A ameaça de Trump ao Irã, a qual em outros momentos traria fortes reações negativas das bolsas de valores trouxe um leve alento ao mercado de petróleo, que ainda se recupera do tombo histórico de segunda-feira e ajudou as bolsas de valores internacionais, adicionado ao pacote de US$ 484 bi aprovado no senado americano.
As ações no overnight seguiram esta melhora durante o horário normal de negociação na quarta-feira e ajudaram a reduzir o impacto da queda de 4,8% do S&P 500 na segunda e terça-feira.
Na sessão de hoje, o mercado observa, além do IPC-S semanal no Brasil, o mais recente relatório do Departamento do Trabalho sobre pedidos de auxílio desemprego.
Projetamos que outros 4,3 milhões de trabalhadores tenham solicitado benefícios na semana passada, o que elevaria o número total de benefícios para mais de 27 milhões desde que os estados adotaram quarentena na segunda quinzena de março, no esforço de diminuir o avanço do vírus.
Neste sentido, aliado a indicadores divulgados hoje como o PMI de serviços e compostos na Europa, com os piores resultados históricos, distorcendo completamente a série, a “conta econômica” da pandemia chegou provavelmente mais cedo do que esperavam os governos e com isso, o relaxamento das restrições ganha força.
Daí a importância em se dar atenção também aos PMIs a serem divulgados hoje nos EUA, além dos dados de vendas de casas pré-existentes.
Localmente, o governo busca a retomada em partes do cenário de coalizão que sempre dominou a política brasileira, de forma a sustentar a governabilidade e isolar as lideranças que, aparentemente, “tramavam” contra o Executivo nos bastidores.
Se houver sucesso, o governo facilita o processo de aprovação de reformas com o apoio do Centrão, porém, o “Plano Marshall” brasileiro já preocupa bastante em termos fiscais, dada a já sensível situação do país em termos de contas públicas. Neste contexto, o mercado se desenha para novas e mais fortes quedas de juros por parte do BC e sustentam um forte fechamento dos vértices curtos da curva de juros.
Atenção aos resultados de Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Domino’s, Southwest, Nestlé, Intel (NASDAQ:INTC), Pfizer, Eli Lilly, Lockheed Martin (NYSE:LMT), Texas, Union Pacific, Volvo, Heineken, Hyundai, Credit Suisse, Canon e Verisign.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, apesar da forte queda dos PMIs.
Em Ásia-Pacífico, fechamento misto, mais para o positivo, após a alta do petróleo no mercado internacional.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos entre 2 e 10 anos somente.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque à platina.
O petróleo abriu em alta expressiva em Londres e em Nova York.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,69%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4573 / 2,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,444%
Dólar / Yen : ¥ 107,63 / -0,111%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,073%
Dólar Fut. (1 m) : 5400,28 / 1,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,19 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,21 % aa (-3,66%)
DI - Janeiro 25: 5,86 % aa (-1,68%)
DI - Janeiro 27: 6,80 % aa (-0,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,1707% / 80.687 pontos
Dow Jones: 1,9851% / 23.476 pontos
Nasdaq: 2,8094% / 8.495 pontos
Nikkei: 1,52% / 19.429 pontos
Hang Seng: 0,35% / 23.977 pontos
ASX 200: -0,08% / 5.217 pontos
ABERTURA
DAX: -0,108% / 10403,76 pontos
CAC 40: 0,304% / 4425,22 pontos
FTSE: 0,009% / 5771,12 pontos
Ibov. Fut.: 2,10% / 80795,00 pontos
S&P Fut.: 0,513% / 2802,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,038% / 8634,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,33% / 61,49 ptos
Petróleo WTI: 14,01% / $15,74
Petróleo Brent: 9,82% / $22,37
Ouro: 0,68% / $1.726,83
Minério de Ferro: 0,25% / $84,13
Soja: 1,26% / $845,25
Milho: 0,94% / $321,00 $321,00
Café: 0,87% / $110,60
Açúcar: 1,73% / $10,00