A última sessão de Mercado Financeiro de um ano acima de tudo desafiador ainda reserva as características típicas da proximidade do feriado, com noticioso relativamente limitado, atenção ao exterior e volume de negócios reduzido, afetando a liquidez.
O foco ainda é a recusa pelo senado americano do aumento para US$ 2.000 do auxílio contra os efeitos da COVID-19, sendo a disputa não necessariamente por valor, mas sim pela via.
Republicanos continuam a insistir que parte deste estímulo deva ser na forma de ajudar na criação de postos de trabalho e não em recursos diretos à população, considerado contraproducente pela maioria dos legisladores do partido do presidente.
Ainda assim, em ambos os casos, está se falando de estímulos e o quanto isso ajuda ao mercado financeiro com a continuidade da desvalorização global do dólar.
O Brasil tenta fechar seu mercado de renda variável nos recordes que atingiu antes da pandemia, até como forma de uma “saída quase que honrosa” quando comparado com outros países que registram demandas expressivas pela renda variável, consequência em partes dos juros insistentemente baixos no mundo.
E em tal contexto, ainda pouco se discutem as consequências e os custos de toda a injeção de recursos no mundo e como fiscalmente será cobrada tal conta, pois em termos de PIB, a recuperação real não deve vir antes de meia década, com a limitação no futuro da atuação dos governos.
Ou seja, gastamos em um ano na pandemia o que se gastou em 10 para se recuperar da crise de hipotecas, da qual ainda ressoam as consequências.
Para muitos, esta é uma preocupação, e uma fatura, das gerações futuras.
Localmente, além das usuais loucuras do rei George III, que agora resolveu provocar a Rainha de Copas para deleite da imprensa, as atenções se voltam às articulações para a sucessão das presidências no congresso, após recusa do supremo em garantir a ilegal reeleição dos atuais mandatários.
As articulações entre o MDB e a oposição e os trâmites da situação com o Centrão devem ser o foco do início de 2020.
Na agenda hoje, setor público consolidado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na busca por novos recordes na sessão derradeira do ano.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com o dólar global mais enfraquecido.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com o acordo nos EUA, e redução recente nos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,43%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2046 / -0,80 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / 0,212%
Dólar / Yen : ¥ 103,21 / -0,367%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,607%
Dólar Fut. (1 m) : 5192,96 / -1,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 4,23 % aa (-1,97%)
DI - Janeiro 25: 5,67 % aa (-2,41%)
DI - Janeiro 27: 6,41 % aa (-2,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2396% / 119.409 pontos
Dow Jones: -0,2246% / 30.336 pontos
Nasdaq: -0,3814% / 12.850 pontos
Nikkei: -0,45% / 27.444 pontos
Hang Seng: 2,18% / 27.147 pontos
ASX 200: -0,27% / 6.682 pontos
ABERTURA
DAX: 0,044% / 13767,39 pontos
CAC 40: 0,123% / 5618,68 pontos
FTSE: 0,271% / 6620,55 pontos
Ibov. Fut.: 0,28% / 119625,00 pontos
S&P Fut.: -0,204% / 3719,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,401% / 12892,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 77,01 ptos
Petróleo WTI: 0,83% / $48,38
Petróleo Brent: 0,76% / $51,48
Ouro: 0,04% / $1.878,90
Minério de Ferro: -4,27% / ¥ $155,57
Soja: -0,75% / $1.285,75
Milho: -0,70% / $462,75
Café: -0,40% / $124,90
Açúcar: -0,07% / $15,03