ÁSIA: As bolsas asiáticas caíram nesta segunda-feira, à medida que o pessimismo tomou conta após o aumento das infecções do COVID-19 na região e após a primeira perda semanal de Wall Street após três semanas de ganhos.
Os focos estão crescendo na Indonésia, Malásia e Tailândia, bem como em partes do Japão, incluindo Tóquio, onde os Jogos Olímpicos abrem na sexta-feira. Os primeiros casos de Covid entre atletas da Vila Olímpica foram confirmados no domingo.
O Nikkei no Japão caiu 1,25% para fechar em 27.652,74 pontos, enquanto o índice Topix caiu 1,3% e encerrou o dia em 1.907,13 pontos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng liderou as perdas entre os principais mercados da região, fechando em queda de 2,23%, em 27.456,62 pontos.
O Kospi da Coreia do Sul fechou em baixa de 1%, em 3.244,04 pontos.
Na China Continental, o composto de Xangai pouco mudou ao fechar em 3.539,12 pontos ou queda de 0,01%, enquanto o Shenzhen Component subiu 0,14% para 14.992,90 pontos.
Na Austrália, o S & P / ASX 200 caiu 0,85% para fechar em 7.286 pontos. Foi a primeira vez que o índice fechou abaixo de 7.300 em seis sessões. O setor de saúde avançou mas os setores bancários, materiais e energia pesaram sobre o mercado mais amplo. BHP caiu 2,6%, Fortescue Metals recuou 1,3% e Rio Tinto (LON:RIO) mergulhou 1,8%. Entre as produtoras de petróleo, Oil Search caiu 4,9%, Santos perdeu 2,4% e Woodside Petroleum fechou em queda de 1,7%, depois que a OPEP e seus aliados chegaram a um acordo no domingo para aumentar a oferta de petróleo a partir de agosto com intuito de frear os preços, que subiram para máximas em dois anos e meio. O Brent subiu mais de 40% até agora em 2021, com a demanda por petróleo crescendo à medida que a economia global se recuperava da pandemia. Serão 400 mil barris a mais por dia até o final de 2022, segundo comunicado do grupo conhecido como Opep+.
As produtoras de ouro australianas ficaram sob pressão. Evolution Mining caiu 8,7% após um rebaixamento de analistas, enquanto Chalice Mining despencou 9,7%. Deterra Royalties conseguiu fechar em alta graças a um upgrade de rating do Goldman Sachs (NYSE:GS).
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 1,39%.
EUROPA: As bolsas europeias registram perdas robustas nesta segunda-feira, com investidores digerindo o último anúncio da OPEP+ sobre a produção de petróleo e com preocupações com a inflação e aumento de casos de Covid-19.
O Stoxx Europe 600 cai 2,11%, com a incapacidade das principais economias de voltar à normalidade à medida que a pandemia de COVID-19 persiste mesmo com o avançar das vacinações. As empresas de viagens e lazer lideram as perdas no pan-índice. Entre os principais índices regionais, o DAX 30 alemão cai 2,02%, o CAC 40 da França recua 2,07%, enquanto o IBEX 35 da Espanha e o FTSE MIB da Itália recuam 1,79% e 2,97%, respectivamente.
Em Londres, o FTSE 100 cai 2,12%, pesada pelo setor de commotidies. Anglo American (LON:AAL) cai 3,2%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,8%, BHP tomba 2,9%, enquanto Rio Tinto cai 2%. Entre as gigantes petrolíferas, BP despenca 3,4% e Royal Dutch Shell registra perdas de 2,5%.
Enquanto isso, na Europa, a devastação causada por grandes enchentes ao redor da Alemanha e Bélgica também pesam sobre o sentimento dos mercados nesta semana, bem como nas preocupações contínuas com o coronavírus.
