ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira depois que Wall Street terminou a semana com uma forte recuperação.
O índice Hang Seng de Hong Kong liderou os ganhos na região. O benchmark chegou a negociar em alta de 3% na sessão, mas encerrou o dia com valorização de 2,35%, em 22.229,52 pontos. O índice Hang Seng Tech subiu 4,71%. As ações do Alibaba (NYSE:BABA) na cidade chinesa subiram 3,69%, enquanto a Meituan subiu cerca de 3,48%. As ações da Xiaomi (HK:1810) subiram à medida que as vendas de smartphones da China mostram sinais de melhora.
Na China continental, o Shanghai Composite subiu 0,88%, fechando em 3.379,19 pontos e o Shenzhen Component subiu 1,1%, para 12.825,57 pontos.
O Nikkei do Japão subiu 1,43%, fechando em 26.871,27 pontos. O governo japonês alertou nesta segunda-feira para uma possível falta de energia na região de Tóquio, pedindo às pessoas que economizassem energia enquanto o país sofre uma onda de calor extraordinariamente intensa. O arquipélago japonês tem visto temperaturas recordes para junho em algumas áreas. Em Isezaki, ao norte de Tóquio, a temperatura subiu para 40,2 graus Celsius no sábado, a mais alta de todos os tempos para junho.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 1,94%, para 6.706,00 pontos, o melhor dia do índice desde 28 de janeiro deste ano e a terceira sessão consecutiva de alta. Os fortes resultados dos quatro grandes bancos impulsionaram o setor financeiro, altamente ponderado. O setor de energia fechou com um ganho de 2,5%. Após um forte desempenho na semana passada, o setor de tecnologia saltou 2,63%, somando a alta de 6% de sexta-feira.
Segundo analistas, a melhora do sentimento na China após a lenta flexibilização dos severos bloqueios do COVID viu os preços do minério de ferro subirem 3,96% e o preço do cobre saltar pela primeira vez em cinco dias, à medida que os investidores esperavam que a demanda por metais industriais melhorassem, mas valorização deve ser vista com cautela até que as notícias de diminuição das restrições na China sejam mais "consistentes".
As ações da BHP, que caíram 23% desde abril, subiram 2,8% nesta segunda-feira. Fortescue Metals (ASX:FMG) subiu 3,8% e Rio Tinto (LON:RIO) avançou 2,3%. As ações de lítio recuperaram após a forte venda no início deste mês. Core Lithium subiu 12,02% e a Liontown Resources aumentou 11,28%. Em compensação, as mineradoras de metais preciosos despencaram. Entre as produtoras de ouro, Evolution Mining despencou 21,89%, Northern Star caiu 12,14%, Ramelius Resources recuou 5,91%. As produtoras de petróleo e gás Santos e Woodside Energy subiram 2,3% e 2,2%, respectivamente.
O Kospi na Coreia do Sul ganhou 1,49% para encerrar a sessão em 2.401,92 pontos.
O índice MSCI para Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 1,72%.
Mais para o final desta semana, a China e o Japão divulgarão seus dados de seus respectivos PMIs.
No dia 1 de Julho, Hong Kong, ex-colonia britânica comemorará o 25º aniversário de sua devolução à China. O presidente da China, Xi Jinping, participará dos eventos de aniversário, informou a mídia estatal Xinhua no fim de semana. Esta será a primeira visita de Xi Jinping para fora da China continental desde o início da pandemia. A última visita do líder chinês a Hong Kong foi em 2017, quando participou da posse da então líder Carrie Lam. Segundo a agência de notícias oficial chinesa, o líder chinês também participará da cerimónia de posse do novo governo da cidade, liderado pelo Chefe do Executivo John Lee, de 64 anos, antigo chefe de segurança da cidade, que liderou em 2019 a campanha repressiva contra o movimento pró-democracia em Hong Kong. Lee foi nomeado no início de maio por um pequeno “comité eleitoral”, em observância ao novo sistema eleitoral, promovido pelo Governo central em 2021 para garantir que a região semi-autónoma seja governada exclusivamente por “patriotas” leais ao regime chinês.
