Bolsas Mundiais sobem na abertura da semana

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam em alta na segunda-feira.

O índice Hang Seng de Hong Kong liderou os ganhos na região e subiu 1,75%, fechando em 19.971,13 pontos.

Os mercados do continente também fecharam em alta. O Shenzhen Component ganhou 1,57%, em 11.178,62 pontos e o Shanghai Composite avançou 1,17% para terminar em 3.310,74 pontos. O banco central da China manteve suas taxas básicas de política monetária inalteradas nesta segunda-feira, à medida que os bancos do país começaram a reduzir as taxas de depósito em meio à redução das margens de juros. O Banco Popular da China disse que manteve a taxa de empréstimo de um ano inalterada em 2,75%, enquanto injetou 125,00 bilhões de yuans (US$ 17,96 bilhões) de liquidez por meio do MLF. O PBoC também manteve a taxa de juros de recompra reversa de sete dias estável em 2,00%, enquanto injetou CNY2,00 bilhões por meio do instrumento. A medida veio depois que alguns analistas anteciparam um corte de juros este mês, depois que os bancos chineses foram autorizados a reduzir suas taxas de depósito.

Alguns bancos comerciais disseram em seus documentos na semana passada que cortariam as taxas de juros de certos tipos de depósitos na segunda-feira, após uma decisão tomada pelo mecanismo de autodisciplina de taxas de juros apoiado pelo governo. As reduções das taxas de depósito da China ficaram abaixo dos cortes nas taxas de empréstimo, especialmente depois que Pequim pediu ao setor bancário dominado pelo Estado que fornecesse mais apoio à economia em desaceleração durante os anos de pandemia.

A inflação ao consumidor da China desacelerou para seu ritmo mais fraco em mais de dois anos no mês passado, enquanto os preços ao produtor entraram ainda mais em deflação. Os indicadores oficiais da atividade manufatureira caíram em território de contração em abril, refletindo o arrefecimento da demanda interna e externa.

Os "traders" estão esperando novos dados da produção industrial e das vendas no varejo da China para serem divulgados na terça-feira.

O Nikkei do Japão subiu 0,81% e terminou o dia em 29.626,34 pontos.

O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 0,14% para fechar em 7.267,10 pontos, com o setor financeiro, altamente ponderado, pesando sobre o índice, enquanto as mineradoras, incluindo pesos-pesados do minério de ferro e empresas de ouro, buscaram ganhos. As mineradoras de ouro Evolution Mining, Newcrest e Northern Star subiram 4,2%, 1,5% e 2,9%, respectivamente, após a Newcrest aceitar a oferta de aquisição da empresa pela Newmont, com sede nos EUA. Entre os pesos-pesados, Fortescue subiu 1,4%, enquanto BHP e Rio Tinto (LON:RIO) subiram 0,9% cada. Woodside Energy subiu 0,8%, Washington H Soul Pattinson subiu 1,3% e Ampol adicionou 0,3% e ajudaram a elevar o setor de energia.

Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,16% para terminar em 2.479,35 pontos. O déficit comercial da Coreia do Sul diminuiu pelo quarto mês consecutivo, desta vez para US$ 2,65 bilhões em abril, ligeiramente superior ao valor preliminar de US$ 2,62 bilhões divulgado no início deste mês. A leitura mais recente segue um déficit de US$ 4,74 bilhões registrado em março e marca o 14º mês consecutivo em que a balança comercial do país permanece em território deficitário, no qual as importações superam o valor das exportações. O valor revisado também foi menor do que o déficit de US$ 2,89 bilhões esperado por economistas. As exportações de abril chegaram a US$ 49,58 bilhões, uma queda de 14,3% em relação a abril do ano passado, enquanto as importações ficaram em US$ 52,23 bilhões, queda de 13,3% em relação ao ano anterior. O comércio nos primeiros dez dias de maio também indicou que as exportações caíram 10,1%, enquanto as importações também caíram 5,7%, segundo um comunicado divulgado na última quinta-feira.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico, exceto Japão, fechou em alta de 0,65%.

EUROPA: A maioria dos mercados europeus sobe na segunda-feira, com os investidores da região se concentrando nos resultados das eleições presidenciais da Turquia.

