A sequência ininterrupta de sete sessões positivas na bolsa local pode finalmente hoje receber a desejável e necessária correção, com a mudança de viés, até este momento, das bolsas de valores internacionais.
Não há motivações claras para o movimento de hoje a não ser uma real correção, dado que os investidores ainda miram a retomada da atividade econômica em diversas localidades e o potencial de recuperação acima do anteriormente projetado, em meio à desolação econômica criada pela pandemia.
Localmente, somente o mercado de juros futuros não operou em conjunto com o restante dos ativos, dados os limites da própria política monetária e da proximidade com a reunião do Copom, além da expectativa pela divulgação do IPCA nesta semana.
Dada a perspectiva de um cenário controlado em termos inflacionários, o prêmio da curva de juros futuros possui um elemento político adicional e adicional às possíveis ações do Bacen no sentido de achatar os vértices mais longos da curva, o apaziguamento político pode ser um elemento importante.
Toffoli ontem pediu exatamente isso, um apaziguamento entre os poderes, no momento em que se discutem ações contra o governo nas frentes de Fake News e no TSE quanto à chapa da campanha presidencial.
Outro ponto importante é Maia apontando para avanços nas reformas, em especial a tributária, podendo ser discutida nas próximas duas semanas, em confluência com as demandas do ministro Paulo Guedes.
Portanto, ainda que na superfície a situação soe aparentemente caótica, principalmente com a questão em voga da pandemia, dados alterados, foco da mídia local e internacional, o cenário de apaziguamento político parece se desenhar de maneira cada vez mais acelerada, em especial com a aproximação do governo ao Centrão.
No âmbito econômico, os indicadores de inflação, como o IPC semanal da Fipe já refletem os aumentos mais recentes de combustível, os quais se compensavam somente pela desinflação de alimentos.
Porém, a medida de São Paulo mostrou uma reversão, que levou o índice de uma deflação de -0,3% para 0%, portanto atenção também ao IGP-M semanal.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com possível realização de lucros.
Em Ásia-Pacífico, positivo, com exceção ao Nikkei, seguindo o rali no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, seguindo a correção dos ativos globais.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,95%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,8218 / -2,80 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,195%
Dólar / Yen : ¥ 107,85 / -0,461%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,668%
Dólar Fut. (1 m) : 4884,79 / -1,80 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,12 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,22 % aa (0,96%)
DI - Janeiro 25: 5,77 % aa (-0,52%)
DI - Janeiro 27: 6,71 % aa (-0,89%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 3,1780% / 97.645 pontos
Dow Jones: 1,7021% / 27.572 pontos
Nasdaq: 1,1276% / 9.925 pontos
Nikkei: -0,38% / 23.091 pontos
Hang Seng: 1,13% / 25.057 pontos
ASX 200: 2,44% / 6.145 pontos
ABERTURA
DAX: -1,888% / 12577,62 pontos
CAC 40: -1,786% / 5083,11 pontos
FTSE: -1,476% / 6377,07 pontos
Ibov. Fut.: 3,18% / 97588,00 pontos
S&P Fut.: -0,914% / 3194,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,453% / 9826,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,30% / 64,45 ptos
Petróleo WTI: -2,07% / $37,31
Petróleo Brent: -1,40% / $40,03
Ouro: 0,49% / $1.709,10
Minério de Ferro: 3,14% / $103,41
Soja: -0,32% / $862,00
Milho: -0,67% / $331,75 $331,75
Café: -0,35% / $98,55
Açúcar: -0,34% / $11,87