🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Agenda Turbulenta no Congresso

Publicado 19.10.2021, 09:01
UK100
-
US500
-
FCHI
-
DJI
-
DE40
-
STOXX50
-
JP225
-
HK50
-
INTC
-
USD/BRL
-
JNJ
-
LCO
-
CL
-
NG
-
NFLX
-
TSLA
-
IXIC
-
IBOV
-
KS11
-
VIX
-
DXY
-
ITLC34
-
JNJB34
-
NFLX34
-
DCIOF5
-
TSLA34
-

Foi uma segunda-feira de aversão ao risco em todos os mercados. O Ibovespa até ensaiou alguma recuperação, assim como as bolsas de NY, mas acabou sucumbindo e fechando em leve queda. O dólar e o juro futuro, em alta. A corroborar para este “ambiente tóxico”, dados da economia chinesa, mais fracos do que o esperado, além da economia norte-americana, ampliando a desconfiança de uma retomada global mais consistente. A isso, a inflação de energia, com petróleo, carvão, gás natural, todos em pressão de alta.

Neste cenário, de aversão e fuga de moedas dos emergentes para “porto seguros”, no Brasil o real acabou desvalorizando ainda mais, diante de um cenário externo mais incerto e doméstico, que não colabora muito, ainda pior.

Nesta semana, temos decisão da PEC do precatório, que pode abrir espaço para o “uso populista” das políticas sociais de transferência de renda, algo bem usual também no passado recente; para piorar, a ameaça de greve dos caminhoneiros, o que pode paralisar o país, e a prorrogação do auxílio emergencial para dezembro de 2022. Neste contexto, no mercado cambial, a oferta extra de swap, pelo Bacen, pouco tem se mostrado suficiente, na mais recente, em US$ 500 milhões, com o dólar subindo 1,2% a R$ 5,5205. Foi dia também de pressão nos yelds dos treasuries curtos e médios, o que derrubou a bolsa de valores. Ao fim, somando aos dados mais fracos da China e dos EUA, o Ibovespa fechou em queda de 0,19%, a 114.428 pontos.

  1. Conforme os vários ruídos no cenário doméstico, pela sua elevada liquidez global, conforme dados da Bloomberg, o real é a moeda q mais se deprecia no cenário global, nos últimos 30 dias menos 4,0% de valor frente ao dólar. E isso acontece num cenário de ativa atuação do Bacen, despejando mais de US$ 4 bilhões, desde o dia 30 de setembro. A corroborar para este “estado de coisas”, a postura de muitos no governo a ser leniente no front fiscal, apostando na populista decisão de prorrogar o auxílio emergencial até abril do ano que vem, além da batalha pelo Auxílio Brasil, um “voto de cabresto”, prática comum nos últimos ciclos de poder deste país. “Pagou, ganha votos”. Segundo o presidente do Congresso, Arthur Lira, “não podemos só pensar em teto dos gastos e responsabilidade fiscal em detrimento da população”.

Valorização de moedas

  1. Na semana passada, Marcos Pontes, ministro “astronauta” da Ciência e Tecnologia, reclamou do corte de R$ 690 milhões, 90% de dotação do seu ministério. Bolsonaro parece não ter gostado desta “exposição pública”, pois liberou R$ 2 bilhões de crédito suplementar, nesta segunda, para vários ministérios e Marcos Pontes não foi agraciado. Mais um a cair em desgraça deste cidadão, sempre a agir com o fígado, com vinganças infantis e pouco republicanas. Se eu fosse o Pontes saia fora, como tantos já o fizeram e se tornaria oposição, como tantos já são. Infelizmente, Bolsonaro não tem um eixo de equilíbrio, briga até com a sombra, se contrariado. É realmente para perder as esperanças...

  2. No Congresso estejamos atentos a uma pesada agenda de votações, na PEC dos precatórios, o parecer em comissão a ser votado, o mesmo acontecendo com a reforma do IR e os debates em torno do Auxílio Brasil. Na ausência deste, o presidente Bolsonaro já deixou no ar que deve prorrogar o auxílio emergencial, segundo alguns, até meados de 2022. Isso deve dar espaço para um debate menos limítrofe sobre o Auxílio Brasil. Há uma corrente, no entanto, que acredita que o auxílio emergencial só deve ser prorrogado por mais dois meses, com recursos de sobra do Bolsa Família, de R$ 12 bilhões. Além disso, terá que ser realizado fora do teto dos gastos.

