Futuros do Nasdaq caem com lucros de "techs" afetando o otimismo dos balanços

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa na quinta-feira, com os investidores digerindo uma série de dados econômicos da região.

A China manteve suas taxas de empréstimo de um ano e cinco anos inalteradas em 3,55% e 4,2%, respectivamente, dias depois de também ter deixado suas taxas de empréstimo de médio prazo inalteradas em 2,65%. O movimento ocorre depois que o país viu o crescimento do PIB do segundo trimestre ficar abaixo das expectativas na segunda-feira, quando divulgou um aumento de 6,3% na base anual, em comparação com os 7,3% esperados pelos economistas. A China cortou sua taxa básica de juros pela última vez em junho, quando reduziu as taxas básicas de empréstimos de um e cinco anos em 10 pontos-base.

Os mercados da China continental caíram, com o Shanghai Composite recuando 0,92% para terminar em 3.169,52 pontos. O Shenzhen Component fechou em queda de 1,06%, para 10.816,27 pontos, registrando sua quinta sessão consecutiva de perdas. Os principais bancos estatais da China foram vistos vendendo dólares para comprar yuans no "mercado spot offshore" nas primeiras negociações na quinta-feira, informou a Reuters. Citando duas pessoas “com conhecimento direto do assunto”, a Reuters disse que uma das fontes também revelou que tais movimentos visavam diminuir o ritmo de declínio do yuan.

O planejador econômico da China Li Chunlin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma disse na quinta-feira que duas novas políticas para apoiar empresas não estatais serão lançadas em breve. Embora não tenha especificado uma data, os planos de política vem um dia depois que o principal partido da China e a liderança do governo anunciaram “opiniões” sobre o apoio às empresas não estatais. O sentimento dos negócios piorou em meio a um crescimento econômico sem brilho após a recuperação inicial da China da pandemia. Os últimos três anos também foram marcados por repressões pesadas sobre empresas de plataformas de internet, nos setores de educação e jogos, bem como em incorporadoras imobiliárias. Mas mesmo com a desaceleração do crescimento, dívida de longa data, entre outras questões, fez com que Pequim relutasse em lançar estímulos de grande escala. As duas próximas políticas centrarão na promoção do investimento empresarial e no seu desenvolvimento global.

O índice Hang Seng de Hong Kong ampliou as perdas dos últimos dois dias, caindo 0,15%, em 18.924,06 pontos.

O Nikkei do Japão caiu 1,23% para fechar em 32.490,52 pontos, com o país registrando um superávit comercial surpreendente de 43 bilhões de ienes (US$ 308 milhões), seu primeiro superávit em 23 meses.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,31%, para 2.600,23 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 aumentou 0,02%, terminando o dia em 7.325,00 pontos, já que sua taxa de desemprego em junho caiu ligeiramente para 3,5%, em comparação com os 3,6% observados em maio. Dados do governo australiano de junho mostrou que a relação emprego-população permaneceu em 64,5%, com o desemprego total diminuindo um total de 1.600 para 505.500. A taxa de emprego é uma das principais métricas que o Reserve Bank of Australia considera quando se reúne para discutir decisões sobre taxas. As mineradoras BHP, Fortescue Metals (ASX:FMG) e Rio Tinto (LON:RIO) fecharam em alta de 0,2%, 1,4% e 0,7%, respectivamente. No setor de energia, Woodside Energy caiu 0,7%.

EUROPA: Os mercados europeus negociam em alta na quinta-feira, com os investidores avaliando as implicações de alguns grandes resultados corporativos dos EUA e o início da temporada de balanços em casa.

O pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,2% no meio da manhã, com as ações de tecnologia caindo devido aos fracos resultados dos EUA, enquanto as ações de mineração sobem. O índice europeu de blue chips fechou a sessão anterior em alta de 0,3%.

O alemâo DAX 30 sobe 0,3% e o francês CAC 40 avança 0,4%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,6% e o português PSI 20 sobe 1%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,7%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) dispara 5%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 3,8%, enquanto BHP e Rio Tinto sobem 2,1% e 2,4%, respectivamente. A petrolífera BP sobe 0,9%.

EUA: Os futuros do Nasdaq operam em baixa nesta quarta-feira, depois que as ações da Netflix (NASDAQ:NFLX) caíram 8% no "after-maraket" depois que a gigante do streaming registrou US$ 8,19 bilhões em receita, ficando aquém dos US$ 8,3 bilhões previstos pelos analistas, segundo a Refinitiv.

As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) caíram 4% nas negociações estendidas, já que o CEO Elon Musk e outros executivos disseram em uma teleconferência de resultados que a produção de veículos diminuiria durante o terceiro trimestre devido a paralisações para melhorias na fábrica.

