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Publicado 16.12.2024, 08:05
© Reuters
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Os principais índices futuros em Wall Street operavam com leve alta antes da abertura das bolsas americanas nesta segunda-feira, 16, mas é provável que fique restritos a uma faixa estreita de negociações, antes da última reunião do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) do ano.

Os dados econômicos apontam novamente para uma fraca recuperação chinesa, enquanto o Bitcoin disparou para um novo recorde com rumores sobre reserva estratégica.

No Brasil, destaque para esforço para aprovação de pacote fiscal antes do recesso parlamentar.

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1. O Fed cortará, mas poderá se tornar mais cauteloso

O destaque da semana será a última reunião do ano do Federal Reserve na quarta-feira, com a expectativa geral de que o banco central dos EUA faça outro corte de 25 pontos-base na taxa, o que seria sua terceira redução consecutiva.

Com o corte já totalmente precificado, os investidores estão se concentrando em qualquer orientação sobre quanto mais as taxas poderão ser cortadas em 2025.

O resumo atualizado das projeções econômicas do Fed, divulgado na reunião, fornecerá uma indicação de para onde os formuladores de políticas veem as taxas, após o resumo anterior ter apontado quatro cortes nas taxas em 2025.

É provável que o Fed sinalize um ritmo mais lento de cortes nas taxas de juros em 2025 nesta semana, disse o Goldman Sachs (NYSE:GS), e agora espera que o banco central permaneça estável em janeiro, em comparação com as expectativas anteriores de um corte.

"Um dos motivos é que o desemprego ficou abaixo do esperado e a inflação superou as projeções do FOMC, embora nenhuma das surpresas seja tão significativa quanto parece", escreveram os analistas do Goldman Sachs em uma nota.

Eles disseram que o banco central também pode estar cauteloso com relação às novas políticas do governo de Donald Trump, especialmente em face do aumento das tarifas comerciais.

O Goldman disse que o banco central ainda deve cortar as taxas em março, junho e setembro de 2025, em 25 pontos-base cada.

Mas a taxa terminal do banco central no atual ciclo de flexibilização agora está prevista um pouco mais alta, entre 3,5% e 3,75%.

Os futuros de ações dos EUA subiram marginalmente na segunda-feira, começando a nova semana com uma nota cautelosa antes da última reunião do Fed do ano.

Às 7h55, o contrato Dow futures estava praticamente estável, o S&P 500 futures subia 0,1%, e o Nasdaq 100 futures ganhava 0,3%.

Os principais índices de Wall Street saíram de uma semana fraca, com o blue chip Dow Jones Industrial Average perdendo quase 2%, caindo pelo sétimo dia consecutivo e marcando sua maior sequência de perdas desde abril.

Todas as atenções estão voltadas para o Federal Reserve nesta semana, com a ampla expectativa de que o banco central dos EUA flexibilize a política monetária novamente à medida que o ano se aproxima do fim.

Os dados econômicos têm as leituras preliminares do índice dos gerentes de compras a serem divulgadas antes do sino, enquanto que, no lado corporativo, a MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) provavelmente estará sob os holofotes depois de ter sido anunciada como uma nova adição ao Nasdaq 100 index.

VEJA: Monitor de juros do Fed

2. Dados econômicos chineses mistos; mais estímulos à frente?

Os dados econômicos divulgados no fim de semana ilustraram a recuperação desigual da economia chinesa, apontando para a probabilidade de novas medidas de estímulo por parte de Pequim.

A produção industrial chinesa cresceu como esperado em novembro, já que as recentes medidas de estímulo de Pequim apoiaram a atividade comercial, segundo dados divulgados na segunda-feira.

Entretanto, as vendas no varejo ficaram aquém das previsões, refletindo a fraqueza contínua nos gastos dos consumidores, enquanto os preços das casas continuaram a cair.

Os dados mistos destacam como será desafiador para os líderes da China montar uma recuperação econômica duradoura rumo a 2025, com o consumo doméstico fraco e dada a possibilidade de mais tarifas comerciais dos EUA sob um segundo governo Trump.