  3. Quando não faltava mais nada, boatos em Brasília indicavam que o auxílio emergencial deve ir a dezembro de 2022, num somatório com o Bolsa Família, R$ 325 mais o complemento de R$ 75 do auxílio emergencial. Isso deve custar entre R$ 100 bilhões e R$ 140 bilhões e não deve “atacar” o teto dos gastos, por ser um complemento.

  4. Sobre a reforma do IR, o relator, Senado Angelo Coronel, já disse que vai retirar a taxação sobre lucros e dividendos do projeto, recursos estes que seriam usados para financiar o Auxílio Brasil. Para ele, este projeto seria uma “peça eleitoreira”. Alguma dúvida? Nenhuma. Disse também que o seu projeto não será feito às pressas.

  5. Sobre a PEC dos precatórios, a ser votada nesta terça-feira na Comissão Especial, o objetivo é prorrogar o pagamento de até R$ 49 bilhões em despesas judiciais de 2022 para abrir espaço para novas despesas no Orçamento. O texto prevê que, a cada exercício, haja um limite para o pagamento dessas despesas estabelecido pelo valor pago em 2016, corrigido pela inflação. Ademais, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, busca votar o projeto na Casa em 1º turno logo em seguida.

O que é fato. Não concordamos, pois isso pode furar uma das únicas âncoras fiscais deste país, o “teto dos gastos”. Por outro lado, a arrecadação federal deste ano, em recorde absoluto, tem mitigado em muito estas ameaças de ruptura. Nesta semana, a Receita Federal divulga novos dados de arrecadação federal, desta vez de setembro. Acreditamos que a receita deve continuar acelerando, puxada por IRPJ, CSLL, imposto de importação e royalties de petróleo.

  1. No Senado, destaque para o encerramento da CPI da Pandemia e a possível entrega do relatório final, o que pode contribuir para o aumento das tensões políticas. Nesta semana, o STF deve concluir a votação sobre a extensão da desoneração da folha de pagamentos até 2026.

  2. Coronavírus. Superamos a marca de 21,6 milhões de casos e mais de 603 mil óbitos. Segundo o consórcio de imprensa, a média móvel de mortes pela Covid-19 nos últimos 7 dias (até domingo) foi de 325, queda de 35% em comparação aos dados de 14 dias atrás, 6º dia seguido de registro abaixo da marca de 400 óbitos. Contudo, o feriado estendido de Nossa Senhora Aparecida na última semana influenciou nos registros de novos óbitos e casos, o que demanda que a forte queda seja avaliada com cautela. Oito estados apresentaram alta nos óbitos: AM, BA, CE, ES, PB, PI, RN e RR. A média móvel de novos casos nos últimos 7 dias foi de 9.759 por dia, uma variação de -39% em relação aos casos registrados duas semanas atrás e o menor número desde maio de 2020. Em relação às vacinas, atingimos a marca de 74,4% da população com algum grau de imunização.

  3. O Relatório Focus, depois do fraco IBC-Br, apresentou leve recuo nas projeções do PIB para 2021, de 5,04% para 5,01%, e para 2022, de 1,54% para 1,50%. No cenário do IPCA, para 2021 avançou pela 28º semana seguida, de 8,59% para 8,69%, e para 2022, suave alta pela 13ª semana para 4,18%. Para a taxa Selic, as expectativas do mercado apresentaram estabilidade para 2021 e 2022 em 8,25% e 8,75%, respectivamente. No cenário do câmbio, apesar a escalada das incertezas fiscais, combinada com a proximidade do tapering, a taxa de câmbio para 2021 e 2022 se manteve em R$ 5,25.

  4. No acompanhamento dos reservatórios e da carga média de energia, o nível das bacias apresentou melhora marginal nos últimos 15 dias. A retomada das chuvas na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, somada a leve diminuição da carga média de energia foram responsáveis por frear a redução dos níveis no reservatório de Centro-Oeste/Sudeste e até provocar certa melhora nos reservatórios do Sul. Apesar do movimento positivo, a alta probabilidade de formação do fenômeno La Niña entre dezembro e fevereiro demanda cautela. Soma-se a isso, o Ministério de Energia não concorda com o término da tarifa de crise hídrica, como pretende o presidente.

