Senado americano aprovou o pacote de alívio econômico de US$ 1,9 trilhão e um projeto de lei de estímulo no sábado, abrindo caminho para extensões do seguro-desemprego, mais uma rodada de cheques e ajuda aos governos estaduais e locais.
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Isso tudo em meio à aceleração do processo vacinal em todos os EUA, o que tem até preocupado alguns especialistas, por conta de aberturas antecipadas em diversas localidades dos EUA, com maior projeção no Texas.
Outro efeito da aprovação do pacote é mais um contexto turbulento dos Treasuries, em especial de 10 anos, o qual opera neste momento aos 1,60% aa e pressão no dólar, em meios aos temores de que o processo ganhe contornos inflacionários, dada a perspectiva de uma futura rodada de estímulos em infraestrutura.
O outro efeito, este citado também pelo chairman do Fed, Jerome Powell é de redução da poupança em partes alimentadas por tais cheques e incremento da demanda até agora reprimida, em especial de serviços, além do efeito da chegada do período primavera/verão.
Ainda que Powell cite efeitos meramente pontuais de inflação dado o cenário acima, os investidores já se preparam para uma futura normalização das taxas de juros e retirada gradual dos estímulos, em especial aqueles dedicados aos alívios quantitativos, ou seja, liquidez.
Ao comentar sobre alguns problemas de oferta de títulos nos mercados de Repo, nas operações noturnas, Powell disse que acima de tudo, deve preservar a liquidez do sistema intacta.
Localmente é semana de inflações, em especial o IPCA, no qual pressões de curto prazo retornaram, após a “ajuda” que a concentração dos aumentos de energia elétrica em 2020 trouxe ao índice de janeiro.
Pressões de combustíveis, alimentos e agora, de parte do núcleo inflacionário tendem a agir no sentido de uma alta de juros na próxima reunião do COPOM, onde o mercado já projeta 50 bp, iniciando o processo de normalização de juros no Brasil.
No restante, fica a expectativa em relação à aprovação da PEC emergencial na quarta-feira, em meio ao caos na saúde em todo o país e novas medidas restritivas de locomoção, o que tendem a afetar os resultados de atividade econômica do mês de março.
Neste contexto, a pressão por uma nova ‘aventura’ fiscal cresce e a tentação dos congressistas para tanto, também.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após a aprovação do pacote trilionário nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, quedas generalizadas, exceção da Austrália.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao min. de ferro e prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, após uma semana de fortes altas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 12,37%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6838 / 0,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,386%
Dólar / Yen : ¥ 108,54 / 0,240%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,152%
Dólar Fut. (1 m) : 5698,45 / 0,69 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,71 % aa (-7,01%)
DI - Janeiro 23: 5,41 % aa (-2,96%)
DI - Janeiro 25: 6,95 % aa (-3,07%)
DI - Janeiro 27: 7,59 % aa (-3,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,2291% / 115.202 pontos
Dow Jones: 1,8502% / 31.496 pontos
Nasdaq: 1,5458% / 12.920 pontos
Nikkei: -0,42% / 28.743 pontos
Hang Seng: -1,92% / 28.541 pontos
ASX 200: 0,43% / 6.740 pontos
ABERTURA
DAX: 0,942% / 14051,80 pontos
CAC 40: 0,538% / 5813,73 pontos
FTSE: -0,143% / 6620,90 pontos
Ibov. Fut.: 2,33% / 115277,00 pontos
S&P Fut.: 1,949% / 3839,00 pontos
Nasdaq Fut.: -2,018% / 12418,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 85,81 ptos
Petróleo WTI: 0,53% / $65,87
Petróleo Brent: 0,30% / $69,31
Ouro: -0,58% / $1.691,28
Minério de Ferro: 0,44% / ¥ $173,12
Soja: 1,34% / $1.453,50
Milho: 0,67% / $565,75
Café: 0,27% / $128,75
Açúcar: -0,24% / $16,32