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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

Publicado 01.07.2024, 05:30
Atualizado 01.07.2024, 08:14
© Reuters
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Wall Street deve iniciar a semana em tom positivo, antes da divulgação do importante relatório de empregos urbanos (payroll) nos Estados Unidos na sexta-feira.

No cenário corporativo, a Meta Platforms deve ser acusada pela União Europeia de violar as leis digitais do bloco, enquanto a Boeing finalmente conclui a compra da Spirit Aerospace.

Na Europa, a aliança de direita Reunião Nacional impõe derrota ao presidente da França, Emmanuel Macron, em eleições legislativas antecipadas.

Aqui no Brasil, o primeiro semestre é marcado por queda na bolsa de valores e alta do dólar.

Confira agora mais detalhes sobre os principais assuntos do mercado financeiro na manhã desta segunda-feira, 1 de julho.

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1. Futuros americanos iniciam semana do payroll em alta

Os futuros das ações dos EUA subiram na segunda-feira, no início de uma semana mais curta pelo feriado de 4 de julho, que culmina com o relatório amplamente observado da folha de pagamento não agrícola de sexta-feira.

Às 8h08 (de Brasília), o contrato Dow futures estava 0,19% mais alto, o S&P 500 futures subia 0,19%, e o Nasdaq 100 futures ganhava 0,22%.

Wall Street está saindo de um trimestre misto, com o S&P 500 e o Nasdaq Composite aumentando 3,9% e 8,3%, respectivamente, impulsionados pelo entusiasmo contínuo em torno da inteligência artificial, enquanto o Dow Jones Industrial Average perdeu 1,7%.

O Nasdaq registrou seu terceiro trimestre positivo consecutivo pela primeira vez desde uma sequência de cinco trimestres que terminou em 2021.

Os investidores estarão concentrando sua atenção no relatório folhas de pagamento não agrícolas de sexta-feira, enquanto procuram novas indicações sobre quando o Federal Reserve poderá começar a cortar as taxas de juros.

Além disso, o presidente do Fed Jerome Powell deve fazer uma aparição no fórum anual do Banco Central Europeu em Sintra, Portugal, na terça-feira, enquanto o minutos de quarta-feira da reunião de junho do Fed será analisado quanto à visão do banco central sobre a perspectiva econômica e os fatores que influenciam a perspectiva da política monetária.

2. UE cobrará das plataformas Meta; Boeing comprará a Spirit Aerospace

A União Europeia está pronta para acusar a Meta Platforms (NASDAQ:META) de violar as regras digitais do bloco, de acordo com um relatório do Financial Times, divulgado na segunda-feira.

O jornal informou que os reguladores dirão que estão preocupados com o modelo "pagar ou consentir" da Meta, observando que essa opção oferece uma alternativa falsa, com a barreira financeira forçando os usuários a consentir que seus dados pessoais sejam rastreados para fins de publicidade.

A Lei de Mercados Digitais da UE foi projetada para controlar o poder das empresas de "Big Tech" e garantir condições equitativas para rivais menores, e os reguladores da região acusaram na semana passada a Apple (NASDAQ:AAPL) de violar as regras tecnológicas do bloco.

Enquanto isso, a Boeing (NYSE:BA) anunciou na segunda-feira que comprará a Spirit AeroSystems (NYSE:SPR) em um acordo de US$ 4,7 bilhões com todas as ações, com a fabricante de aviões finalmente chegando a um acordo para o principal fornecedor após meses de negociações complicadas pelas interações da Spirit com a Airbus, principal rival da Boeing.

A iniciativa da Boeing de retomar o controle da Spirit decorre do desejo de resolver os problemas de qualidade que assolaram o principal fornecedor nos últimos anos.

O valor total do negócio será de cerca de US$ 8,3 bilhões, incluindo a dívida, e seguiu a decisão da Boeing de comprar de volta sua antiga subsidiária, que se ramificou no fornecimento para a Airbus (EPA:AIR) e outras empresas desde que se tornou independente há quase duas décadas.

