Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.
ÁSIA: Os mercados asiáticos registraram perdas significativas depois que a minuta do Federal Reserve dos EUA revelou que o banco central estava inclinado à decisão de interromper seus aumentos de juros em junho e ver mais aumentos pela frente em um ritmo mais lento.
Na China continental, o Shanghai Composite caiu 0,54% para fechar em 3.205,57 pontos e o Shenzhen Component perdeu 0,55% para 10.968,37 pontos. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, chegou a Pequim e inicia sua visita de quatro dias, onde espera encontrar com altas autoridades da China. Isso ocorre depois que a China cancelou inesperadamente na quarta-feira a visita do representante de relações exteriores da UE, Josep Borrell, à China.
O índice Hang Seng de Hong Kong liderou as perdas na região, caindo 3,02%, em 18.533,05 pontos. As ações de bancos chineses listadas em Hong Kong estavam entre as principais quedas no índice Hang Seng depois que o Goldman Sachs (NYSE:GS) supostamente rebaixou suas classificações para os principais bancos do continente, como o Banco Agrícola da China de “neutro” para “vender”, bem como rebaixou o Banco Industrial e Comercial da China e Banco Industrial de “comprar” para “vender”, informou a Reuters. As ações listadas em Hong Kong do Banco Agrícola da China caíram quase 2%, enquanto o ICBC caiu 2,4% e o Bank of Communication caiu 1,54%. O relatório acrescentou que o Goldman citou as preocupações dos investidores sobre a exposição dos bancos à dívida do governo local, risco de ganhos, bem como fortunas divergentes entre bancos.
No Japão, o Nikkei caiu 1,7% para 32.773,02 pontos.
Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,88% para fechar em 2.556,28 pontos.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 1,27% para encerrar sua sessão em 7.161,10 pontos, com todos os setores, exceto tecnologia da informação, negociando no vermelho. As mineradoras estavam entre as ações mais fracas da bolsa local, com os pesos-pesados do minério de ferro BHP, Fortescue e Rio Tinto (LON:RIO) fechando em queda de 2,3%, 1,7% e 1,4%. As mineradoras de ouro recuaram em meio a queda nos preços do ouro, com a Evolution Mining tombando 2,6% e a Newcrest caindo 1,5%. As produtora de petróleo e gás Santos e Woodside Energy fecharam em baixa de 0,8% e 1,1%, respectivamente.
EUROPA: Os mercados de ações europeus caem na quinta-feira, com os investidores digerindo o lento crescimento econômico global.
O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,3% no meio da manhã. O setor de viagens e lazer lideraram as perdas, seguidos pelas ações do varejo.
O alemão DAX 30 cai 1,2%, o francês CAC 40 perde 1,7% e o FTSE MIB da Itália recua 1,1%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 1,2% e o português PSI 20 cai 0,3%.
Em Londres, o FTSE 100 cede 1,3%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 2,4%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 3,2%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto tombam 2,6% e 1,7%, respectivamente. A petrolífera BP cai 0,9%.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em baixa na manhã de quinta-feira, após uma sessão de perdas em Wall Street, com investidores avaliando as perspectivas das taxas de juros, após a publicação da ata da última reunião do Federal Reserve.
Na quarta-feira, os principais índices registraram perdas modestas. Dow Jones Industrial Average caiu 0,38%, fechando em 34.288,64 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,20%, em 4.446,82 pontos. Ambos os índices quebraram uma sequência de três dias de alta. O Nasdaq Composite terminou 0,18% menor, em 13.791,65 pontos.
Na quarta-feira, os investidores de Wall Street debruçaram sobre a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve de junho, quando os membros do FOMC optaram por manter as taxas de juros, mas que a maioria das autoridades apoiam mais aumentos no futuro. A ata reiterou que, apesar do Fed deixar as taxas inalteradas em junho, a maioria das autoridades espera novos aumentos das taxas e que uma breve pausa no ciclo de aperto do Fed daria ao comitê tempo para avaliar os impactos dos aumentos, a campanha mais agressiva do banco central desde o início dos anos 1980.