As expectativas de mais estímulos continuam altas, mas a ajuda adicional provavelmente teria que ser voltada para o consumidor para ter um impacto sério.

Dito isso, a Moody's (NYSE:MCO) Ratings elevou a previsão de crescimento do PIB da China em 2025 de 4,0% para 4,2%, em um relatório na segunda-feira, pois espera que as condições de crédito se estabilizem e que os esforços de estímulo de Pequim desde setembro atenuem algum impacto das tarifas potencialmente mais altas dos EUA.

ACOMPANHE: Cotações das criptomoedas

3. Bitcoin atingiu novo recorde de alta

O Bitcoin subiu para um novo recorde de alta na segunda-feira, impulsionado por comentários do presidente eleito Donald Trump no final da semana passada, sugerindo a criação de uma reserva estratégica para a moeda digital, semelhante à reserva estratégica de petróleo do país.

Às 7h55, o Bitcoin subiu quase 2,4%, para US$104.663, tendo anteriormente subido para um recorde de US$106.569,4.

Trump disse à CNBC em uma entrevista na semana passada que ele potencialmente planejava construir uma reserva de criptografia semelhante à Reserva Estratégica de Petróleo, como parte de seus planos para tornar os EUA um líder global de criptografia.

O sentimento também foi impulsionado pelo fato de a MicroStrategy Incorporated ter sido adicionada ao índice Nasdaq 100 - um movimento que poderia atrair ainda mais capital para o maior detentor de Bitcoin corporativo do mundo.

O Bitcoin, a criptomoeda mais popular do mundo, subiu mais de 50% desde a eleição de 5 de novembro, que elegeu Trump, resultando em uma capitalização de mercado de US$ 2,11 trilhões, de acordo com a CoinMarketCap.

Com um aumento de apenas 14% no preço, o Bitcoin poderia se tornar o sexto maior ativo global por volume de mercado, ultrapassando a capitalização de mercado do Google (NASDAQ:GOOGL) de US$ 2,3 trilhões, solidificando seu lugar como um dos instrumentos financeiros mais valiosos do mundo.

CONFIRA: Cotações das commodities

4. Petróleo recua antes da reunião do Fed

Os preços do petróleo recuaram na segunda-feira, perdendo parte dos ganhos da semana anterior após a divulgação de dados econômicos decepcionantes da China e antes da última reunião de política do Federal Reserve.

Às 7h55, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) caíram 1,64%, para US$ 70,12 por barril, enquanto o contrato Brent caiu 0,87%, para US$ 73,84 por barril.

Ambos os contratos registraram ganhos estelares na semana passada, impulsionados por novas sanções da União Europeia sobre o petróleo russo e expectativas de sanções mais rígidas sobre o fornecimento iraniano.

Entretanto, as preocupações com a demanda lenta limitaram os ganhos, principalmente da China, o maior importador mundial de petróleo bruto.

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia observou que a demanda de petróleo da China tem se contraído, reforçando ainda mais os temores de excesso de oferta no próximo ano.

Os mercados também estavam cautelosos antes da reunião do Fed nesta semana, na qual se espera que o banco central reduza as taxas em 25 pontos-base, mas também sinalize um ritmo mais lento de cortes para 2025.

5. Pacote fiscal em foco no Brasil

O governo busca articular a aprovação do pacote fiscal visando ajustar as contas públicas, para que a matéria seja apreciada antes do recesso parlamentar. De acordo com o jornal Valor Econômico, apesar das tentativas para votação de dois projetos na última sexta, a falta de votos levou ao adiamento da análise. A perspectiva é de que haja alterações na Câmara dos Deputados e a votação deve ocorrer nesta semana.

Além do pacote fiscal, parlamentares precisam votar a regulamentação da Reforma Tributária, que foi aprovada no Senado e volta para a Câmara, e o Orçamento. Com isso, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, cancelou comissões para direcionar o foco para as votações no plenário, tendo em vista que o último dia útil é esta sexta, dia 20 de dezembro.

Às 7h57 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,12% no pré-mercado.

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