Com quase todos os votos da eleição de domingo contados na manhã de segunda-feira, a Turquia caminha para um segundo turno depois que nem o atual presidente Tayyip Erdogan nem seu rival Kemal Kilicdaroglu obtiveram a maioria absoluta. Segundo a Reuters, outra votação será realizada em 28 de maio. O índice BIST-100 da Turquia chegou a registrar uma queda de até 6% na abertura dos mercados, com os investidores respondendo às incertezas provocadas pelos resultados inconclusivos das eleições presidenciais do país e com o dólar atingindo novas máximas em relação à lira. As ações do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, ou BBVA (BME:BBVA), caem devido à alta exposição do banco espanhol à Turquia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,3% nas negociações matinais, com a maioria dos setores obtendo ganhos marginais. As ações de bens de consumo e mineração sobem, enquanto as de produtos químicos caem.

O alemão DAX 30 sobe 0,3%, o francês CAC 40 avança 0,5% e o FTSE MIB da Itália adiciona 0,2%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,2% e o português PSI 20 sobe 0,3%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,5%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 1,9%, Antofagasta (LON:ANTO) sobe 1,5% enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 1,6% e 1,3%, respectivamente. A petrolífera BP opera estável.

A produção industrial da zona do Euro, que inclui a produção da indústria transformadora, mineradora e serviços públicos, caiu 4,1% em março face ao mês anterior, após uma alta de 1,5% em fevereiro, segundo dados da Eurostat. Economistas esperavam queda de 2,0% na produção industrial. A queda foi puxada por bens de capital, produtos usados no desenvolvimento de outros bens, que caíram 15,4%. Outros itens medidos pelo Eurostat também caíram, com bens intermediários recuando 1,8%, energia cedendo 0,9% e bens de consumo não duráveis caindo 0,8%. No entanto, a produção de bens de consumo duráveis cresceu 2,8%. A Alemanha, maior economia da zona do euro, viu a produção cair 3,1%, enquanto na França e na Itália caiu 1,1%. A Espanha cresceu 0,6%.

A Comissão Europeia elevou suas projeções para a inflação na região e alertou para condições de financiamento mais apertadas. Nas suas últimas previsões econômicas, a instituição estimou que a inflação atingirá 5,8% este ano e 2,8% em 2024 para a zona euro, bem acima da meta do Banco Central Europeu de 2%. Como resultado, a comissão agora espera que o BCE continue seu ciclo de alta de juros, o que por sua vez, pode deteriorar as condições de empréstimo em toda a região.

Segundo um analista, "embora o BCE e outros bancos centrais da UE devam estar chegando ao fim do ciclo de alta das taxas de juros, a recente turbulência no setor financeiro provavelmente aumentará a pressão sobre o custo e facilidade de acesso ao crédito, desacelerando o crescimento do investimento e atingindo em particular o investimento doméstico”.

Em março, vários bancos menores dos EUA ficaram sob pressão devido às taxas de juros mais altas. A cascata de resgates nos Estados Unidos levantou questões sobre a estabilidade do sistema bancário e se mais credores sucumbirão à pressão dos aumentos das taxas. As autoridades europeias enfatizaram que os bancos europeus estão bem capitalizados e sob controles regulatórios mais rígidos, no entanto, em um ambiente de taxas de juros mais altas, os mutuários podem ter dificuldades para respeitar os pagamentos do crédito.

A Comissão Europeia também disse que há melhores perspectivas de crescimento para a região, revisando para cima suas estimativas de PIB. Agora, espera que o crescimento na UE atinja 1% este ano, contra 0,8% esperado há cerca de três meses, e atinja 1,7% em 2024, em vez de uma previsão anterior de 1,6%.

Ainda de acordo com a Comissão Europeia, a economia dos EUA evitará a recessão este ano e no próximo. A previsão é que a economia americana cresça 1,4% em 2023 e 1% em 2024, contra estimativa anterior de que os EUA cresçam 0,7% em 2023 e 1,7% em 2024. A nova previsão se baseia devido uma melhor perspectiva de preços de energia e um mercado de trabalho resiliente.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA sobem na segunda-feira, com as notícias no fim de semana de que as negociações entre a Casa Branca e os líderes do Congresso foram "construtivas" e uma segunda rodada de discussões está marcada para terça-feira aumentaram o otimismo de que uma solução sobre o teto da dívida possa ser alcançada.

