Futuros dos EUA negociam cautelosos, com o S&P 500 próximo das máximas de 2023

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados asiáticos fecharam em alta depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou uma lei de teto da dívida que permitiu aos EUA evitar a inadimplência de suas obrigações financeiras no fim de semana.

Os contratos futuros de petróleo também subiram com a decisão da Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), de reduzir a produção de petróleo em mais um milhão de barris por dia, durante a qual o grupo decidiu manter as metas de produção existentes para 2023.

No Japão, o Nikkei subiu 2,2%, fechando em 32.217,43 pontos e ultrapassou a marca de 32.000 pontos pela primeira vez desde 1990. O setor de serviços do Japão teve uma taxa recorde de expansão em maio, de acordo com a pesquisa privada do banco au Jibun. O PMI de serviços do país chegou a 55,9, superando o recorde anterior de 55,4 estabelecido no mês passado e estendendo sua sequência para seis meses consecutivos de expansão acelerada.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 0,54%, terminando o dia em 2.615,41 pontos.

O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 1%, em 7.216,30 pontos, registrando seu terceiro dia consecutivo de ganhos. O rali local ocorreu apesar do fantasma da reunião de política monetária do Banco Central que acontece na terça-feira, podendo resultar em um aumento das taxas de juros em sua batalha no combate à inflação. Analistas financeiros aumentaram a chance de um aumento de juros na reunião do RBA em 40%, depois do aumento maior do que o esperado de 5,75% nos salários vinculados aos prêmios na semana passada, números da inflação mais quentes do que o esperado e dados mostrando um salto nos valores dos imóveis. As ações de energia subiram com o anúncio da Arábia Saudita de um corte na oferta diária de petróleo, o que levará sua produção ao nível mais baixo em vários anos. Woodside subiu 0,8% e Santos subiu 1,1%. As gigantes do minério de ferro BHP, Fortescue e Rio Tinto (LON:RIO) saltaram 1,7%, 3,6% e 1,3%, respectivamente, após alta de mais de 2% nos preços do minério de ferro. O aumento do minério de ferro ocorreu em meio às esperanças de novas medidas políticas destinadas a apoiar o setor imobiliário da China.

O índice Hang Seng de Hong Kong teve um ganho de 0,84%, fechando em 19.108,50 pontos.

Os mercados da China continental fecharam sem direção, com o Shanghai Composite subindo 0,07% e terminando em 3.232,44 pontos, enquanto o Shenzhen Component caiu 0,48% para terminar em 10.946,08 pontos. O PMI privado de serviços da Caixin atingiu 57,1 em maio, a segunda maior taxa desde novembro de 2020. A leitura ultrapassou o recente pico de 57,8 em março, recuperando de uma baixa recente de 46,7 em novembro, quando a economia emergiu das rígidas restrições da Covid na China. Segundo o comunicado da Caixin, a recuperação coincidiu com um aumento mais acentuado no total de novos pedidos e um aumento sustentado em novos negócios de exportação em meio a relatos de condições de mercado mais fortes e maior participação de clientes. O PMI de serviços de maio marcou o quinto mês consecutivo de uma leitura expansionista acima da marca de 50 que separa crescimento e contração, já que os serviços continuam sendo um ponto positivo na recuperação econômica desigual da China.

O índice MSCI para a região Ásia-Pacífico, exceto Japão, fechou em alta de 0,08%.

EUROPA: Os mercados europeus silenciam depois de fechar em alta na sexta-feira, com os "traders" digerindo o acordo do teto da dívida dos EUA e o impacto da inflação da zona do euro de quinta-feira, que mostraram uma queda para seu nível mais baixo desde fevereiro de 2022. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que a leitura de 6,1% ainda é “muito alto” e sugeriu junto com outras autoridades do BCE que o ciclo de alta do banco central teria que continuar.

O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,1% nas negociações matinais. O benchmark regional fechou em alta de 1,5% na semana passada. As ações de petróleo e gás lideraram os ganhos depois que a Arábia Saudita anunciou cortes voluntários em sua produção no domingo a partir de julho. A Opep+ anunciou no domingo que não faria alterações em seus cortes de produção de petróleo planejados para o resto do ano.

O alemão DAX 30 sobe 0,2%, o francês CAC 40 cai 0,1% e o FTSE MIB da Itália recua 0,2%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,6% e o portuguès PSI 20 sobe 0,2%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,6%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 0,5%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 1%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 0,1% e 0,2%, respectivamente. A petrolífera BP sobe 1,3%.

O índice de preços ao produtor da zona do euro em abril caiu para 3,2% em relação ao mês de março, mas ficou 1% mais alto na comparação com abril de 2022, segundo o Eurostat. No bloco econômico da UE, o PPI caiu 2,9% na leitura mensal e subiu 2,3% na anual. Os preços da energia caíram 10,1% no mês e os bens intermediários recuaram 0,6%, enquanto os preços aumentaram 0,2% nos bens de consumo duráveis e 0,3% nos bens não duráveis. Os bens de capital tiveram alta de 0,4% ante março, enquanto os preços na indústria excluindo energia caíram 0,1%.

