Passada uma semana pesada e conturbada no mercado financeiro, com o efeito GameStop (NYSE:GME), o retorno traz expectativas quanto à uma agenda repleta de indicadores relevantes, à movimentação política e aos questionamentos sobre a comunicação das autoridades econômicas no país.
No congresso, se definem os futuros líderes das casas legislativas e ao abrir neutralidade e liberar seus membros a votarem em quem quiserem, o DEM sinaliza que Maia está desgastado até mesmo em seu partido, onde não raramente disputou a liderança com membros como ACM Neto.
No corner e contrariado, o atual presidente da câmara agora ameaça pautar qualquer pedido de impeachment do presidente Bolsonaro, dada a articulação do mesmo para aliar as casas legislativas ao executivo.
Ao mesmo tempo em que existe algo mais positivo em um alinhamento das casas, em vista à necessidade premente de reformas estruturantes ao país, reiteramos a dúvida de quem o governo tenderá a culpar, caso não as envie ao congresso ou mesmo, que as mesmas não sejam aprovadas, afinal até recentemente, Maia era o fiel da balança.
O MDB abandonou a campanha de Tebet ao senado, dado seu envolvimento próximo à Lava-Jato, num sinal claro de autopreservação e ao mesmo tempo, o líder da casa tende também a se alinhar ao governo, a um custo que ainda estamos por mensurar, em especial devido ao alinhamento com o Centrão.
No mercado financeiro, após a divulgação da um comunicado e uma ata do COPOM claramente hawkish, a qual abria espaço para uma elevação de juros em breve no país e uma normalização da taxa de juros, aparentemente, alguns membros do BC não concordaram com tal premissa, ou seja, a decisão não foi exatamente unanime.
Até recentemente, em reuniões com economistas ou em entrevistas à imprensa, o Banco Central sempre se limitava a dizer que sua comunicação de política monetária era feita através dos canais oficiais, ou seja, a ata e o comunicado do COPOM, nunca fora isso.
Agora, tal comunicação parece dispersa, feita em diversas lives com o mercado financeiro e cada membro do BC destilando visões diferentes aos investidores.
Daí o efeito nas curvas de juros na semana passada, fora do que seria normal.
Atenção aos balanços de Nintendo (T:7974), Siemens (DE:SIEGn), Kyocera (T:6971), Ryanair (NASDAQ:RYAAY) e localmente, Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e à possível paralisação dos caminhoneiros no país.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, apesar das vulnerabilidades ainda expostas do mercado
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com melhora dos dados industriais.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com perspectiva de novos cortes de produção e melhora da atividade com as vacinas.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,62%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4715 / 0,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,379%
Dólar / Yen : ¥ 104,90 / 0,182%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,117%
Dólar Fut. (1 m) : 5480,82 / 0,76 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,18 % aa (-4,57%)
DI - Janeiro 23: 4,83 % aa (-1,93%)
DI - Janeiro 25: 6,32 % aa (-2,17%)
DI - Janeiro 27: 7,01 % aa (-1,82%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,2097% / 115.068 pontos
Dow Jones: -2,0283% / 29.983 pontos
Nasdaq: -1,9979% / 13.071 pontos
Nikkei: 1,55% / 28.091 pontos
Hang Seng: 2,15% / 28.893 pontos
ASX 200: 0,84% / 6.663 pontos
ABERTURA
DAX: 1,190% / 13592,67 pontos
CAC 40: 0,974% / 5451,80 pontos
FTSE: 0,571% / 6444,04 pontos
Ibov. Fut.: -3,31% / 115056,00 pontos
S&P Fut.: -1,961% / 3705,20 pontos
Nasdaq Fut.: 1,075% / 13053,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,33% / 81,16 ptos
Petróleo WTI: 0,57% / $52,50
Petróleo Brent: 0,76% / $55,50
Ouro: 0,75% / $1.859,82
Minério de Ferro: 0,41% / ¥ $155,20
Soja: 0,35% / $1.369,50
Milho: 1,14% / $552,50
Café: 0,81% / $123,85
Açúcar: 1,64% / $16,08