Após mais uma serie global de recordes das bolsas de valores, volta o questionamento do porquê de tanto ânimo dos investidores, em meio a um cenário mais repleto de dúvidas do que de respostas.
Problemas na cadeia de suprimento ainda trazem dúvidas quanto à entrega das vacinas em produção no mundo, o Brexit continua sem rumo concreto, assim como o programa de estímulos do governo americano e localmente, apesar da definição que impossibilita a recondução dos presidentes das casas legislativas, o governo continua em busca de um programa de renda mínima.
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O senado agora clama pelo “programa de redução da pobreza” em substituição ao Bolsa Família, após o fracasso em nomear os programas anteriores.
Tal programa capitaneado por Tasso Jereissati, talvez para se tornar mais palatável, se chama “Lei de Responsabilidade Fiscal”, e determina verbas extras e metas para a queda geral da pobreza, como se isso não ocorresse em momentos de melhora da atividade econômica, sem necessariamente sofre intervenção estatal.
Para completar o cenário de incertezas e ao apagar das luzes do atual mandato, o governo americano se prepara para impor sanções à uma dúzia de oficiais da China continental e de Hong Kong por seu suposto papel na desqualificação de legisladores de oposição eleitos na ilha.
Tal notícia pesou ao ponto de reverter o bom humor com resultados positivos das exportações na China, superando em muito as projeções de 5,7% em novembro, com 14,9% de alta em yuans e 21,1% em dólares, além de mais um recorde de saldo e o salto das reservas chinesas em moeda estrangeira para $ 3,179 tri.
Eis que tudo isso ocorre na semana com decisão do Copom, onde a queda recente do dólar “não deveria” ser levada em consideração, já que as altas recentes foram sumariamente ignoradas pelo seu efeito inflacionário, porém acreditamos que a autoridade monetária deva manter o discurso dentro de sua zona de conforto, mantendo a Selic, mas mantendo uma breve esperança aos vendidos na curva de juros, os quais sofreram bastante nas semanas anteriores à passada.
Atenção também na semana ao IPCA, o qual deve registrar inflação de 0,76% e superar 1% na medição de dezembro, além de vendas ao varejo e serviços.
Nos EUA, o foco é nas inflações, na Europa decisão de juros e dados de conta corrente e PIB no Japão.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, entre o Brexit e os estímulos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após divulgação de sacões a autoridades chinesas pelos EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com o aumento de lockdowns devido à pandemia
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,64%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1297 / -0,56 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,116%
Dólar / Yen : ¥ 104,21 / 0,048%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / -1,280%
Dólar Fut. (1 m) : 5127,79 / -0,20 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,89 % aa (-1,15%)
DI - Janeiro 23: 4,50 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 25: 6,13 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 27: 6,92 % aa (0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,2989% / 113.750 pontos
Dow Jones: 0,8300% / 30.218 pontos
Nasdaq: 0,7033% / 12.464 pontos
Nikkei: -0,76% / 26.547 pontos
Hang Seng: -1,23% / 26.507 pontos
ASX 200: 0,62% / 6.675 pontos
ABERTURA
DAX: -0,332% / 13254,81 pontos
CAC 40: -0,761% / 5566,47 pontos
FTSE: 0,333% / 6572,05 pontos
Ibov. Fut.: 1,40% / 113737,00 pontos
S&P Fut.: 0,909% / 3697,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,094% / 12516,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,07% / 73,51 ptos
Petróleo WTI: -0,82% / $45,87
Petróleo Brent: -0,85% / $48,84
Ouro: -0,34% / $1.832,68
Minério de Ferro: 1,42% / ¥ $141,53
Soja: -0,77% / $1.154,25
Milho: -1,20% / $412,00
Café: -1,95% / $115,35
Açúcar: -0,42% / $14,38