A semana começa com a contabilização do saldo político do início da vacinação por São Paulo e do ônus/bônus criado pelas disputas em torno da pandemia no Brasil, dados os crescentes números e feriado nos EUA.
Já a semana anterior foi marcada pelo crescente de questões políticas locais e internacionais, a expectativa em relação aos estímulos a serem fornecidos à população nos EUA para o alívio dos impactos da pandemia e a discussão que tende a ocorrer no congresso americano, mesmo com a maioria democrata nas duas casas.
Uma série de indicadores econômicos relevantes abaixo das expectativas também forneceu elementos para uma correção dos ativos e a realização de lucros aparentemente se estende para a atual semana, mais limitada em termos de indicadores econômicos globais, porém marcada tanto pela reunião do COPOM em nível local, quanto à posse de Joe Biden nos EUA.
Chama a atenção também o crescimento anual chinês de 6,5%, 2,3% acumulado e acima das expectativas dos analistas, após um crescimento de 2,6% no último trimestre e um decréscimo de 6,8% no primeiro trimestre anualizado, superando inclusive as projeções pré-pandêmicas e os números de 2019.
O crescimento foi puxado fortemente por manufaturas e exportações, em especial de uma série de produtos conectados ao problema viral no mundo, principalmente após um reduzido consumo interno.
A expectativa para este ano conta com os efeitos estatísticos da depressão dos indicadores do primeiro trimestre do ano anterior, dando a sensação de um crescimento bastante robusto, tanto na China, quanto no restante do mundo, porém a tendência para o crescimento chinês continua de um ritmo mais modesto, após a passagem dos eventos do ano passado e deste.
Localmente, ainda que declarações públicas de membros do BC se choquem recentemente sobre os rumos da política monetária no Brasil, o certo é que a manutenção tenda a ocorrer e uma possível mudança mais drástica no forward guidance (ou mesmo retirada), pois o recente alívio do câmbio e dos preços se mostrou meramente temporário.
Com alvo claro em 2022, se a volatilidade continuar no Real frente ao dólar, os inevitáveis impactos do repasse cambial reduzirão o espaço para a manutenção dos juros nos atuais níveis, levando à uma reversão da atual taxa nominal, a qual continuará ultra-estimulativa, caso venha a dobrar.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com realização de lucros em nível global.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com PIB chinês e problemas na Samsung.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam dado o feriado de MLK nos EUA.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores de novos lockdowns.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,69%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2992 / 1,83 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,083%
Dólar / Yen : ¥ 103,77 / -0,048%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,412%
Dólar Fut. (1 m) : 5290,46 / 1,76 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,32 % aa (1,77%)
DI - Janeiro 23: 5,04 % aa (1,51%)
DI - Janeiro 25: 6,49 % aa (0,15%)
DI - Janeiro 27: 7,11 % aa (0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,5362% / 120.349 pontos
Dow Jones: -0,5720% / 30.814 pontos
Nasdaq: -0,8704% / 12.999 pontos
Nikkei: -0,97% / 28.242 pontos
Hang Seng: 1,01% / 28.863 pontos
ASX 200: -0,78% / 6.663 pontos
ABERTURA
DAX: -0,066% / 13778,65 pontos
CAC 40: -0,229% / 5598,84 pontos
FTSE: -0,203% / 6722,01 pontos
Ibov. Fut.: -2,54% / 120353,00 pontos
S&P Fut.: -0,762% / 3762,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,170% / 12785,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,93% / 80,46 ptos
Petróleo WTI: -0,04% / $52,34
Petróleo Brent: 0,09% / $54,97
Ouro: 0,23% / $1.832,99
Minério de Ferro: 0,28% / ¥ $169,97
Soja: -0,96% / $1.416,75
Milho: -0,51% / $531,50
Café: 0,63% / $128,15
Açúcar: -1,32% / $16,45