a Alemanha continuou sua recente tendência de saúde fiscal muito forte, com um superávit orçamentário em 2017 de 1,2% do produto interno bruto.
Em 2018, a economia alemã provavelmente crescerá em torno de 2,25%, de acordo com o presidente da associação da indústria BDI. Dieter Kempf disse na quinta-feira que embora não visse um risco real de superaquecimento, os principais riscos para a maior economia da Europa provavelmente se originariam do exterior. O DAX 30 da Alemanha recua ligeiramente.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
11h30 - PPI ( é um indicador de inflação que mede a variação nos preços médios recebidos pelos produtores nacionais de bens e serviços, excluindo alimentos e energia) e de seu núcleo Core PPI de agosto (preços praticados por produtores);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
17h00 - Federal Budget Balance (orçamento federal dos Estados Unidos);
ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,07%
SP500: +0,06%
NASDAQ: +0,05%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.