Mais forte do que nas bolsas internacionais, a primeira semana de agosto para o mercado brasileiro foi bastante volátil, em grande parte devido à questão política envolvendo a votação da limitação de juros de bancos, um dos setores que mais sofreu fortes oscilações no período.
O mercado internacional ficou atento à ordem executiva de Trump que acelera a venda do WeChat e TikTok nos EUA, piorando as tensões com a China e tentativa de extensão do pacote de alívio do COVID-19 pelo governo americano, o qual é motivo de forte discórdia entre democratas e republicanos, principalmente pela sua forma e não essência.
Enquanto republicanos querem que o pacote se converta em uma ajuda para incentivar contratações e cobrir parte dos salários, democratas insistem no modelo de assistência direta, sem contrapartidas, o que tem se provado contraproducente em diversas localidades americanas.
Como o pacote é generoso, muitas vezes ele ultrapassa o que se ganhava anteriormente, portanto parte das pessoas tem preferido se manter fora da força de trabalho, o que já elevou o custo de mão de obra e gerou problemas em setores com varejo e alimentação.
Republicanos insistem também no retorno das crianças às aulas, de forma a dar liberdade ao pais de retorno ao trabalho, onde diversos analistas já põem tal possibilidade como crucial para uma retomada mais concisa da atividade econômica em setembro.
Além da questão dos aplicativos, a tensão com a China continua, pois o governo Trump diz que vai impor uma nova rodada de sanções a 11 indivíduos, incluindo a líder de Hong Kong Carrie Lam por seu papel na supervisão e "implementação das políticas de supressão da liberdade e processos democráticos de Pequim".
É a eleição americana ganhando forma.
No Brasil, as discussões de uma possível reforma tributária continuam, em especial pela possibilidade de adoção do imposto de transações eletrônicas.
Um dos principais artífices das reformas, Bernard Appy, continua pessimista com a possibilidade de avanço da reforma do governo.
Duke Energy (SA:GEPA4), MercadoLibre (NASDAQ:MELI), Marriott são os destaques da agenda corporativa internacional.
Localmente, Cosan (SA:CSAN3), Direcional (SA:DIRR3), IRB (SA:IRBR3), Itaúsa, Linx (SA:LINX3), Log-In (SA:LOGN3), Portobello (SA:PTBL3), Vulcabrás e Estácio.
Hoje em destaque IPC-S e IGP-M semanais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após Trump estender os estímulos através de ordens executivas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na sua maioria, com dados melhores de inflação na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, destaque à prata.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com os cortes de produção do Iraque e perspectiva de maior demanda relatada pela ARAMCO.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,07%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4383 / 1,99 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,238%
Dólar / Yen : ¥ 106,01 / 0,057%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,069%
Dólar Fut. (1 m) : 5426,98 / 1,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,22 % aa (-2,72%)
DI - Janeiro 23: 3,76 % aa (3,30%)
DI - Janeiro 25: 5,40 % aa (2,86%)
DI - Janeiro 27: 6,35 % aa (2,42%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,2966% / 102.776 pontos
Dow Jones: 0,1698% / 27.433 pontos
Nasdaq: -0,8740% / 11.011 pontos
Nikkei: -0,39% / 22.330 pontos
Hang Seng: -0,63% / 24.377 pontos
ASX 200: 1,75% / 6.110 pontos
ABERTURA
DAX: 0,055% / 12681,81 pontos
CAC 40: 0,346% / 4906,43 pontos
FTSE: 0,247% / 6047,10 pontos
Ibov. Fut.: -1,28% / 102818,00 pontos
S&P Fut.: 0,042% / 3346,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,045% / 11118,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,57% / 70,85 ptos
Petróleo WTI: 1,43% / $41,84
Petróleo Brent: 0,99% / $44,83
Ouro: -0,14% / $2.031,27
Minério de Ferro: -0,69% / $118,07
Soja: -0,09% / $869,50
Milho: 0,49% / $309,25 $309,25
Café: 1,43% / $116,35
Açúcar: 0,55% / $12,74