Nível dos reservatórios

  1. Nos EUA

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, pediu ao Capitólio que aumente ou suspenda o teto para a emissão de dívida de longo prazo. Disse que terá que usar “medidas extraordinárias” para cumprir as obrigações do governo até o dia 03/12. Numa carta aos parlamentares, disse “é imperativo que o Congresso aja para aumentar ou suspender o limite da dívida de uma forma que forneça a certeza de longo prazo de que o governo irá cumprir todas as suas obrigações”.

Na quarta-feira, o Fed divulga o Livro Bege, documento que detalha a perspectiva da economia pelo ponto de vista dos Bancos Centrais regionais dos EUA. O documento, além de trazer sinalizações importantes sobre a inflação e o mercado de trabalho, deve consolidar as expectativas de tapering na próxima reunião. A ata do FOMC divulgada na última semana apontou que o anúncio da redução de compra de ativos deve ocorrer em novembro e ter início logo na metade do mesmo mês ou, no mais tardar, no meio de dezembro.

No âmbito empresarial, a temporada de balanços começa a esquentar nesta semana com a divulgação do resultado de dezenas empresas. Na semana teremos o resultado da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), Intel (NASDAQ:INTC) (SA:ITLC34) e Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34); na 5ªF, a Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34)da início à divulgação das gigantes de tecnologia dos EUA.

  1. Na China

PIB avança abaixo das expectativas no terceiro trimestre e o PBofC se reúne nesta terça. O resultado do PIB do terceiro tri, divulgado no domingo, apresentou resultado abaixo das expectativas, apontando para crescimento de 4,9% na comparação anual, ante a projeção de 5,1%. Importante destacar que no terceiro tri, a China impôs diversas medidas de isolamento social para conter o avanço da variante Delta, impactando o crescimento econômico. Além disso, foram divulgados dados de vendas no varejo que surpreenderam positivamente com alta de 4,4%, ante expectativa de 3,5%. Por outro lado, a produção industrial avançou 3,1%, abaixo do projetado. Na noite desta terça-feira o BC Chinês se reunirá para definir os próximos passos de sua política monetária, em meio ao maior dado de inflação ao produtor da série histórica e riscos no setor imobiliário e energético do país.

Mercados

No Brasil, o Ibovespa fechou segunda-feira (dia 18) em suave queda de 0,19%, a 143.428. Já o dólar encerrou o dia em forte alta de 1,2%, a R$ 5,5205, mesmo com as intervenções do Bacen, já tendo colocado mais de US$ 4 bilhões em contratos de swap extra.

Na madrugada do dia 19/10, na Europa (04h05), os mercados futuros operavam com ganhos: DAX (Alemanha) avançando 0,14%, a 15.496 pontos; FTSE 100 (Reino Unido), +0,17%, a 7.216 pontos; CAC 40 +0,13%, a 6.681 pontos, e Euro Stoxx 50 +0,20%, a 4.159 pontos.

Na madrugada do dia 19/10, na Ásia (05h05), os mercados operaram em maioria, em alta: S&P/ASX (Austrália), -0,08%, a 7.374 pontos; Nikkei (Japão) +0,65%, a 29.215 pontos; KOSPI (Coréia), +0,74%, a 3.029 pontos; Shanghai +0,70%, a 3.593, e Hang Seng, +1,32%, a 25.746 pontos.

No futuro nos EUA, as bolsas de NY operavam em alta neste dia 19/10 (05h05): Dow Jones avançando 0,15%, a 35.184 pontos, S&P 500, +0,16%, a 4.484 pontos, e Nasdaq +0,12%, a 15.319 pontos. No VIX S&P500, 19,65 pontos, recuando 0,23%. No mercado de Treasuries, US 2Y recuando forte 6,60%, a 0,3932, US 10Y +0,14%, a 1,586 e US 30Y, +0,96%, a 2,036. No DXY, o dólar -0,37%, a 93,593, e risco país, CDS 5 anos, a 200,4 pontos. Petróleo WTI, a US$ 82,41 (+0,88%) e Petróleo Brent US$ 84,81 (+0,57%). Gás Natural em avanço de 0,44%, a US$ 5,01 e Minério de Ferro, +0,07%, a US$ 707,00.

Na agenda desta terça (19), os dados de Construção de novas casas nos EUA e as licenças de construção.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.