Passada uma semana quando a ausência de indicadores macroeconômicos alimentou grande parte da volatilidade dos ativos, esta semana é de agenda repleta de dados relevantes, antecedendo a decisão do Copom na semana seguinte.
Além dos dados do mercado imobiliário americano e britânico, chamam a atenção o PIB na Europa, PIB dos EUA, mas acima de tudo, a decisão de juros do FOMC.
Já excluindo a possibilidade de se operar em juros negativos, o Federal Reserve não descartou a possibilidade de incrementar os programas de liquidez, o que pode se ligar à divulgação de mais um plano fiscal por parte do governo americano.
Ontem, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin disse que os republicanos haviam finalizado um projeto de lei de adicionais US$ 1 tri em fundos de alívio aos impactos da pandemia e acrescentou que espera que a proposta tenha apoio bipartidário.
Larry Kudlow esclareceu algumas das medidas incluídas na proposta do Partido Republicano com a possível renovação do cheque de US$ 1.200 no novo pacote.
Localmente, a pesada agenda antecede o Copom traz indicadores de inflação como o IGP-M, superando 2% na medida mensal, caso obviamente as coletas privadas de preços não se ”enganem” novamente em conjunto, além da elevação no custo de construções, puxadas em especial por mão de obra.
O emprego dá o alento necessário ao Copom cumprir com seu discurso de corte residual da taxa e leva-la entre 2% e 1,75% aa, com CAGED apresentando perdas em torno de 250.000 vagas e o desemprego atingindo 13,3%.
Os dados fiscais obviamente continuam a apresentar consecutivas pioras, em vista aos gastos fiscais da pandemia, enquanto pelo lado positivo, o câmbio deve trazer tanto uma melhora dos dados de transações correntes, com de investimentos externos diretos.
SAP, Michelin (PA:MICP), Ryanair, Hasbro, Legg Mason (NYSE:LM), estão entre os destaques da agenda corporativa internacional, fraca no seu início, mas pesada durante a semana.
Localmente, Carrefour (SA:CRFB3) e EDP (SA:ENBR3) Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, divididos entre possíveis estímulos e a pandemia.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com os fortes dados da produção industrial na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, exceção ao minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, mesmo com as tensões globais em alta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,59%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2319 / 0,35 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,592%
Dólar / Yen : ¥ 105,27 / -0,810%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,571%
Dólar Fut. (1 m) : 5192,44 / 0,03 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,82 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 3,85 % aa (-5,41%)
DI - Janeiro 25: 5,43 % aa (-2,69%)
DI - Janeiro 27: 6,33 % aa (-1,56%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0863% / 102.382 pontos
Dow Jones: -0,6845% / 26.470 pontos
Nasdaq: -0,9390% / 10.363 pontos
Nikkei: -0,16% / 22.716 pontos
Hang Seng: -0,41% / 24.603 pontos
ASX 200: 0,33% / 6.044 pontos
ABERTURA
DAX: 0,323% / 12879,47 pontos
CAC 40: -0,132% / 4949,91 pontos
FTSE: -0,158% / 6114,17 pontos
Ibov. Fut.: 0,08% / 102386,00 pontos
S&P Fut.: 0,412% / 3217,10 pontos
Nasdaq Fut.: 1,126% / 10576,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,74% / 68,66 ptos
Petróleo WTI: 0,36% / $41,45
Petróleo Brent: 0,28% / $43,47
Ouro: 2,12% / $1.942,68
Minério de Ferro: -0,08% / $107,69
Soja: 0,14% / $906,00
Milho: 0,31% / $327,25 $327,25
Café: 0,23% / $108,65
Açúcar: 2,44% / $11,77