Ainda que com sessões voláteis e um feriado, a primeira semana de junho foi especialmente positiva para os ativos de mercado financeiro no Brasil, com o iBovespa superando os 130.000 pontos, dólar se aproximando dos R$ 5,00 e um intenso fechamento da curva de juros, em especial nos vértices mais longos.
Tal cenário de goldilocks foi em partes incentivado por um PIB acima das expectativas, retirando o país do contexto pandêmico de 2020 e abrindo a perspectiva para a revisão mais positiva para este ano.
Nos EUA, o Payroll não acompanhou o ADP forte, ainda assim gerou uma quantidade impressionante de vagas para o período, porém tanto o mercado, quanto o Fed resolveram que o número ‘não foi bom’, portanto a continuidade dos estímulos deve ser preservada.
OK!
O Fed insiste no caráter transitório da inflação e ainda que tenha alguma razão ao observarmos que a cadeia de suprimentos começa a dar sinais de reajuste em nível global, reduzindo assim o impacto dos custos e parte do choque de oferta, a injeção de recursos na economia americana provou que sim, tem criado um efeito inflacionário duradouro.
Ou seja, podemos chegar à conclusão que a mesma inflação de atacado que nos aflige e que acaba por influenciar os preços ao varejo começa a dar sinais de arrefecimento, o que resolve somente uma parte do problema, sendo a outra atrelada à perspectiva de melhora da atividade econômica.
Neste caso, são afetadas as commodities no curto prazo e os bens intermediários e finais no médio prazo, portanto, a redução do problema com a cadeia de suprimentos resolve uma parte do problema da inflação, mas nem de perto evita ele todo.
Daí a importância da leitura da inflação ao varejo no Brasil e nos EUA, com o IPCA e o CPI respectivamente demonstrando pressões de curto prazo, em partes relacionadas globalmente ao petróleo em alta constante e por aqui, inclui o problema de energia elétrica e das estiagens.
Completa a agenda no Brasil o IGP-DI, vendas ao varejo, volume do setor de serviços e vendas de veículos, enquanto os EUA têm agenda fraca, focada na inflação.
No mais, a semana mantem a espera por avanços na MP da Eletrobrás, continua a CPI e o possível aumento da CSLL de 20% para 25% aos Bancos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na semana de expectativa com a inflação e proximidade de recordes nas bolsas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, mesmo com os dados do comercio exterior chinês abaixo das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, na espera pelo Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,20%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0492 / -0,53 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,041%
Dólar / Yen : ¥ 109,43 / -0,091%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,120%
Dólar Fut. (1 m) : 5053,30 / -0,74 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,02 % aa (-1,63%)
DI - Janeiro 23: 6,64 % aa (-1,04%)
DI - Janeiro 25: 7,70 % aa (-1,28%)
DI - Janeiro 27: 8,24 % aa (-1,20%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4046% / 130.126 pontos
Dow Jones: 0,5187% / 34.756 pontos
Nasdaq: 1,4689% / 13.814 pontos
Nikkei: 0,27% / 29.019 pontos
Hang Seng: -0,45% / 28.787 pontos
ASX 200: -0,18% / 7.282 pontos
ABERTURA
DAX: 0,111% / 15710,27 pontos
CAC 40: 0,159% / 6526,03 pontos
FTSE: 0,196% / 7082,95 pontos
Ibov. Fut.: 0,47% / 130152,00 pontos
S&P Fut.: 0,883% / 4228,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,427% / 13707,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 94,67 ptos
Petróleo WTI: -0,62% / $69,26
Petróleo Brent: -0,64% / $71,48
Ouro: -0,36% / $1.885,00
Minério de Ferro: #VALOR! / $206,29
Soja: 1,29% / $1.604,75
Milho: 1,61% / $695,50
Café: -0,43% / $160,15
Açúcar: -0,11% / $17,68