A “super-quarta” começa novamente, com os desafios das autoridades monetárias de conduzirem suas políticas, com o cenário adverso e sem rumo como se encontra neste momento em nível global e temores de exagero nas doses de juros.
Localmente, a falta de um plano fiscal crível, adiado agora para abril, tão somente descortina o quão ideologizado está o tema nas fileiras do governo, pois pelo pouco que se sabe, ele seria fiscalmente responsável, quase um palavrão dentro do PT.
Não se sabe se o governo já teme as eleições municipais ou mesmo, a autopreservação, pois como citamos em diversas ocasiões aqui, Bolsonaro ganhou tudo, menos a presidência, enquanto Lula perdeu tudo, menos a presidência.
Ou seja, o presidente sabe que, apesar da vitória, tem baixo apoio congressual, baixo limite para usar a máquina com o tradicional presidencialismo de coalisão e pior, sabe que o crescimento este ano será muito inferior ao de seu antecessor, daí a busca por culpados “externos”.
No resumo de tudo, com um plano fiscal pragmático, o governo não tem como embarcar suas promessas de campanha, por mais impraticáveis que fossem; não tem como agradar os aliados que restam e pior; não tem como agradar os não aliados, com o instituto, ainda que enfraquecido, das emendas de relator.
A desculpa agora é querer discutir saúde e educação fora do teto, ao mesmo tempo em que não se discute a baixíssima qualidade oferecido por ambos os serviços, em queda na maioria dos índices globais de mensuração.
Por fim, isso tudo somente significa que o Banco Central não tem como emitir o tão desejado sinal de início do afrouxamento monetário, sem antes o governo cumprir seu papel e apresentar o plano fiscal, o qual pode não ser suficiente, caso embarque todas as demandas do governo.
Já a escolha de Rodolfo Froes e um funcionário de carreira do Bacen diminui a pressão no curto prazo para mudanças nos rumos dos juros.
Nos EUA, o desafio de enfrentar indicadores fortes como os do mercado imobiliário ontem e os de mercado de trabalho, além da questão bancária deve preservar a elevação de juros nesta reunião, com o cenário em aberto para frente.
A dificuldade de atuação se estende ao BoE, com a forte inflação de hoje.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela decisão do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo os fechamentos no ocidente, puxados por Toquio e Hong Kong.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro e ao paládio.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com o aumento surpresa dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,68%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2427 / 0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,167%
Dólar / Yen : ¥ 132,89 / 0,023%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,540%
Dólar Fut. (1 m) : 5256,00 / -0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,01 % aa (0,22%)
DI - Janeiro 25: 12,11 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 26: 12,19 % aa (-0,05%)
DI - Janeiro 27: 12,42 % aa (-0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0746% / 100.998 pontos
Dow Jones: 0,9801% / 32.561 pontos
Nasdaq: 1,5808% / 11.860 pontos
Nikkei: 1,93% / 27.467 pontos
Hang Seng: 1,73% / 19.591 pontos
ASX 200: 0,87% / 7.016 pontos
ABERTURA
DAX: 0,378% / 15252,72 pontos
CAC 40: 0,168% / 7124,83 pontos
FTSE: -0,209% / 7520,48 pontos
Ibov. Fut.: 0,10% / 101770,00 pontos
S&P Fut.: -0,05% / 4033,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,227% / 12848,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,18% / 102,53 ptos
Petróleo WTI: -0,55% / $69,28
Petróleo Brent: -0,54% / $74,91
Ouro: 0,23% / $1.942,55
Minério de Ferro: -2,62% / $120,25
Soja: -0,32% / $1.462,50
Milho: -0,32% / $626,75
Café: -0,86% / $178,90
Açúcar: 1,15% / $21,08