Durante o pregão regular de quarta-feira, o Dow subiu 0,31%, em 35.061,21 pontos, o oitavo dia consecutivo no verde e registrando sua mais longa sequência de altas desde setembro de 2019. Enquanto isso, o S&P 500 ganhou 0,24%, em 4.565,72 pontos, enquanto o Nasdaq Composite, pesado em tecnologia, subiu 0,03%, em 14.358,02 pontos.

Esses ganhos ocorreram quando as empresas estão divulgando resultados trimestrais mais fortes do que o esperado. Três quartos das empresas do S&P 500 que já anunciaram resultados que superaram as estimativas, de acordo com dados da FactSet. A força dos lucros corporativos criou otimismo para um pouso suave da economia.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA sobem na quinta-feira, com os investidores avaliando o estado da economia e aguardando novos dados, enquanto a reunião do Federal Reserve se aproxima na próxima semana.

Na agenda econômica, os reivindicações iniciais semanais de auxílio-desemprego serão divulgados às 9h30, enquanto as vendas de casas existentes de junho às 11h00 e podem fornecer pistas sobre o estado da economia dos EUA. Os números podem desempenhar um papel crucial quando o Fed se reunir na próxima semana para discutir o caminho a seguir para a política monetária.

Os mercados esperam amplamente que o banco central anuncie outro aumento da taxa de juros, mas o cenário para o restante do ano é menos evidente. Os investidores, portanto, avaliarão cuidadosamente as orientações emitidas pelo banco central e as observações do presidente do Fed, Jerome Powell, após a reunião.

Isso ocorre depois que a leitura da inflação ao consumidor dos EUA na semana passada ficou abaixo do esperado em 3%, sugerindo que as pressões do aumento dos preços estão começando a diminuir. No entanto, o número permanece acima da meta de 2% do banco central.

A temporada de resultados segue com Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Travelers, American Airlines (NASDAQ:AAL) e Blackstone definidos para relatar os ganhos na quinta-feira antes do sino de abertura.

Os contratos futuros de trigo continuaram subindo na quinta-feira depois que a Rússia disparou misseis contra cidades portuárias ucranianas e infraestrutura de armazenamento pelo terceiro dia após sua retirada das negociações sobre um acordo de exportação do Mar Negro. Os contratos de trigo de Chicago com vencimento em setembro subiram 2,65%, para uma alta de pouco mais de três semanas, após um aumento de 8% na quarta-feira.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas sobem na quinta-feira, mas permaneceram perto de níveis que vem dominando por semanas em meio a um período historicamente estagnado para os ativos digitais.

O Bitcoin sobe cerca de 1% nas últimas 24 horas, para US$ 30.350. A maior criptomoeda flutuou entre o nível psicologicamente importante de US$ 30.000 e US$ 31.000 durante grande parte do mês passado, mas o Bitcoin não conseguindo superar a alta de 13 meses perto de US$ 31.700 registrada na semana passada após uma decisão judicial pró-cripto.

Ao contrário do mercado de ações, onde o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 tem marchado para cima, o Bitcoin e outros ativos digitais parecem em grande parte presos. A falta de ímpeto está moderando algumas expectativas de que o Bitcoin, que quase dobrou em relação às mínimas do final de 2022 nos primeiros seis meses de 2023.

As atenções dos investidores seguem voltadas para o cenário regulatório, especialmente nos EUA. Embora um juiz federal tenha dado à emissora de tokens Ripple uma vitória parcial em um caso histórico com a Comissão de Valores Mobiliários na semana passada, o catalisador para o salto do Bitcoin para uma alta anual, as principais questões permanecem sobre a clareza regulatória.

É provável que o resultado de novos registros para fundos negociados em bolsa de Bitcoin à vista de empresas financeiras tradicionais como a BlackRock (NYSE:BLK), seja o próximo grande catalisador para as criptos. Segundo um analista, a decisão legislativa ainda está longe de se concretizar e que o dinheiro institucional que flui para o espaço de ativos digitais nos Estados Unidos provavelmente não se manifestará de forma consistente até que essa ação legislativa se concretize. Certamente, uma aprovação do ETF de Bitcoin proposto pela BlackRock traria muito capital para o setor, mas a indústria de ativos digitais é mais do que apenas Bitcoin.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, avança menos de 1% para acima de US$ 1.900.

Tokens menores, ou altcoins, sobem, com Cardano subindo 4% e Polygon estourando 5%. As memecoins também estavam otimistas, com Dogecoin subindo 3% e Shiba Inu subindo 1%.

Bitcoin: +1,32% em US $ 30.387,40
Ethereum: +0,84% em US $ 1.926,02

ÍNDICES FUTUROS - 7h40:
Dow: +0,20%
S&P 500: -0,06%
NASDAQ: -0,58%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +1,74%
Brent: +0,33%
WTI: +0,30%
Soja: +0,13%
Ouro: +0,19%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.