ÁSIA: A maioria dos principais mercados asiáticos recuou, com investidores cautelosos com a continuidade das tensões comerciais que pesam sobre as bolsas ao redor do mundo.
O México enviou autoridades à Washington na segunda-feira para discutir questores de migração e possíveis taxações dos EUA e alertou que a escalada de tarifas anunciado pelo presidente Donald Trump, prejudicaria as economias dos dois países. Enquanto isso, autoridades dos EUA disseram que a China não está dizendo a verdade sobre o fracasso das negociações comerciais e culpou a China pelo retrocesso nas promessas feitas.
O índice composto de Xangai declinou 0,96% e o Shenzhen Composite caiu 1,43%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,49%. As ações da gigante chinesa de tecnologia Tencent caíram 1,92%.
O Nikkei, índice de referência do Japão recuou 0,01%, logo abaixo da linha de abertura, em 20.408,54 pontos, com as ações do peso pesado do índice, Softbank Group, caiu 3,27%. O índice Topix também terminou seu dia de negociação praticamente inalterado em 1.499,09 pontos.
Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,04%, em 2.066,97 pontos. A inflação ao consumidor da Coreia do Sul subiu em maio, mas ainda ficou bem abaixo da meta anual de 2%. A recuperação deveu-se em grande parte ao aumento nas taxas de serviços públicos, mas a pressão sobre os preços ainda permaneceu fraca.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,7% em maio em relação ao mesmo período do ano passado, ligeiramente acima da alta de 0,6% do mês anterior. A leitura mais recente ficou aquém da previsão do mercado de um ganho de 0,9%. Em relação à abril, o índice avançou 0,2%, também aquém das expectativas do mercado para um ganho de 0,4% e abaixo da alta de 0,4% do mês anterior.
Na Austrália, o ASX 200 contrariou a tendência regional e subiu 0,19%, depois que o Reserve Bank of Austrália (RBA) anunciou que estava reduzindo sua taxa em 25 pontos-base, para 1,25% na terça-feira. Analistas acreditam que poderá haver mais três cortes, podendo chegar a 0,5% até meados do ano que vem e que o próximo passo será rápido, provavelmente em julho ou em agosto.
As mineradoras tiveram um dia de alta. BHP subiu 1,6%, Fortescue Metals avançou 0,8% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em alta de 1,6%.
EUROPA: As bolsas europeias abriram em baixa, com investidores mantendo-se conectado com as tensões comerciais em curso em todo o mundo, mas inverte a curva ainda na sessão da manhã e os principais mercados avançam na expectativa de que o Federal Reserve dos Estados Unidos poderá em breve ser forçado a reduzir sua taxa de juros, o que é positivo para as ações.
O pan-Europeu Stoxx 600 abriu em queda de 0,5 no início da sessão, com ações de tecnologia liderando as perdas, enquanto o setor de automóveis lideravam os ganhos.
Entre as mineradoras listadas em Londres, Anglo American (LON:AAL) sobe 0,4%, BHP avança 0,2% e Rio Tinto sobe 0,1%.
A taxa de inflação anual da zona do euro caiu drasticamente em maio para alcançar seu nível mais baixo em mais de um ano, afastando-a da meta do Banco Central Europeu à medida que o crescimento econômico recua e os formuladores de políticas se preparam para a próxima reunião na quarta e quinta-feira para decidir sua resposta à economia que arrefeceu diante do enfraquecimento da demanda de suas exportações e uma série de revezes nos principais países da área monetária.
Há sinais de que a desaceleração está tendo um impacto maior sobre a inflação do que os formuladores de políticas previram. A agência de estatísticas da União Europeia disse na terça-feira que os preços ao consumidor subiram apenas 1,2% em maio ante um ano atrás, uma queda de 1,7% ante abril e a menor desde abril de 2018. A meta do BCE é de inflação é ligeiramente abaixo 2%. Em maio, a inflação de serviços desacelerou acentuadamente à medida que os preços voltaram a níveis "normais", enquanto o preço dos alimentos e energia não processados também subiu lentamente.
Trump e a primeira-dama Melania Trump continuam a visita de estado na Grã-Bretanha. Em seu primeiro dia da visita, Trump tweetou, sugerindo que um “grande acordo comercial” poderia estar em andamento com o Reino Unido no futuro, se “livrar de suas amarras”.
As tensões em torno de sua visita devem se intensificar hoje, já que protestos devem ocorrer em toda a capital inglesa. Observadores do mercado estarão prestando muita atenção no que Trump e a primeira-ministra Theresa May poderiam dizer durante os próximos dias, seja sobre comércio, Brexit ou outros assuntos relativos às duas nações.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA avançam na manhã de terça-feira, após uma sessão volátil em Wall Street na segunda-feira. Os investidores esperam que os legisladores entrem em ação e bloqueie o plano do governo Trump de impor tarifas ao México.
O foco do mercado volta-se para a política monetária nesta semana, com uma enxurrada de bancos centrais em todo o mundo que anunciam se devem ajustar as suas taxas de juros. Os investidores avaliam um possível corte de taxa pelo Federal Reserve dos EUA, evidenciado pela queda dos rendimentos da dívida do governo dos EUA. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos abriram em 2,0779%, 70,7 pontos base abaixo do pico do ano, em 21 de janeiro.
Enquanto isso, os comentários do Federal Reserve na segunda-feira elevaram as expectativas de que o banco central dos EUA esteja se aproximando de mais um corte em suas taxas. O presidente da Reserva Federal de St. Louis, James Bullard, disse que um corte na taxa de juros dos EUA "pode ser garantido em breve”, dado risco crescente sobre o crescimento econômico causado pelas tensões do comércio global e pela fraca inflação dos EUA.
Todos os olhos estarão voltados para o presidente do Fed, Jerome Powell, na tarde desta terça-feira, já que muitos observadores do mercado veem pressão sobre a economia doméstica, reflexo das tarifas do presidente Donald Trump sobre a China e o México e esperam que o Fed intervenha.
Na frente de dados, os pedidos às fábrica para abril serão esperados por volta das 11h00.
ÍNDICES FUTUROS - 7h40:
Dow: +0,46%
SP500: +0,45%
NASDAQ: +0,51%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.