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Mercados buscam recuperação após melhor dia de Wall Street em quase um mês

Publicado 08.09.2022, 07:54
Atualizado 11.10.2023, 23:02
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Bem-vindos à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: A maioria dos principais mercados asiáticos fecharam positivo nesta quinta-feira após a sólida recuperação de Wall Street.

O Nikkei do Japão fechou em alta de 2,31% em 28.065,28 pontos. A economia do Japão cresceu 3,5% anualizado no segundo trimestre, superando as estimativas de um crescimento de 2,9%. A economia cresceu 0,9% na comparação trimestral, segundo dados oficiais.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou sua sessão com alta de 1,77%, a 6.848,70 pontos, após o governador do Banco Central do país, Philip Lowe, sinalizar que os aumentos das taxas de juros podem ser menores nos próximos meses. A Austrália registrou uma queda recorde em seu superávit comercial, principalmente devido à queda nas exportações de minério de ferro e carvão. As exportações em julho caíram 10% em relação ao mês anterior, enquanto as importações aumentaram 5%, resultando em um superávit comercial de A$ 8,7 bilhões em julho, ante A$ 17,1 bilhões no mês anterior e abaixo do consenso dos analistas de A$ 14,5 bilhões. Todos os setores fechando em alta, exceto energia. Santos caiu 1% e Woodside Energy despencou 5%, depois de negociar ex-dividendo. BHP subiu 1,1%, Rio Tinto (LON:RIO) avançou 2,8% e Fortescue Metals (ASX:FMG) avançou 4,7%.

O Kospi na Coreia do Sul subiu 0,33%, a 2.384,28 pontos.

Na China continental, o Shanghai Composite caiu 0,33%, enquanto o Shenzhen Component foi negociado 0,86% menor.

O índice Hang Seng também caiu 1,15%, em 18.826,00 pontos, enquanto o índice Hang Seng Tech caiu 1%.

Os fornecedores da Apple (NASDAQ:AAPL) na Ásia subiram depois que a empresa anunciou novos produtos, incluindo o iPhone 14, novos AirPods e Apple Watches. Em Taiwan, a Hon Hai Precision Industry subiu 0,94%, enquanto a Catcher Technology subiu 0,3%. A Panasonic Holdings no Japão negociou 3,25% maior, a TDK Corporation subiu 1,31%, a Nidec subiu 2,76% e a Murata Manufacturing Company avançou 1,74%.

EUROPA: Os mercados europeus abriram em alta nesta quinta-feira seguindo a recuperação em Wall Street, melhorando o sentimento global.

O Banco Central Europeu é o destaque de hoje. O banco central anunciará seus últimos movimentos de política monetária. O discurso da Membro do Conselho Executivo do BCE, Isabel Schnabel, em Jackson Hole, no mês passado, deu o tom para a reunião de política desta semana. Espera-se que o BCE antecipe uma série de aumentos de taxas de juros e sacrifique o crescimento na região à luz do aumento do custo de vida, que ameaça aumentar ainda mais. Com a inflação na zona do euro projetada para subir pelo menos 10% nos próximos meses e o risco de os preços ao consumidor dispararem, um aumento da taxa de 75 pontos base é uma probabilidade bastante significativa.

A recente interrupção russa da entrega de gás para a Europa através do gasoduto Nord Stream 1 não apenas reduziu os estoques e aumentou o risco de recessão na Europa, mas também empurrou os rendimentos de 10 anos do governo italiano para 4%, o nível mais alto desde meados de junho. O alto rendimento da Itália, muito mais alto do que os da Alemanha, significa que o governo de Roma tem que pagar mais para emprestar, exacerbando as preocupações com sua pesada pilha de dívidas.

A inflação na zona do euro atingiu 9,1% em agosto e com a contínua pressão sobre os preços da energia, espera-se que atinja níveis de dois dígitos nos próximos meses. Ao mesmo tempo, o risco de recessão paira sobre a economia da região, pois os consumidores sentem a dor e reduzem seu consumo e as empresas lutam contra os altos preços da energia.

Na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou novamente interromper completamente todos os suprimentos de energia, sugerindo que deixaria a Europa “congelada”, respondendo às propostas da UE para implementar tetos de preços para as importações russas de energia. Putin disse a líderes empresariais, durante o Fórum Econômico do Leste, em Vladivostok, no extremo leste da Rússia, que a Rússia ainda pode decidir romper os contratos de fornecimento existentes. “Não forneceremos gás, petróleo, carvão, óleo para aquecimento, não forneceremos nada”, disse Putin. Não forneceremos nada se isso contradizer nossos interesses”, disse Putin.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu na quarta-feira a situação que a Europa enfrenta como “extraordinária" porque a Rússia é um fornecedor não confiável e está manipulando nossos mercados de energia. Ela observou que no início da guerra, a UE importava cerca de 40% de seu gás da Rússia e reduziu esse nível para 9% de suas importações de gás. Os ministros de energia da UE devem se reunir na sexta-feira para discutir as propostas apresentadas pela Comissão.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,17% ao meio-dia, embora setores como serviços públicos, automóveis e produtos químicos estivessem no vermelho. As ações de varejo lideraram as perdas com uma queda.

