Copom, Fomc, Banco da Inglaterra e Banco do Japão.
Semana decisiva para as decisões de política monetária mundo afora, num momento desafiador para os Bancos Centrais, em meio à segunda onda da pandemia, injeções de recursos em escalas nunca vistas e por fim, o avanço descoordenado da vacina em nível global.
Começamos a semana também com uma série de dados na China, os quais apontaram em direções diversas, dificultando em partes a leitura da situação corrente da segunda maior economia do mundo.
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Um aumento de desemprego, especialmente na faixa dos 16 aos 24 anos foi notado na última pesquisa, seguido de um resultado abaixo das expectativas de investimentos em ativos fixos não rurais e em propriedades, ainda que ambos superassem os 35% em 12 meses.
Por outro lado, as vendas no varejo e produção industrial superaram as expectativas com forte crescimento anual, levando ao fechamento desordenado na Ásia, também pela expectativa com o FOMC.
De volta aos bancos centrais, a tarefa de equilibrar o fiscal com o monetário foi perdida há muito tempo e o desafio agora é trazer de volta a atividade econômica, em um contexto de incertezas mais sanitárias do que econômicas.
Para muitos, o incremento dos programas de estímulo está ganhando contornos cada vez mais perigosos, ao alterar o modo como os recursos são injetados na economia, dando margem para uma explosão inflacionária nas economias centrais.
Eis que surge a dúvida de um evento em tal magnitude.
O Fed, por exemplo, persegue há anos uma meta de inflação que raramente foi atingida e daí seria estranho imaginar, em meio a um cenário de perspectiva de recuperação contratarem um “voo de galinha”, bem ao estilo brasileiro, o que dá margem para a manutenção dos juros nos EUA por um período ainda desconhecido, mas que tende a superar o curto prazo.
Localmente, o desafio imposto pelo câmbio ao BC deve levar a uma imediata alta nos juros, com elevação em nossa projeção de 50 bp, mais como forma de debelar a volatilidade na relação Real/Dólar do que evitar uma inflação de consumo que evidentemente não está acontecendo.
Já o nosso “fiscal ruim”, este sempre esteve na conta de qualquer projeção decente e nos prêmios das curvas de juros, portanto, sem novidade.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão de juros do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com dados difusos na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao paládio e minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com perspectiva de aumento da demanda da China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,24%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5552 / 0,28 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,142%
Dólar / Yen : ¥ 109,11 / -0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,151%
Dólar Fut. (1 m) : 5570,56 / 0,41 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,21 % aa (3,78%)
DI - Janeiro 23: 5,97 % aa (1,53%)
DI - Janeiro 25: 7,44 % aa (1,22%)
DI - Janeiro 27: 8,02 % aa (1,78%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7161% / 114.160 pontos
Dow Jones: 0,9021% / 32.779 pontos
Nasdaq: -0,5882% / 13.320 pontos
Nikkei: 0,17% / 29.767 pontos
Hang Seng: 0,33% / 28.834 pontos
ASX 200: 0,09% / 6.773 pontos
ABERTURA
DAX: 0,215% / 14533,55 pontos
CAC 40: 0,337% / 6066,93 pontos
FTSE: 0,398% / 6788,40 pontos
Ibov. Fut.: -0,71% / 114205,00 pontos
S&P Fut.: 0,140% / 3942,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,369% / 12965,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 85,91 ptos
Petróleo WTI: 0,82% / $65,74
Petróleo Brent: 0,78% / $69,33
Ouro: 0,31% / $1.729,13
Minério de Ferro: -3,96% / ¥ $168,26
Soja: -0,51% / $1.403,50
Milho: -0,93% / $533,75
Café: 0,49% / $132,45
Açúcar: 0,12% / $16,15