EUROPA: A maioria das principais bolsas europeias sobem nesta segunda-feira, continuando uma tendência positiva vista no final das negociações da semana passada.
O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,80% no final da manhã, com ações de recursos básicos liderando os ganhos. A alta na segunda-feira vem depois que o índice de blue chip europeu fechou em alta de 2,6% na sexta-feira, marcando seu melhor dia em mais de três meses.
Apesar do final positivo, a semana passada foi marcada por negociações incrivelmente voláteis, com os investidores avaliando os riscos representados pelo aumento da inflação e os temores de uma recessão econômica. Os bancos centrais de todo o mundo vem tomando medidas para combater a inflação, impulsionada pelo aumento dos custos de energia e alimentos, impulsionado em grande parte pela guerra na Ucrânia.
O alemão DAX 30 sobe 0,88%, o francês CAC 40 sobe 0,21% e o FTSE MIB da Itália cai 0,31%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,15% e o português PSI 20 sobe 0,40%.
Na Rússia, os índices MOEX e RTSI sobem 0,66% e 0,79%.
Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,76%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 3,6%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 3%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 2,8% cada. A gigante British Petroleum sobe 1%.
O presidente dos EUA, Joe Biden, juntou-se aos líderes das nações mais ricas do mundo, incluindo Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão, para a cúpula de três dias que começou no domingo, na qual a Ucrânia e a economia global estão no topo da agenda. O Grupo das Sete Potências Econômicas está reunido na Alemanha, onde esperam anunciar um acordo um limite sobre o preço do petróleo russo. Os preços do petróleo sobem.
Enquanto isso, a capital ucraniana de Kiev foi novamente atingida por ataques de mísseis russos no fim de semana, vários meses depois que as forças russas se retiraram da cidade para se concentrar no leste da Ucrânia, onde fizeram progressos significativos nas últimas semanas.
A Rússia não conseguiu pagar os cerca de US$ 100 milhões de juros nominados em dólares e euros após um período de carência de 30 dias após o prazo de 27 de maio expirar. Embora o governo do presidente Vladimir Putin tenha os fundos, as reservas no banco central da Rússia estão congeladas e os maiores bancos comerciais são incapazes de negociar nos mercados internacionais sob sanções após a invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro. O último calote da dívida estrangeira russa aconteceu em 1918, quando o novo governo comunista sob Vladimir Lenin se recusou a assumir as dívidas da Rússia sob os czares.
O Kremlin rejeitou a alegação de que a Rússia esteja inadimplente. O porta-voz Dmitry Peskov disse em uma teleconferência nesta manhã que a Rússia fez os pagamentos de títulos com vencimento em maio, mas eles foram bloqueados pela Euroclear devido a sanções ocidentais, tornando a não entrega de pagamentos “não é problema da Rússia”.
Segundo analistas, embora os termos dos títulos tenham sido tecnicamente quebrados, o "default" por enquanto é simbólico pois provavelmente os próprios detentores dos títulos vão querer esperar antes de iniciar formalmente o processo de inadimplência na esperança de serem pagos após o fim da guerra. Declarar a inadimplência agora forçaria a Rússia a pagar imediatamente os empréstimos, mas as mesmas sanções que impedem o pagamento de juros também impediriam esses pagamentos.
A Rússia deixou de pagar sua dívida monetária local em 1998 em meio à crise do rublo. Esse evento desencadeou o colapso do fundo de hedge Long Term Capital Management e representou uma ameaça para todo o sistema financeiro. A crise foi evitada por um resgate dos bancos. A morte do LTCM seria vista mais tarde como prenúncio da crise financeira uma década depois.
Segundo analistas, "default" é importante, pois afetará os ratings da Rússia, o acesso ao mercado e os custos de financiamento nos próximos anos.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA sobem na manhã de segunda-feira após uma forte recuperação na semana passada em relação aos declínios acentuados deste ano. Apesar da recuperação, Wall Street está prestes à encerrar o pior primeiro semestre em décadas.
Na sexta-feira, o Dow industrial saltou 2,68%, em 31.500,68 pontos. O S&P 500 subiu 3,06%, em 3.911,74 pontos e o Nasdaq Composite subiu 3,34%, para 11.607,62 pontos.