No final da quarta-feira, os "traders" estavam precificando uma chance de quase 89% de uma possível alta nas taxas de juros na reunião do banco central deste mês, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
Os investidores são sacudidos pelos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA que estão negociando perto de picos de quatro meses. Por volta das 5h00, o rendimento do título do Tesouro de 10 anos era negociado a 3,9654%, depois de subir cerca de dois pontos-base, enquanto o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos, particularmente sensível à política monetária, subia pouco mais de dois pontos-base para 4,976%. Os rendimentos e os preços movem em direções opostas e um ponto-base é igual a 0,01%.
A semana de negociação mais curta continua na quinta-feira com uma série de novos dados econômicos, incluindo vagas de empregos no setor privado da ADP para junho às 9h15, reivindicações de seguro-desemprego às 9h30, juntamente com a divulgação da balança comercial. A leitura do PMI de serviços da S&P Global sairá as 10h45 e do PMI de serviços ISM sairá logo a seguir.
O relatório de empregos de junho está previsto para sexta-feira. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na semana passada que a força contínua no mercado de trabalho foi um dos principais fatores por trás da posição do banco central de que mais restrições seriam necessárias para esfriar a economia. A leitura do Payrolls de amanhã, portanto, dará bastante subsídios sobre os próximos movimentos da política de taxas de juros do Fed, especialmente o ritmo em que as taxas podem subir. Powell também disse na semana passada que não descartaria a possibilidade de aumentar as taxas em reuniões consecutivas.
Isso marcou uma mudança de tom em comparação com seus comentários anteriores, que sugeriam um ritmo mais lento de aumentos de juros, um sentimento que seus colegas formuladores de políticas também mantiveram na última reunião, de acordo com a ata publicada na quarta-feira.
CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas sobem na quinta-feira, com os ativos digitais mantendo os ganhos de um rali recente, mas precisando de mais catalisadores para continuar o ímpeto.
Houve poucos catalisadores para mover as criptomoedas nos últimos dias, com a tranquilidade em mercados mais amplos em meio ao feriado de quatro de julho nos EUA, mas a sexta-feira pode mostrar uma virada na chave para a próxima etapa, para cima ou para baixa, com a divulgação do relatório de empregos dos EUA. É provável que afete tanto o Bitcoin, como o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500.
O relatório de empregos está entre alguns dos importantes dados econômicos que serão divulgados antes da próxima decisão do Federal Reserve sobre as taxas de juros no final deste mês. A campanha do Fed de aumentos de juros no combate à inflação foi um grande vento contrário para ativos sensíveis ao risco em 2022, mas o otimismo de que a inflação está esfriando e que o banco central pode se tornar mais acomodatício ajudou a impulsionar o Bitcoin em 2023.
A ata divulgada na quarta-feira da última reunião de política monetária do Fed mostrou apoio à manutenção dos juros estáveis em junho, mas elevou a perspectiva de outro aumento neste mês. O relatório de empregos, um importante indicador de quão quente a economia dos EUA está funcionando, pode ajudar a solidificar as apostas nas perspectivas de curto prazo para os juros e, por sua vez, balançar criptos e ações.
O Bitcoin sobe mais de 1% nas últimas 24 horas para acima de US$ 30.800, aproximando-se da alta recente perto de US$ 31.500 alcançada em abril, o ponto mais alto do ativo digital desde junho de 2022. O rali do Bitcoin acima da marca de US$ 30.000 no mês passado veio após pedidos da BlackRock (NYSE:BLK) e outras instituições financeiras para fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista, aumentando as esperanças de um novo interesse de varejo e institucional em criptomoedas. Embora o status desses pedidos permaneça no ar, o sentimento entre os "traders" continuou a inclinar para mais alta.
O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, também sobe mais de 1% e busca manter acima de US$ 1.900.
Criptos menores, ou altcoins, sobem, com Cardano subindo 1,8% e Polygon adicionando 1,5%. Entre as memecoins, Dogecoin sobe 1,9% e Shiba Inu cai 0,4%.
Bitcoin: +1,48% em US $ 31.136,40
Ethereum: +1,66% em US $ 1.942,01
ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: -0,47%
S&P 500: -0,44%
NASDAQ: -0,40%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: +0,97%
Brent: +0,01%
WTI: +0,18%
Soja: -0,07%
Ouro: -0,05%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.