Na contramão de um cenário internacional relativamente calmo, o mercado ontem sofreu com os boatos da saída do ministro Sérgio Moro, após a indicação de que o diretor Maurício Valeixo seria exonerado.
A percepção do mercado seria de que o governo está perdendo o rumo político e o executivo está se isolando, em meio aos problemas ligados à pandemia global, inclusive com o esvaziamento da pasta de Paulo Guedes.
Entretanto, os ruídos políticos crescem na proporção da crise e segundo fontes em Brasília, a discussão sobre Valeixo nunca foi pela sua manutenção e sim sobre sua substituição, a qual Moro faz questão de ser o protagonista e com razão.
Mesmo assim, a mídia em torno do assunto demonstra um sinal de descompasso do governo, principalmente com a apresentação de um plano semelhante ao PAC sem detalhes vitais e com a ausência do ministério da economia.
Capitaneado por militares nos anos 70, os planos nacionais de desenvolvimento (PND) são em grandes partes a origem dos famosos “vôos de galinha” da economia, pela combinação de gastos fiscais, crescimento acelerado, resultando em inflação e juros elevados, tudo num curto período de tempo.
Neste sentido, a aproximação maior dos militares ao governo soa como um PND, mas com um país fiscalmente incapacitado, com baixa arrecadação e juros baixos, impossibilitando o financiamento público via emissão de dívida.
No exterior, um relatório do Financial Times, citando documentos publicados acidentalmente pela OMS, disse que o Remdesivir da Gilead não conseguiu melhorar as condições dos pacientes.
A Gilead observou que o estudo foi "encerrado mais cedo devido à baixa adesão", deixando-o "com pouca potência para permitir conclusões estatisticamente significativas. Como tal, os resultados do estudo são inconclusivos”, ou seja, mais um ruído com fundamento limitado.
A abertura está desafiadora, com a queda mais abrupta das vendas ao varejo amplas no Reino Unido e os dados IFO de confiança na Alemanha nos piores níveis registrados na série histórica.
Os dados do Banco Central do setor externo, com possível adição de IED ainda em alta no Brasil e os pedidos de bens duráveis nos EUA marcam o dia.
Atenção aos resultados de Verizon, Sanof e Amex.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com cautela sobre os dados europeus.
Em Ásia-Pacífico, fechamento negativo, após a notícia da Gilead atingir os mercados.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção à prata e ouro.
O petróleo abriu em alta em Londres e em Nova York.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,54%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5363 / 1,45 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,121%
Dólar / Yen : ¥ 107,64 / 0,056%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,194%
Dólar Fut. (1 m) : 5492,33 / 1,70 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,37 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,53 % aa (7,60%)
DI - Janeiro 25: 6,26 % aa (6,83%)
DI - Janeiro 27: 7,18 % aa (5,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,2565% / 79.673 pontos
Dow Jones: 0,1680% / 23.515 pontos
Nasdaq: -0,0074% / 8.495 pontos
Nikkei: -0,86% / 19.262 pontos
Hang Seng: -0,61% / 23.831 pontos
ASX 200: 0,49% / 5.243 pontos
ABERTURA
DAX: -0,859% / 10423,51 pontos
CAC 40: -0,842% / 4413,54 pontos
FTSE: -0,804% / 5779,76 pontos
Ibov. Fut.: -1,26% / 79774,00 pontos
S&P Fut.: -0,173% / 2794,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,279% / 8619,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,20% / 60,90 ptos
Petróleo WTI: -1,88% / $16,57
Petróleo Brent: -0,09% / $21,61
Ouro: -0,11% / $1.729,45
Minério de Ferro: -0,11% / $84,04
Soja: -0,15% / $839,25
Milho: -0,86% / $317,25 $317,25
Café: -1,98% / $108,85
Açúcar: -0,81% / $9,79