Na Inglaterra, o apelidado "Dia da Liberdade", que marcaria o fim das restrições relacionadas com a pandemia de covid-19, muitos residentes em Londres mantêm o uso da máscara e o Governo substituiu o tom triunfalista pela "cautela". Também foi registrados novas restrições de viagens à França, em meio às preocupações com as variantes do coronavírus que causam o COVID-19. O primeiro-ministro, Boris Johnson e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, estão em quarentena até 26 de julho devido ao contato com o ministro da Saúde, Sajid Javid, que testou positivo na sexta-feira. Em vez do "freedom day", os jornais britânicos passaram a referir-se a "pingdemic" nos últimos dias, numa referência aos mais de 500 mil alertas emitidos na semana passada para as pessoas para se isolarem depois de manter contato com infetados.
As mudanças nas regras determinadas pelo Governo britânico afetam apenas a Inglaterra, enquanto a Irlanda do Norte, País de Gales e Escócia são autônomos a fazer suas próprias decisões. Hoje na Escócia as restrições diminuíram, mas o uso das máscaras continua a ser obrigatório, assim como no País de Gales e Irlanda do Norte, onde algumas restrições foram atenuadas, mas continuam a existir medidas de distanciamento social.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA caem durante as negociações matinais de segunda-feira, depois que os principais índices registraram sua primeira semana negativa em quatro.
O Dow e o S&P caíram 0,52% e 0,97% na semana passada, respectivamente. O Nasdaq Composite caiu 1,87%, postando a sua pior semana desde maio.
Os temores de inflação pesaram sobre as ações, com o índice de sentimento do consumidor dos EUA da Universidade de Michigan, divulgado na sexta-feira, mostrando que os consumidores acreditam que os preços vão subir 4,8% no próximo ano. Esta é a alta mais acentuada desde agosto de 2008. No início da semana, o Índice de Preços ao Consumidor de junho mostrou que a inflação subiu 5,4% ano a ano, assustando os investidores.
No mês de julho, o Nasdaq Composite caiu 0,5%. O S&P 500 e o Dow estão no azul, porém, subindo 0,7% e 0,5%, respectivamente. O Russell 2000 caiu mais de 6% em meio à fraqueza nas "small caps".
O FED afirmou que a inflação será transitória, porém a questão é por quanto tempo o termo "transitório" se manterá.
Por outro lado, os números das vendas no varejo também divulgados sexta-feira vieram melhor do que o esperado, subindo 0,6% em junho, em comparação com as expectativas de uma queda de 0,4%. O UBS disse em nota que “a inflação ainda está sendo impulsionada por uma gama relativamente estreita de bens e serviços impactados pela pandemia e que não vemos a inflação ainda como uma barreira para ganhos adicionais nos mercados de ações”. O UBS aumentou recentemente seu preço-alvo para o S&P 500 para 4.650 pontos em junho de 2022.
A semana que começa será movimentada para os balanços, com nove componentes do Dow e 76 empresas do S&P definidos para relatar suas atualizações trimestrais, como a United Airlines e American Airlines, assim como as empresas de mídia social Snap (NYSE:SNAP) e Twitter. CSX, Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Coca-Cola, Honeywell, IBM (NYSE:IBM), Intel (NASDAQ:INTC) e Netflix (NASDAQ:NFLX) também estão na pauta.
Os maiores bancos iniciaram a temporada de lucros na semana passada com analistas do BMO observando antes do início da temporada de balanços, que 66 empresas do S&P 500 emitiram projeções de lucros positivos para o trimestre, a maior desde pelo menos 2006.
Na agenda econômica, a National Association of Home Builders divulgará os resultados da sua última pesquisa às 11h00 desta segunda-feira, dando aos consumidores uma ideia do sentimento no mercado imobiliário. Economistas esperam que a leitura permaneça inalterada em relação ao mês anterior em 81. Qualquer coisa acima de 50 é considerado um sentimento positivo.
ÍNDICES FUTUROS - 7h20:
Dow: -1,01%
SP500: -0,72%
NASDAQ: -0,35%
%COMMODITIES:
MinFe Dailan: -1,49%
Brent: -2,69%
WTI: -2,92%
Soja: +0,63%
Ouro: -0,63%
Bitcoin: -1,22%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra ou venda de ativos.