O alemão DAX 30 cai 0,29%, o francês CAC 40 sobe 0,38% e o italiano FTSE MIB perde 0,37%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,43% e o português PSI 20 perde 0,10%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,22%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 0,3%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 1,8%, enquanto BHP e Rio Tinto sobem 0,6% cada. A produtora de petróleo British Petroleum sobe 0,7%.

EUA: Os futuros dos índices de ações negociam estáveis ​​​​no início da manhã de quinta-feira, oscilando entre pequena altas e baixas, depois de Wall Street construir seu melhor dia em quase um mês.

Durante a sessão regular de quarta-feira, o Dow ganhou 1,40%, em 31.581,28 pontos. O S&P 500 subiu 1,83%, em 3.979,87 pontos e o Nasdaq Composite subiu 2,14%, em 11.791,90 pontos. Foi o melhor desempenho diário desde 10 de agosto para os três índices, enquanto o Nasdaq quebrou uma sequência de sete dias de quedas.

Mesmo com o rali de quarta-feira, as ações permanecem em tendência de baixa. Preocupações com uma economia em desaceleração e novos aumentos nas taxas de juros por parte do Federal Reserve estão afastando alguns investidores de mercados de riscos como ações, com aumento de risco de recessão.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) revisou suas previsões para o próximo ano sobre as decisões de taxas de juros do Federal Reserve. Analistas do banco esperam um aumento de 75 pontos base em setembro, acima da previsão anterior de 50 pontos base, bem como um aumento de 50 pontos base em novembro, também revisado, ante uma projeção anterior de 25 pontos base. Espera-se um aumento de 25 pontos base em dezembro, citando comentários recentes de autoridades. A nota disse que as autoridades do FED “pareceram sugerir que o progresso para domar a inflação não foi tão uniforme ou tão rápido quanto eles gostariam”.

O Federal Reserve divulgou seu Livro Bege na quarta-feira, que mostrou uma perspectiva de inflação ainda alta, mas esfriando e um fraco crescimento dos EUA. Também viu um enfraquecimento contínuo no mercado imobiliário residencial.

Apesar dos ganhos do mercado de quarta-feira, as ações ainda estão em tendência de baixa, já que os investidores continuam cautelosos com a desaceleração da economia e os próximos movimentos do FED que deve continuar a aumentar as taxas. O vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard, em um discurso na quarta-feira, prometeu continuar a luta contra a inflação “pelo tempo que for necessário” para reduzir os custos. “Até agora, elevamos rapidamente a taxa básica de juros para o pico do ciclo e a taxa básica precisará subir ainda mais”, disse ela.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos caia 1 ponto base em 3,25% por volta das 5h30 da manhã e o rendimento do Título do Tesouro de 2 anos também era negociado em baixa de um ponto-base, em 3,443%. O rendimento da nota de curto prazo subiu para 3,55% na semana passada, atingindo seu nível mais alto desde 2007. O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos subiu menos de um ponto base em 3,406%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.

Na quinta-feira de manhã, os investidores acompanharão os dados de pedidos de seguro-desemprego. Economistas esperam 235.000 pedidos iniciais de seguro-desemprego, ligeiramente acima dos 232.000 da semana anterior. Os estoques semanais de petróleo dos EUA será divulgado às 12h00 e o crédito ao consumidor sairá às 16h00.

Os investidores também estarão acompanhando de perto o discurso do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, prevista para às 10h10, enquanto os mercados se preparam para outra alta de 75 pontos-base no final deste mês.

CRIPTOMOEDAS: Os mercados criptos tentam recuperação após perdas recentes.

O Bitcoin negocia acima de US $ 19.200 após chegar a ser negociado abaixo de US$ 19.000 na quarta-feira, quando atingiu seu nível mais baixo desde junho, após queda nos mercados de ações em todo o mundo e a força contínua do dólar americano.

O Ethereum sobe mais de 6% e continua a sua recente tendência de superar o Bitcoin, negociando acima de US $ 1.600 à medida que os mercados cripto recuperaram, antes da atualização conhecida como a "Fusão" ou "The Merge" em inglês. Na terça-feira, a segunda maior criptomoeda em valor havia despencado abaixo de US $ 1.500 pela primeira vez em mais de uma semana.

Bitcoin: +2,88%, em US $ 19.285,50
Ethereum: +7,90%, em US $ 1.631,50
Cardano: +1,93%
Solana: +5,97%
Dogecoin: +2,23%
Terra Classic: +53,83%

ÍNDICES FUTUROS - 8h00:
Dow: +0,14%
SP500: +0,14%
NASDAQ: +0,15%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +3,14%
Brent: +0,34%
WTI: +0,28%
Soja: +0,27%
Ouro: +0,31%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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