As bolsas de Nova York fecharam em sem direção única nesta quarta-feira, 20, em espera pelos resultados corporativos da Nvidia (NASDAQ:NVDA). Investidores também ponderam sobre incertezas quanto ao novo governo dos EUA e aumento de tensões na Ucrânia.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,32%, aos 43.408,47 pontos, apoiado pelos ganhos nas ações da UnitedHealth (+4,07%), Amgen (+2,83%) e IBM (NYSE:IBM) (+2,07%). Já o S&P 500 operava estável, aos 5.917,21 pontos e o Nasdaq recuava 0,11%, aos 18.966,14 pontos.
O grande foco de investidores esteve no posicionamento em espera pelo balanço da Nvidia, a ser divulgado após o fechamento dos mercados. Gigante do setor de semicondutores e maior empresa em valor de mercado no mundo, a expectativa é de que a fabricante de chips informe vendas de US$ 33,1 bilhões no terceiro trimestre, segundo a FactSet.
Em relatório, o Swissquote lembra que não bastará agradar em números: a Nvidia deverá "satisfazer" o mercado ao aliviar outras preocupações, como ritmo da demanda por inteligência artificial (IA) e novidades sobre a produção dos chips Blackwell. No fechamento, a ação da Nvidia caía 0,76%, pesando também sobre outras ações do setor - como AMD (NASDAQ:AMD) (-1,28%) e Intel (NASDAQ:INTC) (-0,79%).
O BMO aponta que a expectativa pelo balanço da Nvidia superou ponderações sobre o ambiente global incerto nesta sessão, colocando em segundo plano a antecipação pela escolha do novo secretário do Tesouro dos EUA no governo Trump e o aumento de tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia. "Continuamos impressionados com a resiliência do mercado de ações dos EUA e, com o S&P 500 ainda na faixa de 6 mil pontos, as perspectivas de uma retração mais significativa parecem limitadas", avalia o banco canadense.
As negociações foram marcadas ainda por alta volatilidade, com o índice VIX renovando maior nível desde as eleições americanas, na máxima a 18,79 pontos. No fim da tarde em Nova York, o VIX tinha alta de 5,38%, a 17,23 pontos.
Entre outras ações de destaque, a ação da Target tombou 21,43%, após a varejista americana desagradar em resultados corporativos e admitir desafios de custos.