Investing.com - O índice de Preços para Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) de maio veio em linha com as expectativas de 2,6% do mercado em relação ao mês anterior na base anual. Houve uma desaceleração ante abril, quando o PCE apontou alta de 2,7%. Na base mensal, o PCE também veio em linha com a projeção de 0%, desacelerando em relação à alta de 0,3% em abril.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Bureau of Economic Analysis, autarquia vinculada ao Departamento de Comércio dos EUA. O índice PCE é o preferido do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) na mensuração de inflação na economia dos EUA.
O núcleo do PCE, indicador que exclui itens com preços voláteis como alimentos e enegia, também veio igual com a projeção de 2,6% na base anual, desacelerando em relação à alta de 2,8% em abril. Na base mensal, o núcleo do índice PCE foi de 0,1%, em linha com o consenso, desacelerando em relação à alta revisada de 0,3% em abril.
O consumo pessoal real acelerou para uma alta de 0,3% em maio, contra uma queda de 0,1% em abril. A renda e o gasto pessoais também apresentaram aceleração.
A renda pessoal veio acima das estimativas de 0,4% do mercado, com avanço de 0,5% ante alta de 0,3% em abril. Em relação aos gastos pessoais, a alta foi de 0,2%, abaixo da projeção de 0,3% do mercado. Em abril, o indicador apresentou avanço de 0,1%.
"Próximos dois dados de inflação serão decisivos para o Fed avaliar se um corte de juros em setembro ainda está na mesa. Nossa visão é de que a inflação não dará trégua e o Fed não terá confiança suficiente até setembro para iniciar o ciclo de corte de juros", projeta Andressa Durão, economista do ASA.
Os mercados foram pouco impactados após a divulgação dos dados. O Ibovespa Futuros passou de um leve avanço para um pequeno recuo de 0,03%, o dólar teve uma pequena aceleração para com alta de 0,26% a R$ 5,5191. Em Wall Street, os índices futuros continuaram no positivo, com alta de 0,08% para Dow Jones Futuros, 0,37% para o S&P 500 Futuros e 0,48% para o Nasdaq 100 Futuros.
"Mercado se animou com a reafirmação da trajetória da inflação, com os 3 principais índices subindo no pré-mercado e pouca mudança expressiva na curva de juros. O maior impacto hoje no mercado acaba por ser o debate presidencial para a Casa Branca de ontem, com a péssima performance para o candidato a reeleição", avalia Gustavo Zuquim, gestor de portfólio do Andbank.