EUA: Os contratos futuros de ações dos EUA operam ligeiramente mistos na segunda-feira, após um rali generalizado que levou o S&P 500 à sua melhor semana desde março e ao nível mais alto desde agosto.

o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou no sábado a lei de Responsabilidade Fiscal que permitiu aos EUA evitar a inadimplência de suas obrigações financeiras no sábado. Antes, o projeto de lei do teto da dívida foi aprovado no Senado por uma margem de 63-36 na noite de quinta-feira, ganhando apoio suficiente de ambos os partidos para superar o limite de 60 votos da câmara para evitar uma obstrução. Na quarta-feira, o projeto havia passado pela Câmara por 314 a 117.

Na sexta-feira, as ações subiram após fortes dados de empregos para o mês de maio. O relatório de empregos mostrou que as vagas de empregos aumentaram em 339.000 durante o mês, superando em muito os 190.000 esperados pelos economistas. O Dow saltou 2,1%, em seu melhor dia desde janeiro, saltando para 33.762,76 pontos. O S&P 500 subiu 1,45% e fechou em 4.282,37 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 1,07%, em 13.240,77 pontos, registrando seu sexto avanço semanal consecutivo. O Índice Russell 2000, que agrupa "small caps" subiu 3,56%, em 1.830,91 pontos, acima de sua média móvel de 200 dias pela primeira vez desde 8 de março e foi o seu melhor dia desde 10 de novembro.

Os títulos do Tesouro dos EUA subiam por volta das 6h30 desta segunda-feira. O rendimento do título do Tesouro de 10 anos subia mais de 4 pontos-base, para 3,739%, enquanto o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos era negociado em 4,537%, depois de subir mais de 3 pontos-base. Os rendimentos e os preços movem-se em direções opostas e um ponto-base é igual a 0,01%.

Os investidores avaliam o que pode estar por vir a seguir para a política de taxa de juros do Fed, uma vez que a incerteza se o banco central interromperá sua jornada de aumento de juros quando se reunir no final deste mês se espalhou. O Fed tem aumentado as taxas desde março de 2022 com o objetivo de aliviar a inflação e esfriar a economia.

Os mercados estão precificando uma probabilidade de 80,5% de que o Fed deixe as taxas de juros inalteradas em uma faixa de 5,0% a 5,25% em sua reunião que acontece entre 13 e 14 de junho, de acordo com a ferramenta CME FedWatch. Na semana passada essa probabilidade era de 36% e as chances de um aumento de 25 pontos-base eram de 64%.

Novos dados econômicos que podem fornecer pistas sobre o estado da economia e os próximos movimentos da política monetária do Fed são esperados para esta semana. Na segunda-feira, o relatório do PMI do setor de serviços para maio sairá às 10h45 e a versão do ISM será divulgado às 11h00, enquanto os dados de pedidos de fábrica devem ser divulgados no mesmo horário. Operadores vão querer ver sinais de alívio no setor de serviços e outros indicadores de que a inflação está se moderando.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas caem nesta segunda-feira, após um breve pico na semana passada. Os dados econômicos dos EUA podem ser o próximo catalisador para um movimento nas criptomoedas.

Um grande catalisador iminente para as criptos será a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve, prevista para a próxima semana. A campanha do Fed de aumentos de juros no combate à inflação desde o início de 2022 tem sido um vento contrário importante para os ativos digitais, mas os investidores esperam cada vez mais que o banco central aperte o botão de pausa este mês.

O preço do Bitcoin cai 1,7% nas últimas 24 horas para menos de US$ 26.800, com o maior ativo digital de volta para a faixa entre US$ 26.000 e US$ 27.000 que vem se consolidando desde o início de maio. Embora o Bitcoin tenha rompido US$ 30.000 em abril, seu ponto mais alto desde junho passado e o auge de um rali que o levou cerca a um aumento de mais de 60% neste ano, ela não conseguiu consolidar os ganhos.

o Ethereum, a segunda maior criptomoeda, cai 2% para menos de US$ 1.900.

Criptos menores, ou altcoins, também negociam no vermelho, com Cardano e Polygon perdendo pouco menos de 2%. As memecoins foram igualmente mais baixas, com Dogecoin e Shiba Inu próximo 2%.

Bitcoin: -1,74% em US $ 26.749,10
Ethereum: -2,00% em US $ 1.866,98

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,06%
S&P 500: +0,03%
NASDAQ: -0,15%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,15%
Brent: +2,17%
WTI: +2,37%
Soja: -0,01%
Ouro: -0,71%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.