Inicia-se uma semana truncada, com cara de fim de ano, dado o feriado de Ação de Graças nos EUA na quinta-feira e parcialmente na sexta-feira, feriado este tradicional para unir as famílias americanas, como o Natal no Brasil.
Ainda que curta, a semana reserva uma série de discursos de membros do BoE e do Fed, a ata da última reunião do FOMC, uma reunião extraordinária do BCE e uma série de indicadores de atividade econômica, mercado imobiliário e inflação em diversos países.
No Brasil, as atenções se voltam ao IPCA-15 e ao retorno de uma série de pressões, notadamente de alimentos, após as recentes deflações capitaneadas por combustíveis.
Além disso, a arrecadação de impostos, a qual deve registrar mais um indicador positivo, assim como a criação de postos de trabalho forte, se unem a um déficit de conta corrente a ser financiado pelo Investimento Externo Direto e expectativa de um INCC baixo.
Neste contexto macroeconômico positivo local, as atenções obviamente continuam voltadas aos sinais emitidos pelo governo eleito quanto ao fiscal e seus impactos nas contas públicas.
Após uma série de “bodes na sala” sendo postos e tirados pelo presidente eleito e sua equipe, os últimos sinais se parecem muito com aqueles emitidos na campanha, ou seja, de um orçamento incluindo o auxílio-Brasil, prometidos pelos dois candidatos no segundo turno.
O recuo, aparentemente, vem da falta de aderência do congresso à pauta do novo governo, o qual literalmente tentou embarcar na PEC de transição todas suas promessas de campanha, especialmente a seus aliados, dadas as limitações orçamentárias e legislativas em 2023.
Por fim, de volta ao exterior, a China manteve inalteradas suas taxas de juros prime em 3,65% de 1 ano e em 4,30% a de 5 anos, em meio a novas restrições da COVID-19, com o Distrito de Baiyun em Guangzhou fechado por 5 dias e Pequim fechando as escolas.
Na Alemanha, a surpresa do PPI fortemente negativo (-4,2% mm; 34,5% aa) ainda não foi suficiente para reverter o mal humor da abertura.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por uma semana mais curta nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, após o fechamento de diversas localidades na China, devido à COVID-19.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro e paládio.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com a redução dos temores de menor oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,55%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3765 / -0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,02 / -0,833%
Dólar / Yen : ¥ 141,72 / 0,962%
Libra / Dólar : US$ 1,18 / -0,690%
Dólar Fut. (1 m) : 5388,79 / -1,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,13 % aa (0,97%)
DI - Janeiro 24: 14,34 % aa (1,31%)
DI - Janeiro 26: 13,52 % aa (1,12%)
DI - Janeiro 27: 13,46 % aa (1,20%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7590% / 108.870 pontos
Dow Jones: 0,5943% / 33.746 pontos
Nasdaq: 0,0099% / 11.146 pontos
Nikkei: 0,16% / 27.945 pontos
Hang Seng: -1,87% / 17.656 pontos
ASX 200: -0,18% / 7.139 pontos
ABERTURA
DAX: -0,468% / 14364,35 pontos
CAC 40: -0,197% / 6631,37 pontos
FTSE: -0,143% / 7374,94 pontos
Ibov. Fut.: -0,79% / 109545,00 pontos
S&P Fut.: -0,45% / 3956,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,656% / 11642,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,59% / 114,12 ptos
Petróleo WTI: -0,46% / $79,71
Petróleo Brent: -0,59% / $87,10
Ouro: -0,72% / $1.741,11
Minério de Ferro: -3,19% / $95,45
Soja: -0,60% / $1.420,50
Milho: -0,49% / $664,00
Café: 0,10% / $151,45
Açúcar: -0,95% / $19,88