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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta terça-feira

Publicado 15.03.2022, 07:36
© Reuters
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Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - O mercado de ações da China continua a afundar devido aos temores de uma desaceleração causada pela Covid-19 e à pressão política dos EUA sobre Pequim. A China novamente se recusou a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia após sete horas de conversas "intensas" com autoridades dos EUA na segunda-feira.

Os bombardeios russos se intensificam e os dados europeus mostram evidências crescentes de estagflação. A reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve (Fed) começa e o petróleo volta a ficar abaixo de US$ 100 o barril, enquanto a Opep se prepara para divulgar seu relatório mensal.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na terça-feira, 15 de março.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. O bombardeio russo se intensifica após negociações inconclusivas

O bombardeio aéreo e de artilharia da Rússia contra cidades ucranianas se intensificou após um dia de intensa diplomacia que acabou rendendo pouco. Autoridades chinesas repetiram que querem evitar sanções ocidentais, mas novamente se recusaram a condenar a invasão da Rússia.

Enquanto isso, os ataques russos se espalharam para o oeste da Ucrânia, enquanto pelo menos dois de seus drones violaram o espaço aéreo dos membros da Otan Polônia e Romênia.

A União Europeia estendeu sua lista de sanções na noite de segunda-feira e também impôs uma proibição de exportações de bens de luxo para a Rússia. Isso levou os preços das ações nesse setor a um desempenho inferior no que foi, de qualquer forma, uma manhã ruim para as ações europeias, marcada por uma falha ruim no indicador de sentimento alemão ZEW e outra aceleração da Inflação francesa.

A inflação também está no radar nos EUA, quando os dados de inflação de preços do produtor de fevereiro são divulgados. Analistas esperam alta de 0,9% no mês, elevando a taxa anual para 10,0% - um pano de fundo sombrio para o início da reunião de política de dois dias do Federal Reserve.

Espera-se amplamente que o Fed eleve a meta para a taxa de fundos federais em 25 pontos base, sua primeira alta desde 2018. Um aumento mais agressivo de 50 pontos base é visto como menos provável, seguindo dicas do presidente do Fed Jerome Powell em seu testemunho Congresso algumas semanas atrás. A forte queda nos preços do petróleo nos últimos dias pode ter acabado com o pouco risco que havia de tal eventualidade.

No Reino Unido também, os dados econômicos continuaram a apoiar o caso do que seria um terceiro aumento consecutivo da taxa de juros quando o Banco da Inglaterra se reunir no final desta semana. A taxa de desemprego caiu abaixo do nível pré-pandemia em fevereiro, enquanto o crescimento médio dos salários acelerou bem acima das expectativas.

CONFIRA: Projeções da taxa de juros do Federal Reserve

2. Falta de sincronia no governo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não está completamente satisfeito com a proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de semana de zerar a cobrança do PIS/Cofins sobre a gasolina. Essa medida, que tem como pano de fundo melhorar a popularidade de Bolsonaro para uma possível reeleição, teria um custo de R$ 27 milhões aos cofres públicos.

Guedes defende que a isenção só deveria ser adotada caso o petróleo ultrapassasse os US$ 140 o barril no mercado internacional. Além disso, o ministro argumenta que o corte nos impostos pode ser interpretado como um crime de responsabilidade e afetaria a imagem do governo junto aos investidores internacionais, o que poderia elevar ainda mais o preço do dólar.

Já na agenda econômica, hoje, 15, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central inicia a sua reunião de dois dias para discutir o futuro dos juros no país. A estimativa é que a taxa Selic passe de 10,75% para 11,75% ao ano, como uma forma de controlar a inflação no país. Segundo a última edição do Boletim Focus, o IPCA de 2022 deve chegar a 6,45%, acima da meta de inflação de 3,5% e dos 5% do teto de tolerância.

LEIA MAIS: Governo prepara pacote de medidas para injetar R$165 bi na economia antes das eleições

3. Ações americanas devem abrir em alta

Os mercados de ações dos EUA devem abrir principalmente em alta mais tarde, sob pressão da fraqueza na Europa e na China.

Às 08h11, os futuros da Nasdaq 100 subiam 0,32%, enquanto os das S&P 500 e da Dow Jones avançam 0,13% e 0,02%, respectivamente.

Além da inflação ao produtor, a pesquisa de manufatura do Empire State de Nova York também está prevista, enquanto Dole lidera um calendário de ganhos esparsos.

Outras ações que provavelmente estarão em foco incluem a Nielsen (NYSE:NLSN) (SA:N1LS34), após relatos de que está em negociações para se vender a um consórcio que inclui a Elliott Management.

CONFIRA: Cotação em tempo real das ações dos EUA no pré-mercado em Wall Street

4. Covid segue afetando a China

A queda das ações da China se aprofundou, pois os investidores continuaram fugindo de um número crescente de riscos.

As conversas entre autoridades dos EUA e da China na segunda-feira pouco fizeram para banir os temores de que a China possa ser atraída para a rede de sanções ocidentais como resultado de seu apoio contínuo à invasão da Ucrânia pela Rússia, enquanto as autoridades já prenderam mais de 45 milhões de pessoas em dois grandes polos industriais em extremos opostos do país para impedir a propagação do Covid-19.

As ações de tecnologia continuam particularmente estressadas: o índice Hang Seng TECH perdeu mais 11% na terça-feira e agora desfez todos os ganhos da era da pandemia. Outros índices monetários de referência perderam entre 2% e 5%.

Tudo isso aconteceu apesar dos dados mostrarem que tanto produção industrial quanto vendas no varejo estavam à frente das expectativas em fevereiro. Os dados foram um pouco ultrapassados ​​pelos eventos nesse meio tempo. O yuan enfraqueceu para uma baixa de dois meses.

LEIA MAIS: Ações chinesas listadas em Hong Kong afundam a mínimas desde 2008 com riscos de Covid e sanções

5. Petróleo de volta a menos de US$ 100 devido a temores de desaceleração da China

Os preços do petróleo caíram abaixo de US$ 100 o barril pela primeira vez este mês, e os picos em outras commodities também continuaram a diminuir com os temores de uma desaceleração econômica chinesa devido aos problemas de contenção do coronavírus. Esses temores estão superando os novos sinais de tensão geopolítica, com agentes suspeitos de ter ligações com o Irã tendo lançado o maior ataque cibernético de todos os tempos a Israel na segunda-feira.

Às 08h16, os futuros de petróleo nos EUA despencavam 8,20%, a US$ 94,56, enquanto os do Brent recuavam caíam 7,49%, a US$ 98,89.

CONFIRA: Cotação das principais commodities globais

O American Petroleum Institute, sediado nos EUA, divulgará sua avaliação semanal de estoque às 17h30, enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo divulgará seu relatório mensal no mercado mundial de petróleo. Espera-se que repita a mensagem do bloco de que não há déficit físico de suprimentos (apesar de não cumprir suas próprias metas de produção nos últimos meses).

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