A Airbus disse que receberia US$ 559 milhões em compensação da Spirit e que assumiria as atividades principais de quatro fábricas da fornecedora nos Estados Unidos, Irlanda do Norte, França e Marrocos.

A Spirit disse que também planejava vender negócios e operações na Escócia e na Malásia que apoiam os programas da Airbus. A empresa também planeja vender operações em Belfast, na Irlanda do Norte, que não dão suporte a programas da Airbus.

3. Reunião Nacional prevalece nas eleições francesas

O partido de extrema direita Reunião Nacional da França e seus aliados alcançaram 33% do voto popular nacional no primeiro turno das eleições parlamentares, informou o Ministério do Interior, após a votação de domingo.

A Nova Frente Popular, de esquerda, ficou em segundo lugar, com 28%, enquanto o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron alcançou 20%.

Esse resultado fez com que o euro se recuperasse, com a moeda única atingindo a maior alta em duas semanas, enquanto o CAC 40 (índice acionário de referência da França), foi negociado em alta, recuperando-se após perdas de cerca de 6% desde que o presidente francês Emmanuel Macron dissolveu o parlamento.

Às 8h10 (de Brasília), o EUR/USD era negociado 0,35% mais alto, a 1,075, enquanto o CAC 40 subiu 1,54%.

Os investidores estavam preocupados com o fato de a extrema direita, bem como a aliança de esquerda, terem prometido grandes aumentos de gastos em um momento em que o alto déficit orçamentário da França levou a UE a recomendar medidas disciplinares.

No entanto, esse resultado foi melhor do que se temia, mas também sugere mais volatilidade nesta semana antes do segundo turno do próximo domingo, com o resultado final provavelmente dependendo da formação de alianças.

4. PMI empresarial da China ajuda os preços do petróleo

A economia chinesa mostrou sinais de crescimento em junho, ajudando os preços do petróleo a subir na segunda-feira, na esperança de que o maior importador do mundo possa se beneficiar do sólido impulso da economia global.

O Índice global de gerentes de compras de manufatura Caixin/S&P (PMI) da China, uma pesquisa privada, subiu para 51,8 em junho, de 51,7 em maio, na segunda-feira, crescendo no ritmo mais rápido em mais de três anos, acima da linha de equilíbrio de 50,0, que separa o crescimento da contração.

Esse resultado positivo impulsionou o sentimento depois que os dados oficiais do PMI divulgados no domingo mostraram que o Atividade manufatureira da China caiu pelo segundo mês em junho e que a atividade de serviços atingiu um recorde de baixa de cinco meses.

Às 8h10, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) eram negociados 0,53% mais altos, a US$ 81,97por barril, enquanto o contrato Brent subia 0,55%, para US$ 85,47por barril.

Ambos os contratos ganharam cerca de 6% em junho, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, um grupo conhecido como OPEP+, estenderam a maior parte de seus profundos cortes na produção de petróleo até 2025.

5. Bolsa brasileira sofre e dólar dispara no primeiro semestre

O otimismo com a bolsa de valores presente no início do ano não se concretizou e o índice Ibovespa registrou uma perda acumulada de 7,7% no primeiro semestre de 2024. A saída de capital estrangeiro da B3 (BVMF:B3SA3) no primeiro semestre é a mais elevada desde 2020, durante a pandemia de covid-19.

Entre os motivos, estão incertezas sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos e o risco fiscal, o que levou a uma série de revisões nas projeções de analistas de mercado. O índice recuou 0,32% na última sexta, a 123.906 pontos.

Em relação ao dólar, a moeda americana encostou em R$ 5,60 na última sexta, atingindo maior valor em dois anos e meio, encerrando o pregão a R$ 5,588, com alta de 1,46%.

No semestre como um todo, o dólar registrou valorização de 15,15%, diante de um cenário internacional ainda sem queda de juros nos Estados Unidos e atritos com falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a taxa de juros e atuação do Banco Central brasileiro, assim como sobre o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Às 8h10 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 0,11% no pré-mercado.

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