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Publicado 11.11.2024, 05:34
Atualizado 11.11.2024, 08:01
© Reuters
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Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com - Os futuros das ações dos EUA sobem, sugerindo uma possível extensão da recuperação das ações após a vitória de Donald Trump nas eleições da semana passada.

Os principais dados de inflação são o destaque no calendário econômico desta semana, com os investidores ansiosos para ver se os números fornecem alguma pista sobre o caminho a seguir para as pressões de preços e, por extensão, a política de taxa de juros do Federal Reserve.

No mercado cripto, o Bitcoin atinge um recorde de alta, já que os investidores apostam em um ambiente regulatório potencialmente mais flexível para o setor de criptografia durante o novo governo Trump.

No Brasil, investidores aguardam definição do cenário fiscal.

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1. Futuros americanos em alta com dados de inflação pela frente nos EUA

Os futuros de ações dos EUA apontaram para cima nesta segunda com os investidores avaliando o poder de permanência de uma recuperação pós-eleitoral e aguardando novos dados econômicos nesta semana.

Às 7h55 (de Brasília), o contrato Dow futuros havia somado 0,39%, o S&P 500 futuros havia saltado 0,31% e o Nasdaq 100 futuros havia ganhado 0,21%.

O índice de referência S&P 500 atingiu um novo pico histórico e tocou o nível de 6.000 pela primeira vez na sexta-feira, impulsionado pela esperança de que Donald Trump implementaria cortes de impostos e uma ampla desregulamentação durante seu segundo mandato de quatro anos na Casa Branca.

O sentimento também foi impulsionado pelo Federal Reserve, que reduziu as taxas de juros em um quarto de ponto percentual, conforme previsto na semana passada. Os formuladores de políticas do Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece as taxas, disseram que a economia estava em um "ritmo sólido", apesar de uma ligeira redução na demanda de mão de obra e da inflação permanecer "um pouco elevada".

A forma como o Fed abordará as futuras decisões sobre a taxa de juros neste ano e em 2025 provavelmente dependerá, em grande parte, da perspectiva das pressões sobre os preços nos EUA.

Como resultado, a divulgação dos dados de inflação de outubro do Departamento do Trabalho na quarta-feira provavelmente será um dos principais pontos focais da semana para os investidores.

Os economistas esperam que o índice de preços ao consumidor tenha aumentado a uma taxa anual de 2,4% no mês passado, igualando o ritmo de setembro. O aumento anual de setembro foi o menor em mais de três anos e meio, reforçando as apostas de corte de taxas do Fed.

No entanto, o banco central pode ter sido surpreendido com a eleição de Trump, já que muitos acreditam que suas propostas, em especial as tarifas mais altas, poderiam aumentar os preços ao consumidor. Após a redução de 25 pontos-base do Fed na quinta-feira, o presidente Jerome Powell deu pouca orientação sobre a rapidez e a distância com que as taxas cairão agora.

VEJA: Calendário Econômico do Investing.com

2. Novo recorde de alta do Bitcoin

O Bitcoin atingiu um recorde de alta, ampliando a recuperação da semana passada, uma vez que o otimismo em relação às perspectivas para as criptomoedas foi intensificado pela vitória de Trump.

A maior criptomoeda do mundo atingiu um pico de US$ 81.792,4 e foi negociada a US$ 81.985 às 7h55.

Os ganhos em Bitcoin e outras criptomoedas foram impulsionados principalmente por apostas de que Trump - bem como uma série de novos legisladores pró-criptografia no Congresso - adotará uma abordagem mais leve para o setor. O presidente eleito falou favoravelmente sobre as criptomoedas durante sua campanha, prometendo reduzir os encargos regulatórios e criar uma reserva para manter o fornecimento de Bitcoin do país.

Os investidores também estão apostando que a Comissão de Valores Mobiliários, que passou grande parte do governo do atual presidente Joe Biden pressionando para que as criptomoedas seguissem as regras de proteção ao investidor da agência, suavizará sua postura.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

3. As ações de Hong Kong caem com o estímulo chinês

As ações de Hong Kong lideraram as quedas na Ásia em MondayAs ações de Hong Kong lideraram as quedas na Ásia no dia 10 de junho, com as novas medidas de estímulo fiscal da China decepcionando amplamente os investidores.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,7%, enquanto os índices Shanghai Shenzhen CSI 300 e Shanghai Composite da China foram mais voláteis, subindo 0,7% e 0,6%, respectivamente.

Após o fechamento dos mercados chineses na sexta-feira, o Congresso Nacional do Povo anunciou um programa de troca de dívidas no valor de cerca de 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) com o objetivo de melhorar as finanças dos governos locais.

No entanto, a falta de estímulo fiscal direto e de políticas direcionadas para impulsionar o mercado imobiliário chinês em dificuldades e o consumo pessoal tímido ficaram aquém do que muitos investidores esperavam ver, especialmente com a ameaça de tarifas de importação dos EUA potencialmente severas durante o próximo governo Trump.

ACOMPANHE: Calendário da temporada de balanços

4. Preços do petróleo em queda

Os preços do petróleo caíram na segunda com os investidores digerindo o mais recente plano de estímulo do principal importador, a China, bem como a atenuação de quaisquer interrupções no fornecimento causadas pelo furacão Rafael.

Às 7h55, o contrato Brent perdia 1,41%, para US$ 72,83 por barril, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) estavam em queda de 1,63% a US$ 69,23 por barril.

Os preços se enfraqueceram na sexta-feira depois que Pequim aprovou as medidas, que foram projetadas para reduzir os níveis de dívida do governo.

Enquanto isso, os temores de interrupções imediatas na produção de petróleo dos EUA foram um pouco acalmados depois que o furacão Rafael se enfraqueceu e se transformou em uma tempestade tropical ao atingir a costa de Cuba.

VEJA: Cotações das commodities

5. Fiscal em foco no Brasil

Investidores aguardam anúncio de estratégias de corte de gastos no Brasil, na expectativa de que novas medidas do governo possam amenizar a situação das contas públicas. Na semana passada, mesmo com reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ministros, nada foi anunciado.

O risco fiscal vem pressionando os ativos de risco, influindo taxas de juros futuros e a cotação do dólar. O desconforto com o fiscal foi, inclusive, mencionado no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

“O comitê também afirmou que o anúncio e a execução de medidas fiscais estruturais pelo governo devem ajudar a reancorar as expectativas de inflação e reduzir o prêmio de risco, com seu impacto repercutindo na política monetária”, destacou o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) em nota ao mercado.

Às 7h55 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 0,13% no pré-mercado.

(A Reuters contribuiu com a reportagem).

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