A metralhadora giratória de tweets de Trump está gradualmente sofrendo o que citamos ontem como efeito ‘menino pastor e o lobo’, ou seja, os investidores já começam a identificar um padrão e podem parar de reagir se confirmado tal tipo de atitude.
Para a maioria, até recentemente, o disparo de mensagens parecia aleatório e seguindo o que se imaginava vir da imaginação do presidente, inclusive contrariando na maioria das vezes a orientação de seus assessores.
Agora, talvez ocorra uma busca por informações mais precisas e vindas de ambas as partes, como quando envolve a China, que em resposta ao primeiro tweet de um acordo, respondeu com a possível retaliação, para somente depois confirmar a retomada das conversas.
Hoje o mercado de bonds já começa a reagir ao ciclo global de fechamento e achatamento das curvas de juros nos dias anteriores e retomar em partes a normalidade dos índices.
As notícias envolvendo o presidente Trump são mais realistas, ao citar que a guerra comercial pode ser mais breve do que se previa.
O presidente americano já entendeu que o sentimento dos investidores se tornou mais negativo quando a curva de juros dos T-Bonds inverteu e isso pode ser um evento mais difícil de reverter se mantido por um período relativamente longo, afetando a imagem eleitoral de Trump.
Com isso, é possível que os esforços de agora em diante sejam no sentido de buscar uma solução crível para a guerra comercial, em meio à um conjunto perigoso de externalidades passiveis de gerar um estresse contínuo nos mercados.
O que se espera agora é uma posição do Fed, mas acreditamos que nada deve vir de uma reunião extraordinária e sim no próximo FOMC.
Localmente, sofremos ontem com a derrocada das commodities, como minério de ferro e petróleo, atingindo diretamente as ações que mais pesam no índice.
A situação pode se aliviar hoje com o contexto político menos pesado e melhora dos preços das mesmas commodities que sofreram na sessão anterior.
Por fim, a atuação do Banco Central foi apenas na comunicação e foi suficiente para a dissolução de diversas posições em dólar, passiveis de se tornarem sensivelmente mais caras com a atuação em duas pontas pelo BC.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o sinal de abertura da China às negociações comerciais.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com pretenso alívio com as declarações de Trump.
O dólar opera em alta significativa contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com alta no min. de ferro.
O petróleo abre em alta, após o varejo nos EUA reduzir risco de recessão.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -6,61%
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9925 / -1,49 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,207%
Dólar / Yen : ¥ 106,43 / 0,292%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,546%
Dólar Fut. (1 m) : 3997,92 / -1,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,35 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,47 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 23: 6,46 % aa (-0,15%)
DI - Janeiro 25: 6,94 % aa (-0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,20% / 99.057 pontos
Dow Jones: 0,39% / 25.579 pontos
Nasdaq: -0,09% / 7.767 pontos
Nikkei: 0,06% / 20.419 pontos
Hang Seng: 0,94% / 25.734 pontos
ASX 200: -0,04% / 6.406 pontos
ABERTURA
DAX: 0,916% / 11517,16 pontos
CAC 40: 0,943% / 5286,33 pontos
FTSE: 0,435% / 7097,76 pontos
Ibov. Fut.: -1,24% / 99813,00 pontos
S&P Fut.: 1,011% / 2877,40 pontos
Nasdaq Fut.: 1,254% / 7590,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,25% / 76,90 ptos
Petróleo WTI: 1,84% / $55,47
Petróleo Brent:1,70% / $59,22
Ouro: -0,79% / $1.511,26
Minério de Ferro: -2,04% / $93,76
Soja: -0,66% / $15,00
Milho: 0,83% / $363,75
Café: 0,05% / $94,75
Açúcar: 0,09% / $11,64