Os motivos que levaram à toda a volatilidade observada nos mercados no mês anterior agora se coloca como o motivo para uma abertura de semana positiva, em meio à pandemia do COVID-19.
Sinais considerados positivos no discurso do presidente Donald Trump de possível redução de ímpeto da pandemia e também retorno às atividades se une às declarações de que Moscou e Riad estão "muito, muito perto" de um acordo de petróleo, diz o chefe do fundo soberano da Rússia, Kirill Dmitriev.
Obviamente, o vai e vem dos números de infectados, mortos e curados pelo vírus continua a dominar o humor dos investidores, enquanto a situação chega ao possível ponto de agravamento, conforme alertado pelo próprio presidente americano.
Localmente, as curvas de infecção parecem não seguir o padrão estrangeiro, muito pela ausência de testagens, ainda assim, a curva de mortos parece “mais comportada” do que no restante do mundo, abaixo inclusive do relatório da Abin no seu cenário menos pessimista.
Ainda assim, os atritos entre Bolsonaro e Mandetta podem pesar localmente na volatilidade dos ativos, no que parece uma guerra de egos dentro do governo, em meio à situação global de extremo desconforto.
Na economia, a live de Roberto Campos Neto deixou claro, assim como Paulo Guedes, que o fiscal será posto de lado em favorecimento da liquidez e manutenção de contratos, além das ações para tentar dirimir o empoçamento de liquidez por parte das instituições financeiras, mesmo após a enorme série de medidas adotas até o momento.
Em outro ponto, o obvio veio à tona ao indicar que cortes adicionais na Selic não chegam ao consumidor, se tal retenção de crédito não desaparecer, ou seja, sem cortes adicionais na Selic.
Ao mercado, a semana mais curta aqui e no exterior, pelo feriado da sexta-feira santa no Brasil, EUA e Reino Unido, além do feriado Ching Ming (dia dos mortos) hoje na China mantém os investidores focados nos números da doença e possíveis avanços na reunião adiada da OPEP.
Localmente, o foco fica na agenda repleta de inflações, com destaque ao IPCA e também IBC-Br, varejo e serviços.
No exterior, a atenção se volta à inflação ao atacado e varejo nos EUA, a ata da última reunião do FOMC e produção industrial no Reino Unido.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com redução nos casos europeus de COVID-19 e acordo no petróleo.
Na Ásia, fechamento em alta, mesmo com a ausência da China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda, apesar do possível acordo Russo/Saudita.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,64%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3509 / 1,84 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,139%
Dólar / Yen : ¥ 109,22 / 0,626%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,310%
Dólar Fut. (1 m) : 5321,47 / 0,81 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,12 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,54 % aa (2,59%)
DI - Janeiro 25: 7,20 % aa (3,60%)
DI - Janeiro 27: 8,00 % aa (3,23%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,7588% / 69.538 pontos
Dow Jones: -1,6854% / 21.053 pontos
Nasdaq: -1,5256% / 7.373 pontos
Nikkei: 4,24% / 18.576 pontos
Hang Seng: 2,21% / 23.749 pontos
ASX 200: 4,33% / 5.287 pontos
ABERTURA
DAX: 4,423% / 9947,07 pontos
CAC 40: 3,661% / 4306,68 pontos
FTSE: 2,034% / 5525,67 pontos
Ibov. Fut.: -3,83% / 69354,00 pontos
S&P Fut.: 4,004% / 2572,80 pontos
Nasdaq Fut.: 4,064% / 7816,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 62,18 ptos
Petróleo WTI: -3,28% / $27,13
Petróleo Brent: -3,22% / $32,95
Ouro: 0,83% / $1.635,32
Minério de Ferro: 0,80% / $82,38
Soja: -0,44% / $850,75
Milho: -0,30% / $328,75 $328,75
Café: -1,31% / $113,75
Açúcar: 1,26% / $10,35