Esses ganhos ajudaram os principais índices a registrar sua primeira semana positiva desde maio. O Dow subiu 5,4% na semana passada e o Nasdaq Composite ganhou 7,5%.
O S&P 500 subiu 6,5% e avança 7,5% desde que atingiu a baixa do mercado em meados de junho, embora o benchmark ainda esteja 19% abaixo de sua alta e 18% desde o início do ano.
Analistas continuam a avaliar se as ações atingiram um fundo ou estão apenas se recuperando brevemente condição de sobrevenda. As ações podem continuar a subir no curto prazo esta semana, à medida que os investidores tentam reequilibrar suas participações no final do trimestre. O estrategista do JPMorgan (NYSE:JPM), Marko Kolanovic, publicou uma nota dizendo que o mercado pode subir 7% esta semana, devido à necessidade das carteiras se reequilibrarem à medida que o mês, trimestre e primeiro semestre fecharem. Esse efeito já aconteceu perto do final do primeiro quarto.
Os rendimentos dos Títulos do Tesouro dos EUA sobem no início da semana, com os participantes do mercado avaliando a perspectiva do Federal Reserve implementar mais aumentos nas taxas de juros para conter a inflação crescente. Na quinta-feira, o presidente do FED, Jerome Powell, reafirmou o compromisso “incondicional” do banco central dos EUA para conter a alta da inflação que está em níveis de 40 anos atrás. Falando no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, Powell reconheceu que taxas de juros acentuadamente mais altas podem aumentar o desemprego, mas disse que restaurar a estabilidade de preços é “algo que precisa ser feito”.
O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência foi negociado em alta de 4 pontos base em 3,164% durante a madrugada, enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos também subiu cerca de 4 pontos base para 3,301%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços. Estrategistas do Credit Suisse (SIX:CSGN) dizem que os rendimentos dos títulos podem ter visto seu pico, particularmente para os títulos protegidos pela inflação do Tesouro.
Na agenda econômica, Wall Street espera que a leitura mais recente de pedidos de bens duráveis saia às 9h30 e o relatório de vendas de casas pendentes é esperado às 11h00.
CRIPTOMOEDAS: O Bitcoin, a maior criptomoeda em valor de mercado sustentou o nível dos US $ 21.000 pontos neste final de semana, apesar do Índice de Medo e Ganância do Bitcoin, que mede o sentimento do mercado, permanecer dentro do território do medo extremo.
O maior ativo digital caiu abaixo de US$ 18.000 no início deste mês, em níveis mais baixos desde 2020. A queda do Bitcoin veio em conjunto com problemas no mercado de ações, mas também foi exacerbada por pressões entre os ativos digitais, incluindo a liquidação de posições alavancadas e problemas entre os provedores de serviços financeiros cripto.
Analistas dizem que problemas recentes vistos na plataforma cripto Celsius e no fundo Three Arrows Capital adicionaram "incertezas à indústria cripto" e que o mercado ainda não "chegou ao fundo".
O Goldman Sachs (NYSE:GS) lidera um grupo de investidores institucionais para comprar os ativos da plataforma de empréstimos de cripto Celsius Network, que suspendeu as negociações entre seus clientes há mais de duas semanas.
É esperado para segunda-feira, que a Three Arrows Capital, um fundo de hedge focado em criptomoedas também conhecida como 3AC, conhecido por suas apostas altamente alavancadas, cumpra o prazo para pagar mais de US$ 670 milhões em empréstimos ou enfrentar inadimplência, em um caso que pode ter um efeito cascata em todo o mercado de ativos digitais.
Bitcoin: -1,57%, em US $ 21.351,70
Ethereum: -3,61%, em US $ 1.224,64
Cardano: -3,34%
Solana: -3,92%
Dogecoin: +4,65%
Shiba Inu: -4,53%
Terra Classic: +47,45%
XRP: -2,43%
Litecoin: +2,83%
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,37%
SP500: +0,48%
NASDAQ100: +0,65%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: +3,96%
Brent: +0,68%
WTI: +0,38%
Soja: +0,54%
Ouro: +0,34%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.