Na sexta-feira, o Dow Jones Industrial Average caiu 0,03%, para 33.300,62 pontos, o S&P 500 caiu 0,16%, para 4.124,08 pontos e o Nasdaq Composite cedeu 0,35%, para 12.284,74 pontos.

A leitura preliminar da Universidade de Michigan divulgado na sexta-feira mostrou que o sentimento do consumidor caiu para uma mínima de seis meses. Também estiveram em foco as negociações do teto da dívida à medida que os EUA se aproximam da chamada “data X”, ou quando o governo pode entrar em default sem um aumento no limite da dívida para pagar suas contas.

O Dow Jones Industrial Average e S&P 500 registraram novas perdas semanais, com o sentimento ruim em torno da economia dos EUA pesando sobre o sentimento do investidor. O S&P 500 e o Dow caíram 0,3% e 1,1%, respectivamente, na semana passada. O Nasdaq Composite, por sua vez, avançou 0,4%.

O rendimento do Tesouro de 10 anos sobe ligeiramente nesta segunda-feira, com os investidores aguardando comentários de autoridades do Federal Reserve em busca de dicas sobre o que esperar da economia e da política do banco central. Por volta das 5h00, o rendimento do título do Tesouro de 10 anos subia mais de dois pontos-base para 3,4850%, enquanto o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos estava quase estável, em 4,0041%. Os rendimentos e os preços movem-se em direções opostas e um ponto-base equivale a 0,01%.

Os investidores aguardam uma série de novos comentários de autoridades do Federal Reserve nesta segunda-feira, incluindo o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin e a governadora do Fed, Lisa Cook.

Em um evento na Hoover Institution na sexta-feira, o governador do Fed, Philip Jefferson, disse acreditar que a inflação continua muito alta e que o progresso para trazê-la de volta à meta de 2% ainda é limitado. No mesmo evento, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que havia uma boa chance de que a desinflação continuasse. Isso ocorre quando os últimos dados de inflação, publicados na semana passada, indicaram que as pressões dos preços em alta podem estar diminuindo. No início deste mês, o presidente do Fed, Jerome Powell, havia dito que, dependendo das leituras dos dados, os aumentos das taxas de juros poderiam ser interrompidos em breve.

Os investidores estão preocupados com o impacto que as taxas de juros elevadas terão na economia dos EUA, com muitos temendo uma recessão. Novos dados econômicos esperados para esta semana podem fornecer novas pistas sobre as perspectivas econômicas.

Na segunda-feira, os investidores estão atentos aos dados de maio do Empire State Index às 9h30, que mostrará como os fabricantes do estado de Nova York se sentem em relação à economia. Economistas esperam uma leitura de 1,0, que seria inferior ao nível de 10,8 dos dados anteriores.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas sobem nesta segunda-feira, depois de uma semana de quedas após uma série de eventos negativos para o setor, incluindo um alarme falso sugerindo uma potencial venda de Bitcoin pelo governo dos EUA, pausa na Binance, dificultando as retiradas de Bitocin e repressão regulatória sobre as criptomoedas. Acrescente a isso, incertezas em torno do teto da dívida dos EUA e da política do Federal Reserve.

Nesta segunda-feira, o Bitcoin negocia em alta de mais de 2% nas últimas 24 horas, a cerca de US$ 27.395,20. A maior criptomoeda permanece em queda de mais de 10% na semana, a pior semana desde 11 de novembro, quando foi atingido pelo colapso da exchange FTX.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, estava mudando de mãos acima de US$ 1.800. Outras criptos importantes movem para território verde, com o Litecoin subindo mais de 7%. Cardano sobe 1,1% e Polygon avança 1,8%. As memecoins também recuperam. Dogecoin sobe 1,1%.

Bitcoin: +2,03% em US $ 27.392,20
Ethereum:+1,36% em US $ 1.828,40

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,36%
S&P 500: +0,36%
NASDAQ: +0,54%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +4,17%
Brent: +0,40%
WTI: +0,46%
Soja: +0,76%
Ouro: -0,07%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.