O “tsunami” do COVID-19 sequer ainda passou, porém já começamos a contabilizar os prejuízos, além das óbvias irreparáveis perdas humanas.
A temporada de balanços que se avizinha deve trazer os primeiros sinais do que seria um pouco mais de um mês sob a égide do vírus em território ocidental e dá a prévia do que poderá ser o segundo trimestre em termos contábeis.
Assim como os indicadores microeconômicos, os dados macroeconômicos de coleta mais recente já demonstram os primeiros efeitos da pandemia, como a produção industrial e as vendas ao varejo nos EUA, bem como dados do setor imobiliário, enquanto no Brasil, a maior parte dos indicadores ainda reflete fevereiro.
Neste contexto, o peso pode ser maior aos efeitos passados do Covid-19 do que o acordo da OPEP e seus aliados, os quais concordaram em reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia.
Ainda que exista enorme indefinição do cenário no curto prazo, a perspectiva de recessão profunda em nível global é a única coisa certa, pois ainda não existe uma ideia concreta de quando os eventos de restrição de trânsito humano devem terminar e com isso, a cada adiamento, se aprofundam as apostas de perdas em geral.
O alento de curto prazo viria do plano de US$ 2,3 tri por parte do Federal Reserve, onde a autoridade monetária injetaria tal volume em empresas e governos afetados pela receita, conforme anunciado na quinta-feira, dia 9.
Entre as medidas do Fed estavam detalhes sobre seu programa de empréstimos para negócios em Main Street e várias outras iniciativas que está sendo empreendida para tentar conter a derrocada da economia americana.
Além disso, o Fed incluiu intervenções no mercado, incluindo planos de compra de títulos corporativos tanto em nível de grau de investimento quanto em títulos High-Yield e até mesmo Junk Bonds.
Localmente, as discussões no Congresso se avolumam, unidos com a incapacidade de articulação do Executivo, até com parte do Congresso tentando capitalizar politicamente os eventos, ou mesmo, tentando aproveitar o momento para “resgatar” estados fiscalmente irresponsáveis, ou seja, o republicanismo passando longe da classe política brasileira.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa após acordo da OPEP e plano do Fed.
Na Ásia, fechamento sem rumo, mesmo após a OPEP.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo concreto.
Entre as commodities metálicas, queda, exceção cobre e paládio.
O petróleo abriu em alta, com o acordo da OPEP(+).
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,53%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,109 / -0,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 108,00 / -0,479%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,426%
Dólar Fut. (1 m) : 5102,17 / -1,08 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,87 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,02 % aa (-4,38%)
DI - Janeiro 25: 6,63 % aa (-2,64%)
DI - Janeiro 27: 7,45 % aa (-1,97%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1990% / 77.682 pontos
Dow Jones: 1,2196% / 23.719 pontos
Nasdaq: 0,7746% / 8.154 pontos
Nikkei: -2,33% / 19.043 pontos
Hang Seng: 1,38% / 24.300 pontos
ASX 200: 3,46% / 5.387 pontos
ABERTURA
DAX: 2,244% / 10564,74 pontos
CAC 40: 1,443% / 4506,85 pontos
FTSE: 2,905% / 5842,66 pontos
Ibov. Fut.: -1,03% / 77894,00 pontos
S&P Fut.: -1,439% / 2750,70 pontos
Nasdaq Fut.: -1,127% / 8156,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 63,55 ptos
Petróleo WTI: 0,26% / $22,92
Petróleo Brent: -2,26% / $31,22
Ouro: -0,35% / $1.691,49
Minério de Ferro: 0,58% / $83,35
Soja: 0,03% / $863,50
Milho: 0,08% / $331,25 $331,25
Café: -1,00% / $118,60
Açúcar: 0,58% / $10,43