Ainda que repleto de percalços e elevada volatilidade, o mês de abril termina para os mercados como se espera o que ocorra na economia real, com uma forte recuperação, mesmo que permeada por uma série de dificuldades.
Os ativos no fim do mês foram especialmente afetados pela perspectiva de recuperação econômica em diversas localidades, dada a sinalização de perda de ímpeto da doença no hemisfério norte e possível reabertura parcial em alguns países e estados.
O vai e vem dos tratamentos da doença igualmente pesou nos mercados, onde a Gilead chamou a atenção positiva e negativamente, agora com a expectativa do lançamento de um remédio com menores efeitos colaterais do que a o coquetel que inclui a hidroxicloriquina.
Para o mês de maio, talvez deixemos de lado o provérbio “Venda em Maio e se mande”, período que se acredita que se combinem as férias de verão no hemisfério norte e a redução da posição de grandes fundos de investimento no mercado acionário.
Em nosso relatório sobre o Sell in May demonstramos que existe muito mais uma correlação com últimos anos de mandato presidencial para as vendas em maio, do que a simples saída dos investidores de mercados de maior risco, ou seja, há muita “lenda” no provérbio.
Este poderia ser o caso de 2020, todavia, quaisquer perspectivas sazonais se desfizeram fortemente em meio à volatilidade causada pela crise viral deflagrada na China. Com isso, o cenário de pretensa, e nova, normalidade só deve mesmo ser observado a partir de 2021.
A atenção se volta agora aos mais recentes resultados da crise na economia, a qual deve sofrer e significativo um forte impacto, como citado pelo Fed ontem após a decisão de juros e em números como os divulgados ontem, como o PIB com queda de 4,8% e os de hoje.
Entre eles, citamos a queda na venda de veículos e de construção no Japão, desemprego na Alemanha e o PIB da Zona do Euro, a maioria acima das expectativas.
Localmente, o desemprego de março deve emitir igual sinal negativo, revertendo os ganhos mais recentes.
Atenção aos resultados de Gilead, Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN), Visa, Comcast, Shell, McDonald's, BASF, Marsh & McLennan (NYSE:MMC), Moody's, ConocoPhillips (NYSE:COP), Kraft Heinz, AXA, Twitter, Kellog, SoGeral, e localmente, Bradesco (SA:BBDC4) e Copasa (SA:CSMG3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com a perspectiva de reabertura econômica global e dados econômicos.
Em Ásia-Pacífico, fechamento positivo, na esperança por mais um tratamento contra o vírus.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao paládio.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com a perspectiva de melhora da demanda americana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,67%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3366 / -3,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,028%
Dólar / Yen : ¥ 106,64 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,233%
Dólar Fut. (1 m) : 5374,98 / -2,46 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,68 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,79 % aa (-1,24%)
DI - Janeiro 25: 6,44 % aa (-2,72%)
DI - Janeiro 27: 7,36 % aa (-3,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,2858% / 83.171 pontos
Dow Jones: 2,2086% / 24.634 pontos
Nasdaq: 3,5663% / 8.915 pontos
Nikkei: 2,14% / 20.194 pontos
Hang Seng: 0,28% / 24.644 pontos
ASX 200: 2,39% / 5.522 pontos
ABERTURA
DAX: -0,117% / 11094,80 pontos
CAC 40: -0,021% / 4670,11 pontos
FTSE: -0,319% / 6095,77 pontos
Ibov. Fut.: 2,46% / 83477,00 pontos
S&P Fut.: 0,224% / 2947,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,609% / 9073,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,15% / 60,57 ptos
Petróleo WTI: 16,07% / $17,44
Petróleo Brent: 10,65% / $25,31
Ouro: 0,22% / $1.715,54
Minério de Ferro: -0,06% / $83,83
Soja: 0,51% / $836,00
Milho: 0,33% / $305,50 $305,50
Café: 0,10% / $103,40
Açúcar: 2,66% / $10,12